Posted On 2014-12-05 In Artigos de Opinião

O nosso futuro: “Fiat” + “Volo”

EM POUCAS PALAVRAS, Pe. Joaquin Alliende. Há uns dias, um schoenstatteano do mundo da diplomacia pôde encontrar-se com o Santo Padre: ”Muito obrigado, por tudo o que nos disse em fins de Outubro”. O Papa Francisco assentiu com um gesto de cumplicidade. Ergeu o indicador direito, dizendo: “Portem-se bem, agora cumpram vocês!” Quereria o Papa apressar-nos em relação a “um Schoenstatt em saída?” E, em que mais…?

Durante séculos, houve quem sustentasse que, acentuar o Deus Providente, levou a uma certa passividade entre os católicos. Aconteceu um pouco disso. Tal constatação motivou o Pe. Kentenich a reformular o providencialismo católico tradicional. Acrescentou a palavra Prática: “Fé Prática na…” Ou seja, uma fé que nos obriga a reagir no dia-a-dia, de uma maneira concreta. Nem sempre, o Fundador achou que os seus filhos tivessem compreendido o que ele, com a sua personalidade carismática, queria contribuir para a Igreja.

Constatar a carência, levou-o a utilizar duas palavras, que ele formulava em latim: a fé prática na Divina Providência implica duas atitudes fundamentais complementares. No nosso providencialismo juntam-se “volo” (quero) e “fiat” (aceito, faça-se, cumpra-se). E, o nosso Pai acrescenta: Se eu me apercebo que, no acontecer da minha vida, a Providência me está a pedir uma resposta, direi: “Faça-se, cumpra-se, em mim, a Tua vontade”. Este aceitar, este fiat, é similar ao Fiat da Anunciação. Tal aceitação é mais natural na mulher. Mas não chega. É necessária uma firme adesão. José Kentenich chama-lhe “volo”, isto é, um resoluto “quero”. Um decidido e audacioso sim, mais natural no Homem. E, o nosso Pai precisa: “eu acentuo o “volo” sobre o “fiat”. O “fiat” da Anunciação exige o “volo” do “ir depressa pela montanha”.

Após as benditas celebrações do Jubileu, espontaneamente brota por inerência a pergunta: e, agora, o que acontece? Como projetamos o vivenciado num renovado envio missionário? Como “nos portamos bem” com a responsabilidade que nos foi dada pelo Papa Francisco? Saída, para onde, por que caminho, talvez estreito…?

Pensando nesses dias em Schoenstatt e, nos da Roma de Pedro, de Paulo, de S. Vicente Pallotti e, do Papa Francisco, como podemos canalizar a vitalidade, de futuridade, do Santuário? Com que estratégia, com que táctica?


Original: espanhol – Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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