Posted On 2014-08-31 In Artigos de Opinião

A nossa Nossa Senhora da ternura

EM POUCAS PALAVRAS, Pe. Joaquín Alliende. O Concílio Vaticano II impulsionou a deixar, para trás, os lastros antiquados. Num pais foi nomeada uma comissão de especialistas. O seu trabalho era rever os Cãnticos Litúrgicos e de piedade popular. O mais rígido, de entre os peritos, era um afamado liturgista. Ele impôs, como exigência absoluta, apagar as palavras “terno” e “doce”, de cada vez que, estas apareciam. Pouco depois, o liturgista foi para um deserto viver como rigoroso ermitão. Quatro anos mais tarde, deixou o ministério sacerdotal e declarou aos seus amigos:”o catolicismo é uma arca frigorífica, sem temperatura, nem sentimento”.

Por essa altura, o Pe. Günther Boll tinha citado uma afirmação do Pe. José Kentenich. “A piedade ao Sagrado Coração é, hoje, também, de importância capital, porque o Coração trespassado é a maior manifestação do Deus da ternura”.

Se, não encontramos a ternura em Jesus e no Seu mundo, bebê-la-emos noutras fontes não divinas e, até anti-divinas. Um semelhante erro, não poucas vezes, esteve ligado à desastrosa crise do Sacerdócio e da Vida Consagrada e Missionária dos últimos 50 anos.

Sabemos que, quase toda a iconografia mariana do Ocidente, tem origem na arte icónica oriental. A nossa MTA é uma variante italianizada, latina, dum protótipo oriental chamado “Nossa Senhora da Ternura”, na qual o Deus Menino troca, com a Sua Mãe, gestos, olhares e carícias. O nosso Fundador analizou o significado providencial do porquê de, ser essa, a Imagem que temos. Por exemplo, considerou que o lampejo de uma certa doçura, vinha complementar a estética, então, usual na Alemanha. O Papa Francisco é italiano de família e argentino de pátria. Com vigor convocou-nos a uma “Revolução da Ternura”. Entretanto, o ódio salpica os ecrans das redes sociais ((Faixa de Gaza, Síria, Iraque …). A nossa fé mostra que os vulcões de horror diabólico vence-os a Mulher revestida de Sol (Apocalipse 12) , que é “vida, doçura e esperança nossa”. Metido no meio do “inferno de Dachau”, José Kentenich pediu que, a partir do Santuário no vale, surgissem “nobres Mulheres com traços da ternura e da pureza de Cristo”. (RC 277,278). Este sacerdote contagiava com a alegre cordialidade dos renanos. Era pastor bom e pai paternal. Ele imprimiu em Schoenstatt um cunho indelével: ternura mariana para a “vida do mundo”. (Jo 6)

Original: espanhol – Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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