Pe. Alberto Eronti. Outro Dezembro! Estamos já no último mês de 2012 e como em cada ano neste tempo, os sentimentos e pensamentos tendem a olhar para trás e para o futuro. De alguma maneira avaliamos, seja nos sentimentos ou no pensamento, o ano vivido. Como será a avaliação?
Para quem, como nós, tem a graça de acreditar, os olhos vestir-se-ão da Providência e contemplaremos o ano com chave divina. Não se trata em primeiro lugar de pensar como foi? que consegui?, foi um bom ano ou não? As perguntas podem ser intermináveis.
Os anos de vida consagrada indicam-me que as perguntas de avaliação são outras: que deixou de positivo este ano que termina? que aprendi? em que cresci, que oportunidades me surgiram, como lhes respondi…? Para o crente a vida está cheia de oportunidades e em cada sucesso há uma oferta de aprendizagem, de crescimento, de fazer mais e melhor…
Inevitáveis são os fracassos, desilusões e sofrimentos. Mas os fracassos, desilusões e sofrimentos não chegam por acaso à vida do homem, também eles encerram oportunidades. Muita razão tem quem afirmou que “se aprende mais com os erros”. José Kentenich costumava dizer que uma das artes importantes da vida é “transformar em passos os penhascos que ameaçam esmagar-nos”. É isso! Não é casualidade mas sim providência que a Igreja se antecipe por algumas semanas, com o início do ano litúrgico, ao início do ano civil.
O Natal de Jesus torna possível o nosso
É como se, ao terminar um ano – independentemente de como o avaliamos – Deus nos diga: “Ânimo!, tudo começa de novo no Menino” O nascimento do Menino na liturgia e na celebração da Igreja, torna possível que cada homem e mulher de fé “nasça de novo”. O Natal de Jesus, torna possível o nosso.
Que Maria e José nos dêem os seus sentimentos para poder acolher, contemplar e adorar o Menino do Pai. Desejo-lhes um Natal abençoado e um Ano Novo pleno de esperança.
Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal
