Posted On 2014-06-16 In Vida em Aliança

Quadragésimo aniversário do início do Movimento de Schoenstatt na Bolívia

BOLIVIA, Lizzie Loetz. Foi notícia nos meios católicos da Bolívia: “O Movimento de Schoenstatt celebra 40 anos de presença na Bolívia e 100 anos de fundação a nível internacional.  O Santuário de Achumani foi declarado templo jubilar da Igreja.  A Família de Schoenstatt na Bolívia celebrou o ato na tarde do sábado, 17 de maio, com uma Santa Missa, presidida por D. Edmundo Abastoflor, Arcebispo de La Paz, da qual participaram os peregrinos e missionários que chegaram ao Santuário com alegria e esforço….”

Durante a homilia, D. Edmundo convidou os peregrinos e missionários para reavivarem na alma de cada um a força do Espírito Santo e a continuarem crescendo no amor a Deus, no amor à Mãe de Deus; desejou que todos continuem crescendo na vivência do Espírito Santo, deixando-se conduzir por Ele, como a Virgem Maria, durante toda a vida; desejou que sejam perseverantes na vida em família, na vida em comum, perseverantes em alimentarem-se com o Corpo e Sangue do Senhor e perseverantes na oração.

 

Peregrinos de todas as paróquias da cidade, missionários e missionárias da Mãe Peregrina, famílias que recebem a visita das Imagens Peregrinas e simpatizantes da Campanha da Mãe Peregrina chegaram até esse “Templo Jubilar”, onde puderam receber, também, a indulgência plenária.  Na celebração da Santa Missa, participaram o atual Diretor Diocesano do Movimento, Pe. Javier Uría e outros sacerdotes diocesanos de Schoenstatt; foi uma piedosa celebração para todos os presentes.

“Uma ocasião para que cada um se pergunte como é o Schoenstatt que está vivendo”

Há quarenta nos, em um 1o de maio – celebração de São José Operário e Dia do Trabalho, iniciou-se o Movimento de Schoenstatt na Bolívia.  Os atuais dirigentes de família do Movimento em La Paz estavam presentes à numerosa audiência que celebrava tão importante ocasião, mencionando que:

“completar 40 anos significa chegar à idade adulta e é uma ocasião para que cada um se pergunte como é o Schoenstatt que está vivendo.  Estamos profundamente agradecidos por nossa história, por toda a vida que surgiu da fonte do Santuário.  Deus se fez presente em cada detalhe de nossa vida e, durante todo este tempo, Maria tem cuidado de nós e nos acolhido fielmente.  Recebemos muitos dons e presentes; por isso, estamos realmente felizes.  Assim deve ser a vida em Deus: quando lhe damos tudo, sem nos reservarmos nada, Deus nos dá o inesperado.  Agora, queremos nos formar para sair e distribuir tudo o que recebemos?  Queremos abrir as portas e oferecer à Igreja, ao mundo, essa herança que gratuitamente recebemos?

Citaram um texto já ‘famoso’, tirado de uma conferência que o Papa Francisco, quando ainda era D. Bergoglio, Arcebispo de Buenos Aires, fez aos Movimentos, em 1999:

“Que triste é quando um movimento ou uma instituição fica doente e, em vez de serem pastores de povos, se convertem em ‘tosquiadores de ovelhas’ e passam o tempo todo em reuniões, ‘maquiando’ a alma.  As instituições e movimentos precisam entregar a herança, devem sair às ruas e ali entregá-la a todos, ali onde está acontecendo a vida de nossa cidade”. E pedia: “não guardemos a herança na vitrine, vamos mostrá-la às visitas”.

O carisma de Schoenstatt não é para que só nós o detenhamos

Os dirigentes da Família e alguns fundadores do Movimento de Schoenstatt em La Paz se deixaram tocar por essas palavras do Papa Francisco e comentaram, durante a celebração pelos 40 anos: “Schoenstatt não é um ‘clubinho’ de autoeducação”, repetia sempre nosso Fundador.  Será que nós, muitas vezes, reduzimos Schoenstatt exatamente a um clube de autoeducação, onde ficamos apenas nos formando, nos preparando para fazer um apostolado que nunca se torna visível e efetivo?

Até onde realizamos o que Padre Kentenich sonhou?

Ele conta realmente com nossa vontade decisiva de nos comprometermos para a renovação da Igreja?

Pe. Rafael Fernández (ex-Assessor do Movimento de Schoenstatt na Bolívia) sempre repetia que “o carisma de Schoenstatt não é para que apenas nós desfrutemos dele; ele deve ser útil para a renovação da Igreja, para tornar-se fecundo nela, entregando-o a seu serviço, cooperando assim profundamente na nova evangelização, colocando em marcha uma nova pastoral, na qual a devoção a Maria ocupa um papel relevante de renovação, descobrindo a nova imagem de Maria, a nova espiritualidade e pastoral mariana, uma piedade mariana renovada na Aliança de Amor com Maria e não simplesmente uma pieguice milagrosa”.

Com quarenta anos de vida, a Mãe de Deus já deveria contar com instrumentos aptos e dóceis, dispostos a continuar entregando-se com o heroísmo necessário para realizar uma tarefa que marque decisivamente a história da Igreja na Bolívia.

Porém, a Mãe de Deus conta com instrumentos dispostos a se entregarem?  Conta com a entrega e o heroísmo necessário para realizar uma tarefa que marque decisivamente a história da Igreja na Bolívia?

Este ano jubilar é o momento no qual nós, como bolivianos, devemos repassar a história, reviver essa entrega heroica de nossas fundadores, resgatar o positivo e pensar no que devemos mudar; só assim seremos capazes de transformar nossa Igreja e conquistar o ideal que sempre nos marcou: “Bolívia será de Maria”.

Mês de Maria

No mês de maio, dedicado à Maria, celebra-se também o Dia das Mães; por isso, o Ramo das Mães e o grupo do Terço organizaram a oração diária do santo rosário no Santuário de Achumani.  Um presente simples para a Mãe de Deus, que escutou diariamente o pedido dessas mulheres de serem, como mulheres e mães, um reflexo de Maria na vida diária.

O mês dedicado à Mãe e Rainha motivou todos a continuarem caminhando com ela durante o ano todo, caminhando rumo ao Grande Jubileu de 18 de outubro; “o caminho mariano não é simplesmente um caminho a mais, mas um caminho excelente para nos tornarmos filhos do Pai Celestial”.

Homilia de D. Abastoflor: acesse para descarregar em formato MP3 (162.09kB)

Original em espanhol. Tradução para o Português: Maria Rita Fanelli Vianna – São Paulo / Brasil

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