BOLIVIA, Lizzie Loetz. Foi notícia nos meios católicos da Bolívia: “O Movimento de Schoenstatt celebra 40 anos de presença na Bolívia e 100 anos de fundação a nível internacional. O Santuário de Achumani foi declarado templo jubilar da Igreja. A Família de Schoenstatt na Bolívia celebrou o ato na tarde do sábado, 17 de maio, com uma Santa Missa, presidida por D. Edmundo Abastoflor, Arcebispo de La Paz, da qual participaram os peregrinos e missionários que chegaram ao Santuário com alegria e esforço….”
Durante a homilia, D. Edmundo convidou os peregrinos e missionários para reavivarem na alma de cada um a força do Espírito Santo e a continuarem crescendo no amor a Deus, no amor à Mãe de Deus; desejou que todos continuem crescendo na vivência do Espírito Santo, deixando-se conduzir por Ele, como a Virgem Maria, durante toda a vida; desejou que sejam perseverantes na vida em família, na vida em comum, perseverantes em alimentarem-se com o Corpo e Sangue do Senhor e perseverantes na oração.
Peregrinos de todas as paróquias da cidade, missionários e missionárias da Mãe Peregrina, famílias que recebem a visita das Imagens Peregrinas e simpatizantes da Campanha da Mãe Peregrina chegaram até esse “Templo Jubilar”, onde puderam receber, também, a indulgência plenária. Na celebração da Santa Missa, participaram o atual Diretor Diocesano do Movimento, Pe. Javier Uría e outros sacerdotes diocesanos de Schoenstatt; foi uma piedosa celebração para todos os presentes.
“Uma ocasião para que cada um se pergunte como é o Schoenstatt que está vivendo”
Há quarenta nos, em um 1o de maio – celebração de São José Operário e Dia do Trabalho, iniciou-se o Movimento de Schoenstatt na Bolívia. Os atuais dirigentes de família do Movimento em La Paz estavam presentes à numerosa audiência que celebrava tão importante ocasião, mencionando que:
“completar 40 anos significa chegar à idade adulta e é uma ocasião para que cada um se pergunte como é o Schoenstatt que está vivendo. Estamos profundamente agradecidos por nossa história, por toda a vida que surgiu da fonte do Santuário. Deus se fez presente em cada detalhe de nossa vida e, durante todo este tempo, Maria tem cuidado de nós e nos acolhido fielmente. Recebemos muitos dons e presentes; por isso, estamos realmente felizes. Assim deve ser a vida em Deus: quando lhe damos tudo, sem nos reservarmos nada, Deus nos dá o inesperado. Agora, queremos nos formar para sair e distribuir tudo o que recebemos? Queremos abrir as portas e oferecer à Igreja, ao mundo, essa herança que gratuitamente recebemos?
Citaram um texto já ‘famoso’, tirado de uma conferência que o Papa Francisco, quando ainda era D. Bergoglio, Arcebispo de Buenos Aires, fez aos Movimentos, em 1999:
“Que triste é quando um movimento ou uma instituição fica doente e, em vez de serem pastores de povos, se convertem em ‘tosquiadores de ovelhas’ e passam o tempo todo em reuniões, ‘maquiando’ a alma. As instituições e movimentos precisam entregar a herança, devem sair às ruas e ali entregá-la a todos, ali onde está acontecendo a vida de nossa cidade”. E pedia: “não guardemos a herança na vitrine, vamos mostrá-la às visitas”.
O carisma de Schoenstatt não é para que só nós o detenhamos
Os dirigentes da Família e alguns fundadores do Movimento de Schoenstatt em La Paz se deixaram tocar por essas palavras do Papa Francisco e comentaram, durante a celebração pelos 40 anos: “Schoenstatt não é um ‘clubinho’ de autoeducação”, repetia sempre nosso Fundador. Será que nós, muitas vezes, reduzimos Schoenstatt exatamente a um clube de autoeducação, onde ficamos apenas nos formando, nos preparando para fazer um apostolado que nunca se torna visível e efetivo?
Até onde realizamos o que Padre Kentenich sonhou?
Ele conta realmente com nossa vontade decisiva de nos comprometermos para a renovação da Igreja?
Pe. Rafael Fernández (ex-Assessor do Movimento de Schoenstatt na Bolívia) sempre repetia que “o carisma de Schoenstatt não é para que apenas nós desfrutemos dele; ele deve ser útil para a renovação da Igreja, para tornar-se fecundo nela, entregando-o a seu serviço, cooperando assim profundamente na nova evangelização, colocando em marcha uma nova pastoral, na qual a devoção a Maria ocupa um papel relevante de renovação, descobrindo a nova imagem de Maria, a nova espiritualidade e pastoral mariana, uma piedade mariana renovada na Aliança de Amor com Maria e não simplesmente uma pieguice milagrosa”.
Com quarenta anos de vida, a Mãe de Deus já deveria contar com instrumentos aptos e dóceis, dispostos a continuar entregando-se com o heroísmo necessário para realizar uma tarefa que marque decisivamente a história da Igreja na Bolívia.
Porém, a Mãe de Deus conta com instrumentos dispostos a se entregarem? Conta com a entrega e o heroísmo necessário para realizar uma tarefa que marque decisivamente a história da Igreja na Bolívia?
Este ano jubilar é o momento no qual nós, como bolivianos, devemos repassar a história, reviver essa entrega heroica de nossas fundadores, resgatar o positivo e pensar no que devemos mudar; só assim seremos capazes de transformar nossa Igreja e conquistar o ideal que sempre nos marcou: “Bolívia será de Maria”.
Mês de Maria
No mês de maio, dedicado à Maria, celebra-se também o Dia das Mães; por isso, o Ramo das Mães e o grupo do Terço organizaram a oração diária do santo rosário no Santuário de Achumani. Um presente simples para a Mãe de Deus, que escutou diariamente o pedido dessas mulheres de serem, como mulheres e mães, um reflexo de Maria na vida diária.
O mês dedicado à Mãe e Rainha motivou todos a continuarem caminhando com ela durante o ano todo, caminhando rumo ao Grande Jubileu de 18 de outubro; “o caminho mariano não é simplesmente um caminho a mais, mas um caminho excelente para nos tornarmos filhos do Pai Celestial”.
Homilia de D. Abastoflor: acesse para descarregar em formato MP3 (162.09kB)
Original em espanhol. Tradução para o Português: Maria Rita Fanelli Vianna – São Paulo / Brasil