Posted On 2014-05-21 In Vida em Aliança

O missionário só se cansa quando não caminha

PARAGUAI, José Aníbal Argüello Rojas. Na passada Semana Santa, Deus ofereceu-me a oportunidade de poder missionar nas Missões Universitárias Católicas. Apesar de já ter participado em anteriores edições, este ano a Missão teve uma grande particularidade.

 

 

Antes de continuar, devo dizer que pude interiorizar-me sobre a vida e obra do Servo de Deus, João Luís Pozzobon. Ele (João Pozzobon), missionou com a “Mãe Peregrina Original” durante 35 anos. Percorreu 140.000 Km carregando-a, e sentindo-se um verdadeiro “burrinho de Maria”, levando-a onde Ela queria manifestar o seu amor de mãe e realizar os seus milagres. Assim, pude descobrir que a Mater que ele carregava, a Mãe Peregrina Original, ocupou sempre um lugar central na sua vida. Não era mais um acessório no seu trabalho apostólico de missionário. Não era um “pacote” ou uma “carga”. Não era tão pouco um objeto decorativo que chegava a uma capela, hospital, escola, oratório. A Mãe Peregrina era nada mais nada menos que a mesma Virgem Maria, Mãe Santíssima de Deus, que realizava por meio do burrinho João, uma segunda visitação, saindo ao encontro dos seus filhos que chamavam por Ela.

A Auxilar esperava-nos

Partilhando um pequeno testemunho do que vivemos nesta Semana Santa, quero comentar que ao chegar à escola que nos acolheu durante o tempo de missão, entrei na capela que especialmente se preparava para receber os missionários, e encontrei-me com a Mãe Peregrina Auxiliar, idêntica em tamanho à Mãe Peregrina Original. Depois da consultar os responsáveis da capela foi-nos concedida a possibilidade de “missionar” com a Auxiliar.

Fomos, primeiramente, a casa de uma senhora da comunidade, que nos dias anteriores tinha reclamado a presença de Maria, desejando ser visitada pela Mãe de Deus. Era Quinta-feira Santa de manhã, e como é tradição no nosso país, preparava-se a comida para o tradicional “Karu guazú”; por isso, todos os membros estavam atarefados e ocupados nos distintos afazeres. Não obstante, ao verem que Maria chegava a sua casa, toda a família se mobilizou em torno dela, colocaram-na ao lado do seu “nicho” familiar, e com muita devoção rezaram em família, com os missionários, implorando à Mater que derramasse as suas bênçãos. Ao sairmos dessa casa, a pessoa que trazia a Auxiliar olhou com Ela para a casa visitada, para assim deixar definitivamente as graças que Maria leva consigo a cada lar que visita.

“É a primeira vez que Maria me visita”

Depois desta casa, a Missão prosseguiu. A Auxiliar visitou aproximadamente 9 lares nessa manhã. Na maioria deles, Maria encontrou-se com pessoas da terceira idade. Avôzinhos e avózinhas , que não continham a sua emoção ao verem “quem” as visitava.

A falta de conhecimento do idioma guarani não foi impedimento para entender a alegria que representava esta visita: “É A PRIMEIRA VEZ QUE MARIA ME VISITA”; “OLÁ MÃEZINHA DO CÉU”, repetiam quase de maneira unânime, as avós e os avôs, em muitos casos com mais de 80 e 90 anos.

A Mater ficou surda

Um pouco mais tarde, depois do almoço, quando chegou a vez de brincarmos com os mais pequenos, Maria quis estar presente, e ensinar-lhes com o seu amor maternal a rezar o Terço. Como eram muito pequenos, as crianças entenderam que cada Ave Maria significava oferecer uma rosa a Maria. Eles compreenderam isto muito bem, e com todas as suas forças, gritando bem alto, ofereceram à Mãe Maria a sua primeira dezena de rosas. A Mãe ficou surda de alegria!!

Tanto ao finalizar este encontro com as crianças, como ao sair das casas missionadas, todos estavam convidados a despedirem-se de Maria tocando-a ou dando-lhe um beijo, e a seguir fazendo o sinal da cruz. Em todos os casos, as famílias inteiras, especialmente as crianças, saudavam e despediam-se de Maria com muita devoção. Em muitos casos, com orações mais íntimas bem perto d’Ela, e até com lágrimas. Era um encontro muito pessoal entre eles e a sua Mãezinha do Céu.

Ela esforça-se por chegar aos seus filhos mais desamparados; os avozinhos e as crianças

Em todos estes dias de Missão, foi Maria quem nos mostrou o caminho que queria seguir. As casas onde queria chegar.

Pudemos dar-nos conta de como Ela se esforça por chegar aos seus filhos mais desamparados: os avozinhos e as crianças.

Ela encarregou-se perfeitamente de tudo, de lhes oferecer o seu amparo, e de os fazer sentir que não estavam sós.

Sem dúvida alguma, em todos as casas visitadas por Ela realizaram-se, desde a semana santa, vários milagres, todos eles graças à intercessão e visita da Mãe do céu.

Isto que vivemos, não fez mais do que fortalecer-nos como missionários, em particular na esforçada Campanha do Rosário, e fez-nos confirmar que “ELA É A GRANDE MISSIONÁRIA, ELA FARÁ MILAGRES”.

Original: Espanhol – Trad.: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

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