Posted On 2014-04-27 In Vida em Aliança

As mãos que moldam o Pai

BRASIL, Karen Bueno. Resina e fibra de vidro, moldadas, dão forma às imagens do Pe. José Kentenich presentes em quatro Santuários do Brasil. E é de um ateliê carioca que saem essas obras de arte: o senhor Hildebrando Lima, artista plástico, coloca seu dom em ação, moldando as reproduções do Pai.

 

 

 

O primeiro trabalho realizado pelo artista, para o Movimento Apostólico de Schoenstatt, foi a estátua do Pai Fundador presente no Santuário Tabor Redenção da Família, no Rio de Janeiro/RJ. “Muita gente acompanhou o meu trabalho, talvez mais de 100 pessoas estiveram no ateliê durante o ano, e todas elas participaram da modelagem, porque eu sempre pedia a opinião delas”.

Depois do Rio de Janeiro/RJ, “o pessoal gostou e começaram outros pedidos”, conta Hildebrando Lima, que fez réplicas da imagem para os Santuários de Curitiba/PR, Atibaia/SP e Vila Mariana-São Paulo/SP.

Me identifiquei com ele, com a pessoa sincera, que busca um caminho

Quando questionado se sabe quem foi Pe. José Kentenich, o artista plástico revela que conhece bem a importância do Fundador: “as Irmãs são muito cuidadosas com isso, elas me mostraram vários livros para que eu compreendesse quem era a pessoa da imagem que estava reproduzindo”. Mais ainda, Hildebrando diz se identificar com Pe. Kentenich: “Fui aprofundar o conhecimento sobre o padre e me identifiquei com ele, com a pessoa sincera, que busca um caminho. Na juventude ele teve algumas atitudes de aparente rebeldia, mas não era rebeldia, era a procura sincera da verdade e de aprofundamento nas propostas que faz – ele que viveu intensamente tudo que acreditava. O Pe. Kentenich, para mim, é o exemplo de um homem que age segundo as suas convicções e que se aprofunda nelas”.

Do barro à arte

A primeira estátua do Pe. José Kentenich foi modelada em barro e teve intensa participação da Família de Schoenstatt do Rio de Janeiro/RJ opinando sobre o formato. Depois de definido o modelo, passa-se para o material definitivo, no caso, resina e fibra de vidro. Em cima desse material rígido, se faz uma forma de silicone e fibra de vidro, e é de onde se começa a criar as reproduções. Assim, as imagens dos outros Santuários foram desenvolvidas em fôrmas idênticas, sendo verdadeiras réplicas da primeira estátua.

Hildebrando Lima diz que é uma alegria poder criar as imagens do Fundador, poder “comungar, participar, ter partilhado da experiência dele e agora ter a chance de levar essa partilha para as outras pessoas”.

Instrumento de Deus

“O meu trabalho não é importante, o importante é a mensagem que o Pe. Kentenich está levando às pessoas. Meu trabalho é como de um pedreiro, que faz uma calçada para que todos passem, o que realmente funciona é o carisma do Pe. Kentenich, e eu me sinto feliz de estar participando disso de alguma forma”, comenta, alegre, o artista plástico.

O artista

Baiano de Feira de Santana/BA, Hildebrando mudou-se para o Rio de Janeiro aos cinco anos de idade, onde sempre viveu. Neste ano de 2014, o artista completa 50 anos do primeiro trabalho profissional, e se mostra satisfeito com a profissão que escolheu. “Tive oportunidade seguir outros tipos de carreira, de fazer arquitetura, pensando que poderia ter uma condição melhor, mas, mesmo sabendo que poderia me tornar até mesmo um mendigo, resolvi seguir nas artes plásticas, porque desse jeito eu tenho a chance de falar para o mundo inteiro do otimismo que trago aqui dentro”.


Fonte: www.maeperegrina.org.br

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