Posted On 2014-01-19 In Vida em Aliança

“Um profeta de Maria”: Itália também tem sua Biografia do Pai e Fundador

ITÁLIA, Federico Bauml. Dia 12 de janeiro de 2014 foi um dia histórico para o Movimento de Schoenstatt da Itália. Foi apresentada a primeira biografia do Pe. José Kentenich, no idioma italiano. Trata-se do livro “Um Profeta de Maria”, que foi escrito em espanhol, em 1981, pelo Pe. Esteban J. Uriburu, Padre de Schoenstatt argentino.

 

Quem era José Kentenich?

É a pergunta que cada schoenstattiano se fez pelo menos uma vez. A frequência das perguntas e a facilidade para as respostas dependem do local a que se pertence.

Dificilmente se perguntará quem foi o Padre Kentenich em alemão, simplesmente porque conhecê-lo faz parte da cultura geral de sua pátria. Assim como, da mesma forma, um italiano sabe quem foi São Francisco de Assis ou alguém similar. Na Espanha ou na América Latina, muitos poderiam responder à pergunta sobre quem foi José Kentenich.

Pois bem, perguntar na Itália “Quem é o Padre Kentenich?” não teria os mesmos resultados.

Até 12 de janeiro de 2014

Por isso, a publicação de “Um profeta de Maria”, em idioma italiano, preencheu um vazio muito grande. A partir de agora, responder à pergunta “Quem era o Padre Kentenich?” é mais simples e mais gratificante. A vida do Pai e Fundador é um tesouro, grande o demasiado para que apenas alguns poucos a conheçam. Com a publicação desse livro, a Família de Schoenstatt italiana tem algo grande para compartilhar.

Nada acontece por acaso. A Itália esperou mais de trinta anos para conseguir “sua” biografia do Padre Kentenich. Falou-se muito, trabalhou-se muito para a tradução, adaptação e publicação. Finalmente, chegou o começo do ano mais belo: 2014, quando a Aliança de Amor completará seu centésimo aniversário, em 18 de outubro. A melhor forma de abrir este ano de graça.

O evento

“Um Profeta de Maria” foi publicado pela Editora Citta Nuova (Cidade Nova) do Movimento dos Focolares, e foi apresentado na tarde do domingo, 12 de janeiro, no Santuário “Cor Ecclesiae”, em Roma. Foi um encontro belíssimo, organizado por muitos colaboradores e que terminou com a Eucaristia, testemunho ideal de uma jornada inesquecível.

Na abertura, foi apresentado um vídeo que mostrou, com pequenas cenas e poucas palavras, a vida do Padre Kentenich, por meio de testemunhos e imagens cuidadosamente escolhidas.

Depois, Pe. Ludovico Tedeschi, coordenador da edição italiana do livro, falou sobre o autor, Pe. Esteban Uriburu (1937-1998). Não fez uma apresentação acadêmica, mas lembrou a vida desse padre e fez que todos conhecessem, por meio de seu relato, um amigo que já não está entre nós. Descreveu-o contando suas melhores características, com a típica exuberância argentina, que temos aprendido a conhecer e apreciar por meio do Papa Francisco. Em poucos minutos, todos os presentes tiveram a sensação de terem conhecido o Pe. Esteban.

Depois, tomou a palavra um hóspede agradecido e que não poderia faltar nessa ocasião: Mon. Ignacio Sanna, Arcebispo de Oristano (Cerdeña) e membro do Instituto dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt. Com uma linguagem simples e uma brilhante oratória, quis deixar claro que essa biografia preenche uma lacuna em nossa fé. Reforçou a importância do Padre Kentenich para nosso Movimento e outras instituições, já que conseguiu deixar uma marca indelével na história da Igreja.

Como se lê no prólogo do livro, redigido pelo Mons. Sanna: “O Padre Kentenich quis que um dos deveres principais da Família Schoenstattiana fosse o de conservar o espírito do Concílio e integrá-lo à vida da Igreja”.

O texto do Pe. Esteban não é uma biografia clássica. É uma viagem, uma narração da vida de um homem extraordinário, das vicissitudes da fundação do Movimento de Schoenstatt, a prisão sob o nazismo e seu confinamento no campo de concentração de Dachau, até o reconhecimento definitivo de seu carisma e de sua obra, depois do exílio de Milwaukee. Uma leitura ágil e movimentada, exatamente como Padre Kentenich gostaria, com a alegria que sempre o distinguiu e que transparece claramente em sua fotografia.

Uma herança para defender

As duas intervenções foram separadas pela leitura de dois esplêndidos textos, extraídos do livro do Pe. Uriburu. Uma delas se refere ao regresso do Padre Kentenich a Schoenstatt, em 1965, após o exílio em Milwaukee. É um homem de oitenta anos, cansado, que regressa finalmente à sua casa, ao seu Schoenstatt, onde morrerá três anos depois. Nessa ocasião, tampouco há nele rancor nem tristeza; sempre apresenta um sorriso e a alegria costumeira.

O outro texto lembrou o momento em que Padre Kentenich, antes de partir para Dachau, olhando a comunidade em torno dele, triste pela partida do Fundador, desafia aos presentes com estas palavras nas quais, mais uma vez, não há lugar para a melancolia.

“Mantenham-se puros, livres, fortes e fiéis”

Esta frase resume nossa herança. Uma herança pesada e um desafio ainda maior; porém, as pessoas de língua italiana podem agora enfrentar com uma arma nova: um pequeno livro de pouco mais de 200 páginas, com o formato ideal para ser colocado no escritório e, porque não, junto ao Santuário-Lar, ao lado da imagem do Pai e Fundador e de seus telefonemas que nos acompanham todos os dias.

Original em italiano – Tradução: Maria Rita Fanelli Vianna – São Paulo / Brasil

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *