Temos que ‘tomar o país de assalto’!

PORTUGAL, Ir. M. Paula Leite. “Dentro de 50 anos Schoenstatt deve ser uma peça chave na Igreja e na sociedade portuguesa. Sei que o nosso horizonte é a Europa toda, mas nas próximas décadas temos que ‘tomar o país de assalto’. Temos que ajudar Nossa Senhora a unir a Igreja portuguesa para a transformação do nosso país! Cada um deve perguntar-se: o que é que eu estou a fazer concretamente por Portugal?”

Este foi um dos três desafios lançados pelo Pe. Diogo Barata, Presidente Nacional da Obra de Schoenstatt, na celebração oficial dos 50 anos de Schoenstatt em Portugal. Foi em Fátima, no dia 18 de Abril, na Igreja da Santíssima Trindade. Devíamos estar umas 5000 pessoas, em grande recolhimento e alegria, numa atmosfera de união com todo o Céu e entre nós. As vozes do coro soavam com um timbre muito bonito, mas religiosamente contido, tanto as dos solos como as do conjunto e contribuíam, junto com luz, as imensas flores amarelas, a amplidão e a beleza do próprio templo para criar um ambiente sagrado. E foi neste ambiente que celebramos, como Família nacional, o ponto alto das celebrações jubilares, a Santa Missa.

O Pe.Diogo Barata, na sua homilia agradeceu à Mãe desta Família, Nossa Senhora, pois “a Ela lhe devemos tudo o que somos e temos, a Ela agradecemos por nos ter escolhido a cada um pessoalmente, para selar uma Aliança de Amor!” O agradecimento estendeu-se também ao nosso Fundador e aos irmãos: “Somos uma família com muitos irmãos. Há os primeiros – os fundadores -, os do meio e os de agora; e os que hão-de vir no futuro e que serão muitos… Queremos agradecer aos primeiros a vossa fé, a vossa fé louca naquilo que não se via e o vosso Sim generoso para colaborar nesta Obra de Deus”.

Num apelo às nossas prioridades no compromisso dos próximos 50 anos, e para além do desafio que é “tomar de assalto Portugal”, lançou-nos outros dois: “Um santo português canonizado. Se não aspiramos à santidade estamos perdidos e Schoenstatt não tem sentido. (…) Quando proponho um santo schonstatteano português, canonizado em 2060, é só porque isso significa que atrás dele e com ele haverá uma legião de santos anónimos… Só assim poderemos cumprir a nossa missão … Cada um terá de perguntar-se agora: serei eu esse santo de 2060?” O outro desafio foram as Vocações para todos os ramos de Schoenstatt: “Sem vocações que se entregam de alma e coração à Obra de Schoenstatt tudo o que construamos agora poderá ficar em ruínas.”

Os instrumentos usados por Deus para trazer Schoenstatt para Portugal

Um dos momentos mais profundos e emocionantes foi quando, das 4 dioceses onde existe o Santuário de Schoenstatt, um dos fundadores levou ao altar um círio feito de cera conquistada nos últimos meses através da oração jubilar, como sinal de gratidão por toda a vida gerada à volta dos Santuários.

No final, a nova geração, representada pela Juventude Feminina e Masculina de cada diocese, foi buscar o círio com destino ao seu Santuário, assumindo assim a missão para os próximos 50 anos. Um momento que tocou muitos corações.

A Santa Missa foi o culminar da celebração que começou já no dia anterior com uma peregrinação a pé com mais de 500 participantes de todas as idades. No dia 18, depois de passarem pelo nicho de Schoenstatt em Fátima, demos início à celebração familiar, em que tivemos uma apresentação muito dinâmica sobre a vida que surgiu a partir dos 4 Santuários em Portugal. Toda a história foi recordada através de uma viagem de comboio. Com paragens nas diversas estações fomos vivendo história e descobrindo o segredo que existe na Família portuguesa. Uma aventura com muita vida, música, vídeos, movimento, dança contemporânea, prosódia, etc, sem faltar o toque humorístico. A tecnologia fez possível que nos sentíssemos dentro de cada cena, de cada momento da história. Na paragem da Aliança de Amor desembarcou a Família Lencastre (Pe.Miguel e D.Margarida), os instrumentos usados por Deus para trazer Schoenstatt para Portugal.

No final cada um recebeu uma lembrança feita do mesmo Capital de Graças conquistado: uma vela em forma de símbolo do Pai com o lema do jubileu no verso – 1Família, 1Pai, 1Missão.

Portugal Porta da Europa

Depois do convívio familiar durante a hora do almoço, peregrinamos até à Capelinha das Aparições, onde, por meio dos seus representantes, o Movimento expressou a Sua gratidão e o seu compromisso como Família portuguesa. Nunca poderemos agradecer o suficiente por todas as maravilhas que Nossa Senhora tem operado em Portugal. Graças pelos 50 anos de Schoenstatt em Portugal, graças porque o fundador desejou, um português sonhou e a Divina Providência actuou. Schoenstatt é hoje em Portugal uma Família consolidada, com alicerces profundos e firmes.

E porque “Schoenstatt dá-nos uma alma grande e a fé em que podemos ajudar Nossa Senhora a revitalizar as raízes cristãs da Europa… – dizia o Pe.Diogo Barata – “Portugal Porta da Europa”, pode ser uma boa síntese da nossa missão como país!”