Posted On 2013-03-24 In Santuário Original

Amor à Igreja e fé na missão

CHILE, Pe. Eduardo Aguirre. Fevereiro, em geral um mês de férias e descontração, surpreendeu-nos com duas notícias, dois acontecimentos marcantes para a nossa Família de Schoenstatt e para a Igreja; a paralisação das negociações com os Palotinos para a compra do Santuário Original e a renúncia do Papa ao Pontificado. Dois acontecimentos que nos surpreenderam e nos deixaram, provavelmente, alarmados; que irá passar-se agora com o Santuário Original? Serão retomadas as negociações para que finalmente o Santuário pertença definitivamente à Família de Schoenstatt?… E quem será eleito Papa para conduzir a Igreja nestes momentos em que esta enfrenta grandes provas e desafios?

Tudo isto acontece no “ano da fé”, proclamado por Bento XVI e no “ano da missão”, o terceiro ano do triénio de preparação para a celebração dos 100 anos da Aliança de Amor e da fundação de Schoenstatt, em 2014. Todas estas circunstâncias fazem-nos perguntar, à luz da fé prática da Divina Providência… Que nos quer dizer Deus com tudo isto? Quais são os seus planos de amor e sabedoria na condução da Igreja e da nossa Família nestes momentos em que vivemos? Que resposta espera de nós? Provavelmente haverá diferentes possibilidades de resposta e de interpretações destes acontecimentos. Mas temos que esforçar-nos por responder à condução de Deus com fé, com compromisso, com esperança e com audácia.

Independentemente das interpretações que possamos dar, partimos sempre da fé em que Deus conduz a Igreja e a Família e que se nos esforçarmos por colaborar com a nossa entrega e compromisso fiel, a história seguirá o rumo querido por Deus. Confiamos cheios de fé na nossa Aliança, que a nossa Mãe se mostrará vitoriosa, uma vez mais e no momento oportuno, no processo de retorno do Santuário Original ao seio da nossa Família de Schoenstatt. Provavelmente, Ela quer que não hajam dúvidas, que se o Santuário Original voltar para a Família, não será só pela intervenção humana e eficiência das negociações materiais, mas por uma clara intervenção sua, como sinal da sua fidelidade à Aliança, à realidade do Santuário e à Missão de Schoenstatt. Assim foi com a liberação do nosso Pai em 1965, depois de 14 anos de exílio em Milwaukee… Quem sabe, se cinquenta anos mais tarde, aconteça assim também a liberação do Santuário Original.

Renovarmo-nos na fé e na vinculação ao Santuário Original

Sem dúvida, parte da nossa resposta e colaboração acreditando na condução de Deus será sempre com a nossa oração e contribuições ao capital de graças. Temos que intensificar a nossa oração e capital de graças pela liberação do Santuário Original, neste ano de 2013, que quer estar marcado pelo aprofundamento da nossa fé e pela intensificação do compromisso com a nossa missão para a Igreja.

Em fevereiro, entre a festa da Apresentação do Senhor (também chamada de Candelária) e a festa de Nossa Senhora de Lourdes, recebemos a notícia destes surpreendentes acontecimentos. Com atitude providencialista e como discípulos do nosso Pai e Fundador, podemos relacioná-los; a renúncia de Bento XVI chama-nos a atenção para a Igreja e para os sérios desafios que enfrenta atualmente; interpela-nos a renovarmo-nos na nossa fé, no nosso amor à Igreja e no nosso compromisso com a sua renovação. Ao mesmo tempo, as dificuldades em relação à recuperação do Santuário Original, desafiam-nos a renovarmo-nos profundamente na fé e na vinculação ao Santuário, com o seu significado de lugar de graça para a renovação da Igreja e a comprometermo-nos ainda com mais força e empenho pela missão que nos foi confiada através do nosso Pai. O Santuário é a fonte de graças para o nosso carisma e para a nossa missão de serviço à Igreja do nosso tempo.

A partir do nosso Cenáculo da Bellavista e em aliança com o nosso Pai, renovemos a nossa fé na missão, o nosso compromisso com a Igreja e a nossa entrega como Família de Schoenstatt, como apóstolos de um novo Pentecostes.

Carta à família de Schoenstatt do Chile. O P. Eduardo Aguirre é Diretor Nacional do Movimento de Schoenstatt do Chile.
Fonte: Vínculo março de 2013

Original: Espanhol – Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal


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