Posted On 2014-06-21 In Francisco - Mensagem

Um dinamismo de amor, de comunhão, de serviço recíproco, de partilha

org. Todos dentro da Igreja, e muitos fora dela, fiéis ou não, têm recebido suas palavras claras e cheias de esperança, muito motivadoras, para assumir a responsabilidade que temos para construir um mundo conforme a vontade de Deus, na força do Espírito e no caminho de Cristo. Cardeais e bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, noviços e seminaristas, famílias, jovens e idosos, comunidades e instituições têm recebido a proposta de sair “às ruas”, de levar não uma esperança utópica, mas concretizada em atos, em projetos evangelizadores de vida do ser humano, esteja onde estiver; mesmo que na “periferia”, com todos os riscos e perigos envolvidos. Prefiro uma igreja acidentada porque sai a servir, do que uma Igreja enferma por fechar-se em si mesma, ele nos repete constantemente. Testemunho de tudo isso está disponível em schoenstatt.org onde, semana a semana, são apresentados textos que nos impulsionam em nossa própria peregrinação rumo ao jubileu de 2014. Sem dúvida, uma vez que somos Igreja, essas palavras também são dirigidas a todos nós. Como se alegria o Fundador com esse impulso missionário que nos é presenteado a partir do próprio coração da Igreja! (P. José María García)

SEMANA 25/2014

Não há jamais motivo para perder a esperança. Jesus disse: «Eu estou convosco até ao fim do mundo».

Tweet de 19/6/14

A pobreza e a humildade estão no centro do Evangelho e digo-o num sentido teológico, não sociológico. Não se pode entender o Evangelho sem a pobreza, mas devemos distingui-la do pauperismo. Creio que Jesus quer que não sejamos príncipes, mas servidores.

Entrevista para o diário La Vanguardia, de Espanha

O dom do temor de Deus … não significa ter medo de Deus: sabemos bem que Deus é Pai, e que nos ama e quer a nossa salvação, e perdoa sempre, sempre; pelo que não há motivo para ter medo d’Ele. O temor de Deus, ao contrário, é o dom do Espírito que nos recorda o quão pequenos somos perante de Deus e o seu amor, e que o nosso bem está em abandonarmo-nos com humildade, com respeito e confiança nas suas mãos. Este é o temor de Deus: o abandono na bondade do nosso Pai que nos quer muito.

Audiência geral, 11.06.2014

Quando o Espírito Santo entra no nosso coração, infunde-nos consolo e paz, e leva-nos a sentirmo-nos tal como somos, ou seja, pequenos, com essa atitude – tão recomendada por Jesus no Evangelho – de quem põe todas as suas preocupações e expectativas em Deus e se sente envolvido e sustentado pelo seu calor e proteção, precisamente como uma criança com o seu pai. É isto que faz o Espírito Santo no nosso coração: faz-nos sentir como crianças nos braços do nosso pai. Neste sentido, então, compreendemos bem como o temor de Deus adquire em nós a forma da docilidade, do reconhecimento e do louvor, enchendo o nosso coração de esperança. Muitas vezes, com efeito, não conseguimos captar o desígnio de Deus, e damo-nos conta de que não somos capazes de assegurar a felicidade e a vida eterna. Contudo, é precisamente na experiência dos nossos limites e da nossa pobreza que o Espírito Santo nos conforta e nos faz perceber que a única coisa importante é deixarmo-nos conduzir por Jesus aos braços do seu Pai.

Audiência geral, 11.06.2014

Há uma pergunta interessante, que Pedro faz por curiosidade,… quando olha João: e a ele o que lhe acontecerá? No fundo, a Jesus os apóstolos, precisamente no dia da Ascensão, fizeram a mesma pergunta: mas agora chega o triunfo? Quase como dizer: “como terminará este primeiro amor que tem caminhado tanto? Como acabará este ser pastores? “Terminará com a glória com a magnificência?”. A resposta, porém, é muito distinta: “Não, irmão, acabará de modo mais comum, muitas vezes a mais humilhante”. Talvez acabe numa cama onde te dão de comer, onde têm que te vestir, inútil, ali, doente. Não será preciso repetir: “Mas, Senhor, eu fiz isto por ti, tive um grande amor, evangelizei como me disseste, “e tenho de acabar assim?”. Sim, deve-se acabar como Ele terminou! Esse amor morre como o grão de trigo e assim, logo dará fruto. Mas eu não o verei!

Missa em Santa Marta, 6.6.2014

Há uma palavra forte: Segue-me! É precisamente o que diz Jesus se nós perdemos a orientação e não sabemos como responder ao amor, não sabemos como responder a este ser pastores ou não temos a certeza se o Senhor não nos deixará sós nos momentos mais duros da vida, na doença. Este- segue-me, deve ser a nossa certeza, seguindo os passos de Jesus, nesse caminho… O Senhor nos dê a todos nós a graça de encontrar sempre ou recordar sempre, o primeiro amor, de ser pastores, de não ter vergonha de acabar humilhados numa cama ou de perder a razão. Peçamos ao Senhor para que sempre nos dê a graça de caminhar atrás de Jesus, seguindo os passos de Jesus, e nos dê assim a graça de segui-lo.

Missa em Santa Marta, 6.6.2014

Sei que me pode acontecer alguma coisa, mas está nas mãos de Deus. Lembro-me que no Brasil me tinham preparado um papamóvel fechado, com vidro, mas eu não posso saudar um povo e dizer-lhe que gosto dele dentro de uma lata de sardinhas, mesmo que seja de cristal. Para mim isso é um muro. É verdade que algo me poderá acontecer, mas sejamos realistas, na minha idade não tenho muito a perder.

Entrevista para o diário La Vanguardia, de Espanha

Está provado que com a comida que sobra poderíamos alimentar as pessoas que passam fome. Quando se vêem as fotografias de crianças desnutridas em diversas partes do mundo deita-se as mãos à cabeça, não se entende. Creio que estamos num sistema mundial económico que não é bom. No centro de todo o sistema económico deve estar o homem, o homem e a mulher, e tudo o mais deve estar ao serviço deste homem. Mas nós pusemos o dinheiro no centro, o deus dinheiro. Caímos num pecado de idolatria, a idolatria do dinheiro. A economia move-se pela ânsia de ter mais e, paradoxalmente, alimenta-se uma cultura do descarte. Descartam-se os jovens quando se limita a natalidade.

Também se descartam os idosos porque já não servem, não produzem. É classe passiva… Ao descartar as crianças e os idosos, descarta-se o futuro de um povo porque as crianças são o futuro e porque os idosos são a sabedoria, têm a memória desse povo e devem passá-la aos jovens.

Entrevista para o diário La Vanguadia, de Espanha

Todos estamos chamados a testemunhar e a anunciar a mensagem que “Deus é amor”, que Deus não é longínquo ou insensível às nossas vicissitudes humanas. Ele está próximo de nós, está sempre ao nosso lado, caminha connosco para partilhar as nossas alegrias e as nossas dores, as nossas esperanças e as nossas fadigas. Nos ama tanto e de tal maneira que se fez Homem, veio ao mundo não para julgar-nos mas para que o mundo se salve por meio de Jesus (cfr jo 3,16-17). E este é o amor de Deus em Jesus. Este amor que é tão difícil de entender, mas que sentimos quando nos aproximamos de Jesus. E Ele perdoa-nos sempre. Ele espera-nos sempre. Ele ama-nos tanto! E o amor de Jesus que sentimos é o amor de Deus!

O Espírito Santo, dom de Jesus Ressuscitado, comunica-nos a vida divina e deste modo faz-nos entrar no dinamismo da Trindade que é um dinamismo de amor, de comunhão, de serviço recíproco, de partilha. Uma pessoa que ama os outros pela própria alegria de amar é um reflexo da Trindade. Uma família que se ama e onde se ajudam uns aos outros é um reflexo da Trindade. Uma paróquia na qual se amam e partilham os bens espirituais e materiais é um reflexo da Trindade.

O amor verdadeiro é sem limites, mas sabe limitar-se, para ir ao encontro do outro, para respeitar a liberdade do outro. Todos os domingos vamos à Missa, celebramos juntos a Eucaristia, e a Eucaristia é como a “sarça ardente” na qual humildemente vive e comunica a Trindade.

Ángelus, 15.6.2014

Ler todos os textos na categoria: Francisco aos peregrinos 2014

Evangelii Gaudium: Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual (24 de novembro de 2013)


Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *