Posted On 2014-03-20 In Francisco - Mensagem

Só o que serve com amor sabe proteger

org. Todos dentro da Igreja, e muitos fora dela, fiéis ou não, têm recebido suas palavras claras e cheias de esperança, muito motivadoras, para assumir a responsabilidade que temos para construir um mundo conforme a vontade de Deus, na força do Espírito e no caminho de Cristo. Cardeais e bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, noviços e seminaristas, famílias, jovens e idosos, comunidades e instituições têm recebido a proposta de sair “às ruas”, de levar não uma esperança utópica, mas concretizada em atos, em projetos evangelizadores de vida do ser humano, esteja onde estiver; mesmo que na “periferia”, com todos os riscos e perigos envolvidos. Prefiro uma igreja acidentada porque sai a servir, do que uma Igreja enferma por fechar-se em si mesma, ele nos repete constantemente. Testemunho de tudo isso está disponível em schoenstatt.org onde, semana a semana, são apresentados textos que nos impulsionam em nossa própria peregrinação rumo ao jubileu de 2014. Sem dúvida, uma vez que somos Igreja, essas palavras também são dirigidas a todos nós. Como se alegria o Fundador com esse impulso missionário que nos é presenteado a partir do próprio coração da Igreja! (P. José María García)

SEMANA 12/2014

O amor cristão é um amor sem cálculos. Esta é a lição do Bom Samaritano; esta é a lição de Jesus.

Tweet de 18.03.2014

Certamente, Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? Às três perguntas de Jesus a Pedro sobre o amor, seguem o triplo convite: Apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Nunca esqueçamos que o verdadeiro poder é o serviço, e que também o Papa, para exercer o poder, deve entrar cada vez mais nesse serviço que tem o seu cume luminoso na cruz; deve pôr os seus olhos no serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para proteger a todo o Povo de Deus e acolher com afeto e ternura toda a humanidade, especialmente os mais pobres, os mais débeis, os mais pequenos; isso que Mateus descreve no juízo final sobre a caridade: ao faminto, ao sedento, ao forasteiro, ao nu, ao enfermo, ao prisioneiro (cf. Mt 25, 31-46). Só o que serve com amor sabe proteger… Também hoje, perante tantas nuvens negras, temos de ver a luz da esperança e dar nós próprios a esperança. Proteger a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e de amor; é abrir um resquício de luz no meio de tantas nuvens; é levar o calor da esperança. E, para o crente, para nós cristãos, como Abrão, como São José, a esperança que levamos tem o horizonte de Deus, que se nos abriu em Cristo, está fundada sobre a rocha que é Deus. Proteger Jesus com Maria, proteger toda a criação, proteger todos, especialmente os mais pobres, protegermo-nos a nós próprios; é um serviço que o Bispo de Roma está chamado a desempenhar, mas ao que todos estamos chamados, para fazer brilhar a estrela da esperança: protejamos com amor o que Deus nos deu. Imploro a intercessão da Virgem Maria, de São José, dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e a todos vós digo: Rezai por mim.

19.03.2013, início do ministério cetrino

Deste episódio da Transfiguração quero destacar os elementos significativos, que resumo em duas palavras: subida e descida. Nós necessitamos de sair da multidão, subir a montanha, para um espaço de silêncio, para nos encontrarmos connosco próprios e escutar melhor a voz do Senhor. Isto fazemo-lo na oração. Mas não podemos ficar por aqui! O encontro com Deus na oração empurra-nos novamente a “descer da montanha” e voltar ao local onde nos encontramos com o resto dos irmãos sobrecarregados de fadigas, injustiças, ignorâncias, pobreza material e espiritual. A estes nossos irmãos, que estão em dificuldades, estamos chamados a levar os frutos da experiência que temos tido com Deus, partilhando com eles os tesouros de graça recebidos. Isto é curioso, quando escutamos a Palavra de Jesus, quando a temos no coração, essa Palavra cresce, sabeis como cresce? Dando-a ao outro. A Palavra de Cristo em nós cresce quando a proclamamos, quando a damos aos outros. Esta é a vida cristã. É uma missão para toda a Igreja, para todos os batizados, para todos nós. Escutar Jesus e oferecê-lo aos outros.

Ângelus, 16.03.2014

A primeira tarefa do cristão é escutar a Palavra de Deus, escutar Jesus, porque Ele fala-nos e Ele salva-nos com a sua Palavra; e Ele também torna mais robusta, mais forte a nossa fé com esta palavra. Escutar Jesus! “Mas Padre, eu escuto Jesus, escuto-o tanto!” – “Sim? O que escutas?” – “Ouço a rádio, a televisão, escuto os comentários das pessoas…”. Tantas coisas que escutamos durante o dia, tantas coisas… Mas faço-lhes uma pergunta: Temos um pouco de tempo, em cada dia, para escutar Jesus, para escutar a Palavra de Jesus? Em casa, temos o Evangelho? E todos os dias escutamos Jesus no Evangelho, lemos um parágrafo do Evangelho? Ou temos medo disto, ou não estamos habituados? Escutar a Palavra de Jesus para nos nutrirmos! Isto significa que a Palavra de Jesus é o alimento mais forte para a alma; nutre-nos a alma, nutre-nos a fé! Eu sugiro, em cada dia, ter alguns minutos e ler uma passagem do Evangelho e escutar o que ali se passa. Sentir Jesus, e essa Palavra de Jesus, em cada dia, entra no nosso coração e nos faz mais fortes na fé. Também lhes sugiro ter um pequeno Evangelho, um pequenino, que se pode levar no bolso, na carteira, e quando tivermos algum tempo, talvez no autocarro… quando se pode no autocarro porque, muitas vezes, estamos um pouco pressionados para manter o equilíbrio e também para cuidar dos bolsos, não?… Mas quando estiveres sentado, podes ler também durante o dia, pegar no Evangelho e ler umas palavrinhas. O Evangelho sempre connosco!

Missa numa paróquia romana, 16.03.2014

Alargar o coração! ‘Mas eu sou um pecador’. ‘Vê o que fez este, aquele… Eu fiz tanto! Quem sou eu para julga-lo?’. Esta frase: ‘Quem sou para julgar este? Quem sou eu para falar mal deste? Quem sou eu para? Quem sou eu que fez as mesmas coisas ou piores?’ . O coração grande! E o Senhor di-lo: ‘Não julguem e não serão julgados! Não condenem e não serão condenados! Perdoem e serão perdoados! Deem e lhes será dado!’ Esta generosidade do coração! E que coisa lhes será dada? Deitar-lhes-ão sobre o regaço uma boa medida, transbordante. É a imagem das pessoas que iam recolher os grãos com o avental e estendiam o avental para mais, mais grãos. Se tiverdes o coração grande podeis receber mais.

Santa Marta, 17.03.2014

O coração grande não condena, mas perdoa, esquece porque Deus esqueceu os meus pecados; Deus perdoou os meus pecados. Alargar o coração. Isto é belo! Sejam misericordiosos. O homem e a mulher misericordiosos têm um coração grande, grande: perdoam sempre os outros e só pensam nos seus pecados. ‘Viste que coisa fez este?’ Tenho o suficiente com aquilo que fiz e não me meto!’. Este é o caminho da misericórdia que devemos pedir. Se todos nós, se todos os povos, as pessoas, as famílias, os bairros, tivéssemos esta atitude, quanta paz haveria no mundo, quanta paz nos nossos corações! Porque a misericórdia conduz-nos à paz. Recordem sempre: ‘Quem sou eu para julgar?’ Há que envergonhar-se e alargar o coração. Que o Senhor nos dê esta graça.

Santa Marta, 18.03.2014

Gosto de estar com as pessoas – respondeu o Papa -, junto aos que sofrem, e de andar pelas paróquias. Não gosto das interpretações ideológicas, uma certa mitologia do Papa Francisco. Quando se diz, por exemplo, que saio de noite do Vaticano para ir dar de comer aos mendigos da Via Ottaviano… jamais me passaria pela cabeça. Sigmund Freud dizia, se não me engano, que em toda a idealização há uma agressão. Pintar o Papa como se fosse uma espécie de Super-homem, uma espécie de estrela, acho ofensivo. O Papa é um homem que ri, chora, dorme tranquilo, e tem amigos como todos. É uma pessoa normal.

Entrevista a Corriere de la Sera e La Nación

São Francisco teve a genialidade de colocar o tema da pobreza no caminho evangélico. Jesus diz que não se pode servir a dois senhores, a Deus e ao dinheiro. E quando formos julgados no final dos tempos (Mateus, 35), perguntar-nos-ão sobre a nossa proximidade à pobreza. A pobreza afasta-nos da idolatria e abre as portas à Providência. Zaqueu entrega metade das suas riquezas aos pobres. E a quem tem os seus celeiros cheios do seu próprio egoísmo o Senhor, no final, pedir-lhes-á contas. Creio ter expressado bem o meu pensamento sobre a pobreza em “Evangelii Gaudium”. É certo, a globalização salvou da miséria muitas pessoas, mas condenou muitas outras a morrer de fome, porque com este sistema económico torna-se seletiva. A globalização na qual a Igreja pensa não é semelhante a uma esfera onde cada ponto é equidistante do centro e na qual, portanto, se perde a particularidade dos povos, mas a um poliedro, com as suas diversas facetas, onde cada povo conserva a sua própria cultura, língua, religião, identidade. A atual globalização “esférica” económica, e sobretudo financeira, produz um pensamento único, um pensamento débil. E no seu centro já não está a pessoa humana, apenas o dinheiro.

Entrevista a Corriere de la Sera e La Nación

Que fazem os hipócritas? Disfarçam-se, disfarçam-se de bons. Poem cara de santinhos, rezam olhando o céu, fazendo-se notar, sentem-se mais justos que os outros, desprezam os outros. ‘Mas – dizem – eu sou muito católico, porque o meu tio é uma grande benfeitor, a minha família é esta, e eu sou… estudei… conheço a tal bispo, a tal cardeal, a tal padre… Eu sou… Sentem-se melhores que os outros. Esta é a hipocrisia. O Senhor diz: ‘Não, isso não’. Ninguém é justo por si mesmo. Todos temos necessidade de ser justificados. E o único que nos justifica é Jesus Cristo. Para não sermos cristãos disfarçados, quando passa esta aparência, vê-se a realidade, que não são cristãos. ‘Socorram o oprimido, façam justiça ao órfão, defendam a causa da viúva´. Ocupem-se do próximo: do doente, do pobre, do que tem necessidade, do ignorante. Este é o termo de comparação. Os hipócritas não sabem fazer isto, não podem, porque estão tão cheios de si próprios que estão cegos para olhar para os outros. Quando alguém caminha um pouco e se aproxima do Senhor, a luz do Senhor fá-lo ver estas coisas e vai ajudar os seus irmãos. Este é o sinal, este é o sinal da conversão.

Santa Marta, 18.03.2014

O sinal de que nós estamos com Jesus Cristo é este: atender os irmãos, os pobres, os doentes, como o Senhor nos ensina. A Quaresma é para ajustar a vida, mudar a vida, para nos aproximarmos do Senhor. O sinal de que estamos longe do Senhor é a hipocrisia. O hipócrita não tem necessidade do Senhor, salva-se a si mesmo, pensa ele, e veste-se de santo. O sinal de que nós nos aproximamos do Senhor com a penitência, pedindo perdão, é que cuidamos dos nossos irmãos necessitados.. Que o Senhor nos dê a todos luz e coragem: luz para conhecer o que acontece dentro de nós e coragem para nos convertermos, para nos aproximarmos do Senhor. É belo estarmos perto do Senhor!

Santa Marta, 18.03.2014

Ler todos os textos na categoria: Francisco aos peregrinos 2014

O objetivo da peregrinação
é a renovação da Aliança de Amor
em sua força formadora e missionária;
a que se manifestará – internamente em Schoenstatt -,
a renovação da Família
e – externamente – na formação da uma Cultura de Aliança.

Documento de Trabalho 2014

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *