Posted On 2014-01-23 In Francisco - Mensagem

Um Povo discípulo e missionário

org. Todos dentro da Igreja, e muitos fora dela, fiéis ou não, têm recebido suas palavras claras e cheias de esperança, muito motivadoras, para assumir a responsabilidade que temos para construir um mundo conforme a vontade de Deus, na força do Espírito e no caminho de Cristo. Cardeais e bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, noviços e seminaristas, famílias, jovens e idosos, comunidades e instituições têm recebido a proposta de sair “às ruas”, de levar não uma esperança utópica, mas concretizada em atos, em projetos evangelizadores de vida do ser humano, esteja onde estiver; mesmo que na “periferia”, com todos os riscos e perigos envolvidos. Prefiro uma igreja acidentada porque sai a servir, do que uma Igreja enferma por fechar-se em si mesma, ele nos repete constantemente. Testemunho de tudo isso está disponível em schoenstatt.org onde, semana a semana, são apresentados textos que nos impulsionam em nossa própria peregrinação rumo ao jubileu de 2014. Sem dúvida, uma vez que somos Igreja, essas palavras também são dirigidas a todos nós. Como se alegria o Fundador com esse impulso missionário que nos é presenteado a partir do próprio coração da Igreja! (P. José María García)

SEMANA 4/2014

O Povo de Deus é um Povo discípulo — porque recebe a fé — e missionário — porque transmite a fé. É isto que o Batismo faz entre nós: confere-nos a Graça, transmite-nos a Fé. Todos na Igreja somos discípulos, e somo-lo sempre, a vida inteira; e todos nós somos missionários, cada qual no lugar que o Senhor lhe confiou. Todos: até o mais pequenino é missionário; e aquele que parece maior é discípulo. Mas algum de vós dirá: «Os Bispos não são discípulos, eles sabem tudo; o Papa sabe tudo, e não é discípulo». Não, até os bispos e o Papa devem ser discípulos, pois se não forem discípulos não farão o bem, não poderão ser missionários nem transmitir a fé. Todos nós somos discípulos e missionários.

Audiência Geral, 15.1

Existe um vínculo indissolúvel entre as dimensões mística e missionária da vocação cristã, ambas arraigadas no Batismo. «Ao receber a fé e o batismo, os cristãos acolhem a ação do Espírito Santo, que leva a confessar a Jesus como Filho de Deus e a chamar Deus “Abba”, Pai. Todos os batizados e batizadas… são chamados a viver e a transmitir a comunhão com a Trindade, pois “a evangelização é um chamado à participação da comunhão trinitária”» (Documento final de Aparecida, n. 157).

Audiência Geral, 15.1

A relação do Senhor com o seu povo é uma relação pessoal, sempre, de “pessoa a pessoa”. Ele é o Senhor e o povo tem um nome, não é um diálogo entre o poderoso e as massas. É um diálogo pessoal. E num povo, cada um tem o seu lugar. O Senhor jamais nos fala assim, para a massa, jamais. Fala sempre pessoalmente, com os nomes. E elege pessoalmente. O relato da criação é uma figura que faz ver isto: é o mesmo Senhor que com as suas mãos artesanalmente faz o homem e lhe dá um nome: “Tu chamas-te Adão”. E assim começa aquela relação entre Deus e a pessoa. E há outra coisa, uma relação entre Deus e nós que somos pequeninos. Quando elege as pessoas, também o seu povo, Deus elege sempre os pequeninos.

Missa em Santa Marta, 21.1.

Todos nós com o batismo fomos eleitos pelo Senhor. Todos somos eleitos. Elegeu-nos um a a um. Deu-nos um nome e vê-nos. Há um diálogo, porque o Senhor ama assim. Também David se tornou rei e se equivocou. Talvez cometesse tantos enganos, mas a Bíblia conta-nos dois erros fortes, dois erros daqueles grandes. Que fez David? Humilhou-se. Voltou à sua pequenez e disse: “Sou um pecador”. E pediu perdão e fez penitência… Pensando nestas coisas, neste diálogo entre o Senhor e a nossa pequenez”, acrescentou “pergunto-me onde está a fidelidade cristã: A fidelidade cristã, a nossa fidelidade, é simplesmente guardar a nossa pequenez para que possa dialogar com o Senhor. Guardar a nossa pequenez. Por isso a humildade, a docilidade, são muito importantes na vida do cristão, porque é uma custódia da pequenez, para a qual o Senhor gosta de olhar. E sempre existirá o diálogo entre a nossa pequenez e a grandeza do Senhor. Que o Senhor nos dê, por intercessão de S. David – também pela intercessão da Virgem que cantava alegre a Deus, porque tinha olhado a sua humildade – o Senhor nos dê a graça de guardar perante Ele a nossa pequenez”.

Missa em Santa Marta, 21.1.

Refiro-me à atenção que deveria plasmar qualquer decisão política e económica, mas que, de momento, parece ser pouco mais do que um pensamento. Os que trabalham nestes setores têm uma responsabilidade precisa para com os outros, especialmente para com os mais frágeis, débeis e vulneráveis. É intolerável que todavia milhares de pessoas morram todos os dias de fome, apesar das grandes quantidades de alimentos disponíveis e, muitas vezes, desperdiçados. Do mesmo modo, não podem deixar de nos impressionar os inumeráveis refugiados que procurando condições de vida com um mínimo de dignidade, não só não conseguem encontrar hospitalidade, mas muitas vezes morrem tragicamente na deslocação. Sei que estas são palavras fortes, inclusivamente dramáticas, mas ao mesmo tempo querem reafirmar e desafiar a capacidade deste Forum para marcar a diferença. De facto, os que demonstraram a capacidade para inovar e melhorar a vida de muitas pessoas através da sua criatividade e experiência profissional, podem oferecer uma contribuição adicional pondo as suas capacidades ao serviço dos que ainda vivem no meio de uma terrível pobreza. Faz falta, portanto, um renovado, profundo e amplo sentido de responsabilidade por parte de todos. “a vocação de um empresário é uma nobre tarefa, sempre que se deixe interpelar por um sentido mais amplo da vida” (Evangelii Gaudium, 203).

Mensagem do Santo Padre Francisco ao Presidente Executivo do Forum Económico Mundial na ocasião da sua reunião anual em Davos-Kloster (Suíça)

Estou convencido que uma abertura tal ao transcendente pode dar forma a uma nova mentalidade política económica, capaz de reconduzir toda a atividade económica e financeira dentro de uma abordagem ética que seja verdadeiramente humana. A comunidade económica internacional pode contar com muitos homens e mulheres de grande honestidade e integridade pessoal, cujo trabalho se inspira e guia por nobres ideais de justiça, generosidade e atenção pelo autêntico desenvolvimento da família humana. Exorto-vos a aproveitar estes grandes recursos humanos e morais, e a encarregar-vos deste desafio com determinação e visão de futuro. Sem ignorar, é claro, os requisitos específicos, científicos e profissionais, de cada setor, peço-vos que vos esforceis para que a humanidade se sirva da riqueza e não seja governada por ela.

Mensagem do Santo Padre Francisco ao Presidente Executivo do Forum Económico Mundial na ocasião da sua reunião anual em Davos-Kloster (Suíça)

A normalidade da vida exige do cristão fidelidade à sua eleição e não a vender para entrar numa uniformidade mundana. Esta é a tentação do povo, e também a nossa. Tantas vezes, esquecemos a Palavra de Deus, aquilo que nos diz o Senhor, e tomamos a palavra que está na moda, não?, também aquela da telenovela da moda, tomemos essa, é mais divertida! A apostasia é precisamente o pecado da rutura com o Senhor, mas é clara: a apostasia vê-se claramente. Isto é mais perigoso, a mundanidade, porque é mais subtil. É verdade que o cristão deve ser normal, como são normais as pessoas, mas existem valores que o cristão não pode tomar para si. O cristão deve reter sobre ele a Palavra de Deus que lhe diz: ‘tu és meu filho, tu foste eleito, eu estou contigo, eu caminho contigo’. Portanto resistindo à tentação de se considerarem vítimas de um certo complexo de inferioridade, de não se sentirem um “povo normal”: A tentação vem e endurece o coração e quando o coração é duro, quando o coração não está aberto, a Palavra de Deus não pode entrar. Jesus dizia aos de Emaús: ‘Insensatos e lentos de coração!’. Tinham o coração duro, não podiam entender a Palavra de Deus. E o mundanismo abranda o coração, mas mal: um coração brando jamais é uma coisa boa! Bom é o coração aberto à palavra de Deus, que a recebe. Como a Virgem, que meditava todas essas coisas no seu coração, diz o Evangelho. Receber a Palavra de Deus para não se afastar da eleição. Peçamos, então a graça de superar os nossos egoísmos: de fazer como eu quero. Peçamos a graça da docilidade espiritual, ou seja abrir o coração à Palavra de Deus e não fazer como fizeram estes nossos irmãos, que fecharam o coração porque se afastaram de Deus e há algum tempo não sentiam e não entendiam a Palavra de Deus. Que o Senhor nos dê a graça de um coração aberto para receber a Palavra de Deus e de a meditar sempre. E daqui tomar o verdadeiro caminho”.

Missa em Santa Marta, 20.01.

Original Italiano: Trad.: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

 

O objetivo da peregrinação
é a renovação da Aliança de Amor
em sua força formadora e missionária;
a que se manifestará – internamente em Schoenstatt -,
a renovação da Família
e – externamente – na formação da uma Cultura de Aliança.

Documento de Trabalho 2014

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