Posted On 2013-11-01 In Francisco - Mensagem

Salva-nos com ternura, salva-nos com carícias, salva-nos com a sua vida, por nós

org. Todos dentro da Igreja, e muitos fora dela, fiéis ou não, têm recebido suas palavras claras e cheias de esperança, muito motivadoras, para assumir a responsabilidade que temos para construir um mundo conforme a vontade de Deus, na força do Espírito e no caminho de Cristo. Cardeais e bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, noviços e seminaristas, famílias, jovens e idosos, comunidades e instituições têm recebido a proposta de sair “às ruas”, de levar não uma esperança utópica, mas concretizada em atos, em projetos evangelizadores de vida do ser humano, esteja onde estiver; mesmo que na “periferia”, com todos os riscos e perigos envolvidos. Prefiro uma igreja acidentada porque sai a servir, do que uma Igreja enferma por fechar-se em si mesma, ele nos repete constantemente. Testemunho de tudo isso está disponível em schoenstatt.org onde, semana a semana, são apresentados textos que nos impulsionam em nossa própria peregrinação rumo ao jubileu de 2014. Sem dúvida, uma vez que somos Igreja, essas palavras também são dirigidas a todos nós. Como se alegria o Fundador com esse impulso missionário que nos é presenteado a partir do próprio coração da Igreja! (P. José María García)

SEMANA 44/2013

Contemplar o mistério… sobre a nossa salvação, sobre a nossa redenção, só se compreende de joelhos, na contemplação. Não apenas com a inteligência. Quando a inteligência quer explicar um mistério, sempre – sempre! Fica à beira da loucura! E assim aconteceu na história da Igreja. A contemplação: inteligência, coração, joelhos, oração… tudo junto, entrar no mistério.

Missa em Santa Marta, 22.10

Jesus o intercessor, o que reza, e reza a Deus connosco e perante nós. Jesus salvou-nos, fez esta grande oração, o seu sacrifício, a sua vida, para nos salvar, para nos justificar: estamos justificados graças a Ele. Agora ele foi, e reza, mas Jesus é um espírito? Jesus não é um espírito! Jesus é uma pessoa, um homem, com carne como a nossa, mas na glória. Jesus tem as chagas nas mãos, nos pés, no peito e quando ora ao Pai mostra este preço da justificação, e reza por nós, como quem diz: ‘Mas, Pai que isto não se perca’. … Ao princípio, Ele realizou a redenção, justificou todos, mas agora, que faz? Intercede, reza por nós. Penso no que terá sentido Pedro quando o renegou, Jesus olhou-o e ele chorou. Arrependeu-se. Muitas vezes, entre nós, dizemos “Reza por mim, sim? Preciso disso, tenho tantos problemas, tantas coisas: ‘Reza por mim’. E isto é bom, não? Porque nós como irmãos devemos rezar uns pelos outros. Ele reza por mim; reza por todos nós e reza com coragem porque faz ver ao Pai o preço da nossa justiça; As suas chagas. Pensemos muito nisto e demos graças ao Senhor. Agradeçamos por ter um irmão que reza connosco e reza por nós, intercede por nós. E falemos com Jesus, digamos-lhe: ‘Senhor, Tu és o intercessor, Tu salvaste-me, justificaste-me. Mas agora, reza por mim’. E confiemos-Lhe os nossos problemas, a nossa vida, tantas coisas, para que Ele as leve ao Pai’.

Missa em Santa Marta, 28.10

Rezais algumas vezes em família? Alguns, eu sei que sim. Mas, muitos me perguntam: Mas, como se faz? Faz-se como o publicano, está claro: com humildade, diante de Deus. Cada um com humildade se deixa olhar pelo Senhor e pede a sua bondade, que venha até nós. Mas, na família, como se faz? Porque parece que a oração seja uma coisa pessoal; além disso, nunca se encontra um momento oportuno, tranquilo, em família… Sim, isso é verdade, mas é também questão de humildade, de reconhecer que precisamos de Deus, como o publicano! E todas as famílias, todos nós precisamos de Deus: todos, todos! Há necessidade da sua ajuda, da sua força, da sua bênção, da sua misericórdia, do seu perdão. E é preciso simplicidade: para rezar em família, é necessária simplicidade! Rezar juntos o “Pai Nosso”, ao redor da mesa, não é algo extraordinário: é fácil. E rezar juntos o Terço, em família, é muito belo; dá tanta força! E também rezar um pelo outro: o marido pela esposa; a esposa pelo marido; os dois pelos filhos; os filhos pelos pais, pelos avós… Rezar um pelo outro. Isto é rezar em família, e isto fortalece a família: a oração.

Pregação na Jornada das Famílias, 27.10

Um homem cometeu o pecado, um homem salvou-nos. É o Deus próximo! Que está perto de nós, da nossa história. Desde o primeiro momento, quando elegeu o nosso Pai Abraão, caminhou com o seu povo. E Isto vê-se também com Jesus que faz um trabalho de artesão, de operário: A mim, a imagem que me vem é a do enfermeiro, da enfermeira num hospital; cura as feridas uma a uma, mas com as suas mãos. Deus envolve-se, introduz-se nas nossas misérias, aproxima-se das nossas chagas e cura-as com as suas mãos, e para ter mãos fez-se homem. É um trabalho pessoal de Jesus. Um homem cometeu o pecado, um homem veio curá-lo. Proximidade. Deus não nos salva apenas por um decreto, uma lei; salva-nos com ternura, salva-nos com carícias, salva-nos com a sua vida, por nós.

Missa em Santa Marta, 22.10

No Salmo Responsorial, encontramos esta expressão: «ouçam os humildes e alegrem-se» (33,4). Todo este Salmo é um hino ao Senhor, fonte de alegria e de paz. Qual é o motivo desta alegria? É este: o Senhor está perto, escuta o grito dos humildes e liberta-os do mal. Como escrevia São Paulo: «Alegrai-vos sempre… O Senhor está próximo!» (Fl 4,4-5). Pois bem… gostaria de fazer uma pergunta hoje. Mas, cada um leva esta pergunta no seu coração, para a sua casa, certo? É como um dever de casa. E responde-se sozinho. Como se vive a alegria, a vossa casa? Como se vive a alegria na vossa família? Bem, dai vós mesmos a resposta. Queridas famílias, como bem sabeis, a verdadeira alegria que se experimenta na família não é algo superficial, não vem das coisas, das circunstâncias favoráveis… A alegria verdadeira vem da harmonia profunda entre as pessoas, que todos sentem no coração, e que nos faz sentir a beleza de estarmos juntos, de nos apoiarmos uns aos outros no caminho da vida. Mas, na base deste sentimento de alegria profunda está a presença de Deus, a presença de Deus na família, está o seu amor acolhedor, misericordioso, cheio de respeito por todos. E, acima de tudo, um amor paciente: a paciência é uma virtude de Deus e ensina-nos, na família, a ter este amor paciente, um com o outro. Ter paciência entre nós. Amor paciente. Só Deus sabe criar a harmonia a partir das diferenças. Se falta o amor de Deus, a família também perde a harmonia, prevalecem os individualismos, apaga-se a alegria. Pelo contrário, a família que vive a alegria da fé, comunica-a espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo, é fermento para toda a sociedade.

Pregação na Jornada das Famílias, 27.10

O apóstolo Paulo, no final da sua vida, faz um balanço fundamental, e diz: «guardei a fé» (2Tm 4,7). Mas, como a guardou? Não num cofre! Nem a escondeu debaixo da terra, como o servo um pouco preguiçoso dos talentos. São Paulo compara a sua vida com uma batalha e com uma corrida. Guardou a fé, porque não se limitou a defendê-la, mas anunciou-a, irradiou-a, levou-a longe. Opôs-se de modo decidido àqueles que queriam conservar, “embalsamar” a mensagem de Cristo nos limites da Palestina. Por isso, tomou decisões corajosas, penetrou em territórios hostis, deixou-se atrair pelos que estavam longe, por culturas diferentes, falou francamente, sem medo. São Paulo guardou a fé, porque, como a tinha recebido, assim a entregou, dirigindo-se às periferias, sem se fincar em posições defensivas. Aqui também, podemos perguntar: De que modo nós, em família, guardamos a nossa fé? Conservamo-la para nós mesmos, na nossa família, como um bem privado, como uma conta no banco, ou sabemos partilhá-la com o testemunho, com o acolhimento, com a abertura aos demais? Todos sabemos que as famílias, sobretudo as jovens famílias, estão frequentemente “a correr”, muito atarefadas; mas já pensastes alguma vez que esta “corrida” pode ser também a corrida da fé? As famílias cristãs são famílias missionárias. Ontem escutámos, aqui na praça, o testemunho de famílias missionárias. Elas são missionárias também na vida quotidiana, fazendo as coisas de todos os dias, colocando em tudo o sal e o fermento da fé! Guardai a fé em família e colocai o sal e o fermento da fé nas coisas de todos os dias.

Pregação na Jornada das Famílias, 27.10.2013

A graça de Deus vence sempre, porque é Ele mesmo que se entrega, quem se aproxima, quem nos acaricia, quem nos cura. E por isso, talvez a alguns de nós nos custe dizer isto, porque aqueles que estão mais próximos do coração de Jesus são os mais pecadores, porque Ele vai buscá-los, chama a todos: ‘Venham, venham!’ e quando lhe pedem uma explicação, diz: ‘Mas, aqueles que têm boa saúde não têm necessidade do médico; eu vim para curar, para salvar”.

Missa em Santa Marta, 22.10

Muitas vezes contribuímos para a globalização da indiferença: tentemos, com muito empenho, viver uma solidariedade global.

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O objetivo da peregrinação
é a renovação da Aliança de Amor
em sua força formadora e missionária;
a que se manifestará – internamente em Schoenstatt -,
a renovação da Família
e – externamente – na formação da uma Cultura de Aliança.

Documento de Trabalho 2014

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