Posted On 2013-09-18 In Francisco - Mensagem

Viajantes da fé

org. Todos dentro da Igreja, e muitos fora dela, fiéis ou não, têm recebido suas palavras claras e cheias de esperança, muito motivadoras, para assumir a responsabilidade que temos para construir um mundo conforme a vontade de Deus, na força do Espírito e no caminho de Cristo. Cardeais e bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, noviços e seminaristas, famílias, jovens e idosos, comunidades e instituições têm recebido a proposta de sair “às ruas”, de levar não uma esperança utópica, mas concretizada em atos, em projetos evangelizadores de vida do ser humano, esteja onde estiver; mesmo que na “periferia”, com todos os riscos e perigos envolvidos. Prefiro uma igreja acidentada porque sai a servir, do que uma Igreja enferma por fechar-se em si mesma, ele nos repete constantemente. Testemunho de tudo isso está disponível em schoenstatt.org onde, semana a semana, são apresentados textos que nos impulsionam em nossa própria peregrinação rumo ao jubileu de 2014. Sem dúvida, uma vez que somos Igreja, essas palavras também são dirigidas a todos nós. Como se alegria o Fundador com esse impulso missionário que nos é presenteado a partir do próprio coração da Igreja! (P. José María García)

SEMANA 38/2013

Quantos cristãos recordam a data do próprio Batismo? Gostaria de vos fazer aqui esta pergunta, mas cada um responda no vosso coração: Quantos de vocês recordam a data do próprio Batismo? Alguns levantam as mãos, mas quantos não se lembram! A data do batismo é a data do nosso nascimento na Igreja, a data na qual a nossa mãe Igreja nos deu à luz. E agora deixo-vos uma tarefa para fazer em casa. Quando hoje voltarem para casa, procurem saber qual é a data do vosso Batismo para o poderem festejar, para dar graças ao Senhor por este dom. Vão fazer isto? Amamos a Igreja como se ama a própria mãe, sabendo compreender os seus defeitos? Todas as mães têm defeitos, todos temos defeitos, mas quando se fala dos defeitos da mãe nós escondemo-los. E a Igreja tem os seus defeitos: gostamos dela como da mãe, ajudamo-la a ser mais bela, mais autêntica, mais parecida ao Senhor? Deixo-lhes estas perguntas mas não se esqueçam da tarefa: procurem saber a data do vosso Batismo para a trazerem no coração e a festejarem.

Audiência Geral, 11 de setembro

Faz-me bem imaginar hoje o pároco Brochero montado na sua mula, percorrendo os longos caminhos áridos e desolados dos 200 quilómetros quadrados da sua paróquia, procurando casa por casa os vossos bisavós e tetravós, para lhes perguntar se precisavam de alguma coisa e para os convidar a fazer os exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola. Conheceu todos os cantos da sua paróquia. Não ficou na sacristia a pentear ovelhas. O Cura Brochero era a visita do próprio Jesus a cada família. Ele levava a imagem da Virgem, o livro de orações com a Palavra de Deus, as coisas para celebrar a Missa diária. Convidava-os , conversavam e Brochero falava-lhes de um modo que todos entendiam porque lhe saía do coração, da fé e do amor que ele tinha a Jesus.

Numa beatificação é muito importante a sua atualidade pastoral. O Cura Brochero tem a atualidade do Evangelho, é um pioneiro em sair para as periferias geográficas e existenciais para levar a todos o amor, a misericórdia de Deus. Não ficou na paróquia, desgastou-se sobre a mula e acabou por adoecer de lepra, por tanto sair à procura das pessoas, como um sacerdote viajante da fé. Isto é o que Jesus hoje quer, discípulos missionários. Viajantes da fé!

Brochero era um homem normal, frágil, como qualquer de nós, mas conheceu o amor de Jesus, deixou moldar o seu coração pela misericórdia de Deus. Soube sair do buraco do “eu-comigo-para mim) do egoísmo mesquinho que todos temos, vencendo-se a si mesmo, superando com a ajuda de Deus essas forças interiores das quais o demónio se vale para ficarmos na comodidade, passar bons momentos. Deixemos que o Cura Brochero entre hoje, com mula e tudo, na casa do nosso coração e nos convide à oração, ao encontro com Jesus, que nos livra de prisões para sair à rua e encontrar os irmãos, a tocar a carne de Cristo no que sofre e necessita do amor de Deus.

É importante procurar novas vias, adaptadas e adequadas às pessoas a quem nos dirigimos… as pessoas não devem ter nunca a impressão de se encontrarem com funcionários com interesses económicos e não espirituais.

Aos sacerdotes da diocese de Roma

O capítulo 15 do Evangelho de Lucas contém as três parábolas da misericórdia: da ovelha perdida, da moeda perdida, e depois a mais ampla de todas as parábolas, típica de S. Lucas, o pai de dois filhos, o filho “pródigo” e o filho que se acha justo. Que acredita que é santo. Todas estas três parábolas falam da alegria de Deus. Deus é gozoso, é interessante isto, Deus é gozoso, e qual é a alegria de Deus? A alegria de Deus é perdoar, a alegria de Deus é perdoar! É a alegria de uma mulher que encontra a sua moeda; é a alegria de um pai que volta a receber em casa o filho que se tinha perdido, que estava como morto e que voltou à vida. Voltou para casa. Aqui está todo o Evangelho, aqui, está todo o evangelho, está o Cristianismo! Mas vejam que não é sentimento, não é “ostentação de bons sentimentos”. Pelo contrário, a misericórdia é a verdadeira força que pode salvar o homem e o mundo do “cancro” que é o pecado, o mal moral, o mal espiritual. Só o amor preenche os vazios, os abismos negativos que o mal abre no coração e na história. Só o amor pode fazer isto. E esta é a alegria de Deus.

Ângelus 15 de setembro

Jesus é todo misericórdia, Jesus é todo amor. É Deus feito homem. Cada um de nós, cada um de nós é essa ovelha perdida, cada um de nós é esse filho que desperdiçou a sua própria liberdade seguindo ídolos falsos, e perdeu tudo.

Ângelus 15 de setembro

A Igreja não cai, porque hoje, como sempre, há muita santidade quotidiana: há muitas mulheres e homens que vivem a fé na vida de cada dia. E a santidade é mais forte que os escândalos.

Santa Marta

Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

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O objetivo da peregrinação
é a renovação da Aliança de Amor
em sua força formadora e missionária;
a que se manifestará – internamente em Schoenstatt -,
a renovação da Família
e – externamente – na formação da uma Cultura de Aliança.

Documento de Trabalho 2014

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