Posted On 2018-05-25 In Vida em Aliança

O nosso caminho até ao Santuário

PARAGUAI, Olga e Héctor Morán •

Somos Olga e Héctor, conhecemos-nos na Universidade, onde fomos companheiros; depois de 9 anos de noivado, casámos-nos já há quase 18 anos. Frutos do nosso casamento e presente de Deus, nasceram Anahí (16) e Gaspar (14). —

Ambos viemos de famílias católicas, mas não éramos muito praticantes. Íamos à missa no Domingo de Ramos, e a Caacupé peregrinávamos todos os dias 7 de dezembro (com sol ou chuva, sempre). Algumas vezes assistíamos à missa aos domingos, estas eram as nossas práticas. Também algumas vezes por ano, não mais de duas, visitávamos o Santuário de Tupãrenda, onde, sem dúvida, sentíamos e respirávamos uma paz que, sem o sabermos, agora percebemos que era o eco subtil de um chamamento.

Quando chegou o momento de escolher um colégio para Anahí, procurámos um católico que nos ajudasse na sua formação, delegando assim inconscientemente a sua educação religiosa. No ano em que Anahí se preparava para a sua primeira comunhão, como parte da sua preparação e porque ela assim o sentiu, pediu-nos para ir à missa todos os domingos.

Procurando uma igreja com uma comunidade pequena

No nosso bairro, a igreja mais próxima é a Catedral de San Lorenzo e por alguma razão não nos sentíamos ali bem, talvez pela grande comunidade que participava na missa e celebrações. Procurávamos uma igreja com uma comunidade mais pequena, mas sentámos sempre que alguma coisa nos faltava. Começámos a rezar em família no carro ou ao sair de casa para o colégio, mas não era suficiente, tínhamos de encontrar um lugar onde nos sentíssemos acolhidos. Gostávamos muito de ir a Tupãrenda, mas ficava longe para ir muitas vezes, pelo que começámos a rezar em família para encontrar um lugar ao qual ir e encontrar esse chamamento que nos fizesse sentir que fomos, somos e seremos eleitos por Ele.

Uma sobrinha contou-nos que conheceu o Santuário Jovem em Asunción, pelo que decidimos lá ir numa sexta-feira de janeiro. A primeira missa em que participámos foi celebrada pelo Padre José Pontes, e realmente parecia feita para nós. Pela primeira vez talvez, e em família, escutámos o chamamento da nossa Mãe e a Ela não se pode ignorar, é impossível!

Fomos à missa todas as sextas-feiras

Decidimos que o nosso dia de ir à missa em família seria às sextas-feiras. Assim, sem o sabermos, começámos o nosso caminho para a Aliança de Amor, num verão de 2013, na primeira sexta-feira do ano.

Quando chegou a Quaresma, como íamos à sexta-feira ao santuário, participámos na Via Sacra, e com muita emoção vivemos em família uma Quaresma diferente. Ao chegar a Semana Santa, decidimos ir à missa toda essa semana, realmente sentimo-nos acolhidos no Santuário, sentiamo-nos em casa, e um pouco, perto da cruz, com Ele, com o seu Filho.

Finalmente, a Aliança de Amor

Depois fomos conhecendo os sacerdotes, as pessoas que ajudam no santuário nas missas (sacristão, coordenadores, ministros da comunhão). Ali todos nos faziam sentir, como se sempre tivéssemos feito parte do Movimento. Várias pessoas, antes de fazer um ano de participarmos todas as sextas-feiras na missa, convidaram-nos a unirmo-nos ao Movimento, e finalmente há três anos o Padre Martín Gómez convidou-nos (com suave violência) novamente. Iniciámos no Ramo Familiar e no ano passado fizemos a nossa Aliança de Amor com a Mater, com o grupo Sempiterno.

Assim, conhecemos irmãos maravilhosos, e uns pais (chefes de grupo) do coração (Nila e Tito) que nos guiaram desde o primeiro passo. Com eles passámos momentos e experiências de alegria e dor, mas sempre tentando servir e ser um pouco melhor cada dia, à semelhança do nosso Pai Fundador José Kentenich, da nossa Mãe e do seu Filho.

A nossa historia de Aliança é um caminho singelo, percorrido e vivido dia a dia e buscando nos pequenos detalhes o que Ela como Aliada nos oferece. Muitas anedotas e momentos passaram, e sozinhos, teria sido um caminho muito difícil de percorrer, porque nos momentos difíceis, Ela nos acolhe, Ele nos sustém. E nos momentos de felicidade, Ela nos sorri, Ele nos apascenta.

Para a nossa família, Schoenstatt é o caminho para Jesus, um caminho que estamos a percorrer todos os dias, um caminho iluminado pelos nossos aliados que, desde aquela primeira sexta-feira de janeiro, sentimos cada vez com mais intensidade nos nossos corações, a nossa Mãe e Rainha Três Vezes Admirável e o nosso Pai Fundador, José Kentenich.

 

Fonte: Revista Tupãrenda, Paraguai

Original: espanhol. 21.05.2018. Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

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