Posted On 2014-06-04 In Vida em Aliança

O que lá encontrei mudou a minha vida

Gary Russell. O nosso site na Inglaterra, www.schoenstatt.org.uk, diz: Schoenstatt é um movimento de cristãos. Nós não somos tradicionalistas e nós não somos progressistas – somos cristãos num mundo moderno. Queremos ajudar a construir a Igreja que amamos. Queremos apoiar as pessoas na sua fé, na sua esperança e no seu amor. Queremos mostrar que o cristianismo é mais do que uma “decoração”. É uma maneira de viver, uma qualidade de vida diferente. Schoenstatt confia que Maria, a Mãe da Igreja, nos guiará e educar-nos-á no nosso trabalho com jovens, no nosso trabalho com adultos, e especialmente no nosso trabalho com as famílias. Mas para mim Schoenstatt é muito mais, Schoenstatt significa beleza e é um lugar muito bonito.

A primeira vez que tive contato com Schoenstatt foi há cerca de 18 anos atrás. O nosso pároco tinha acabado de se aposentar. Ele tinha estado no Monte Carmelo desde que eu era um menino. Sentiamo-nos mais conscientes espiritualmente, sempre que estávamos em contato com ele. Foi um choque para a nossa paróquia quando ele se aposentou, mas, nessa altura nós não nos percebemos que ele também estava seriamente doente. Fomos informados de que os Padres de Schoenstatt assumiriam a Paróquia. Nunca tinha ouvido falar deles, nós pensamos que eram todos alemães e aguardámos a sua chegada com muito receio, afinal, tinham sido os alemães que nos haviam bombardeado não deixando pedra sobre pedra.

Na vida quotidiana, pedimos tudo às nossas mães, então por que não fazer o mesmo na fé e realmente incluir Maria

A minha fé durante minha adolescência era espasmódica para dizer o mínimo. Embora eu fosse à Igreja não ia regularmente e, mais por um sentido de dever do que por qualquer real necessidade de profundidade. Eu estudei numa escola católica pelo que tinha crescido num ambiente católico. A minha esposa e eu tínhamos deixado de ir à igreja no final da nossa adolescência e início da vida adulta. Quando eu olho para trás, eu não consigo pensar em nenhum motivo especial para tal decisão e eu acho que nós apenas nos afastámos. Encontramos o nosso caminho de volta à igreja na nossa vida de recém casados e decidimos que, se queríamos que os nossos filhos fossem batizados na fé católica, então era nosso dever para com eles vivermos numa atmosfera de Igreja.

Quando os Padres de Schoenstatt chegaram ao Monte Carmelo para assumir a paróquia trouxeram com eles uma nova dinâmica. Eles tinham uma forma tão vibrante e fresca de pregar. Ainda era muito tradicional, mas muito orientada para a família e na transformação da paróquia numa família e que Maria devia tomar parte em tudo que o que nós fazemos. A ideia simples que ficou comigo foi que no dia a dia, pedimos tudo às nossas mães então por que não fazer o mesmo na fé e incluir realmente Maria.

Schoenstatt, o que é isso?

A minha esposa e eu, assim como muitos dos paroquianos, ficámos muito interessados em saber mais sobre Schoenstatt e interrogámo-nos sobre o que isso realmente significa? Que lugar é esse de que estes padres falam? O que é o capital de Graças? O que é um Santuário Lar? Como pode a minha casa tornar-se um lugar onde Maria vive? Para ajudar a responder a estas questões organizámos uma viagem da paróquia a Schoenstatt e numa manhã fria e húmida de julho perto de 80 pessoas embarcámos num autocarro em Manchester e viajámos até à Alemanha.

O que eu lá encontrei mudou a minha vida. Mudou a minha relação com Deus transformando-me numa pessoa mais recetiva a realizar o seu trabalho. Eu sabia que Nossa Senhora nunca tinha aparecido em Schoenstatt, era um local de peregrinação em que os alicerces lhe foram dedicados e ela é convidada a lá estar.

Fazendo um monte de pequenas coisas …

Lembro-me de estar sózinho junto ao santuário original e uma irmã, uma das irmãs de Schoenstatt passou por mim. Eu não sabia se ela falava Inglês. Devo dizer “Olá” ou apenas acenar com a cabeça. Eu decidi-me por um aceno educado. Ela levantou o olhar e deu um simples sorriso. Quando ela sorriu o seu rosto iluminou-se, os seus olhos abriram-se por um instante e eu tive a certeza que Nossa Senhora estava em Schoenstatt. Eu nunca tinha sentido algo tão espiritual e comovente na minha vida e senti-me como se Maria estivesse a tocar-me e eu sentia que tinha sido chamado. Eu não sabia o que Nossa Senhora queria que eu fizesse para ela enquanto recordava as muitas coisas em que já estava envolvido em seu nome. Eu sinto que naquele dia a minha vida se transformou.

Deixei de ser aquela pessoa que acompanhava os outros na igreja para me tornar numa pessoa totalmente ativa e fazendo a minha parte. Eu apercebi-me de que não se trata apenas de fazer as grandes coisas mas também, existe um monte de pequenas coisas que têm o maior impacto.

Tudo é de aplicação fácil

Gradualmente fomos conhecendo os fundamentos de Schoenstatt. Nós descobrimos o seu significado em diferentes níveis ao longo do tempo e fomos sempre capazes de viver a nossa fé nesses ideais de uma forma prática. Nós sentimo-los tão úteis e agradáveis como se Maria e o nosso Pai os tivessem feito em forma de aplicação fácil. Por exemplo, o nosso Santuário lar é a prova da nossa fé profunda que nós partilhamos com Maria que o seu Filho nos vai trazer a salvação. Há cerca de 18 anos que estou comprometido com Schoenstatt.

Schoenstatt significa lugar belo, é um local que nos toca por dentro e por fora no nosso coração e na nossa alma, realmente é um presente para a Mãe de Cristo.

Este foi o testemunho dado por Gary Russell durante o encontro “Muitas correntes, Um Rio” realizado em Londres em novembro passado. Este encontro foi uma oportunidade de mostrar de várias maneiras como os movimentos são hoje um dom ao serviço da Igreja. Foi aberto a todos, para aqueles que já pertencem a um movimento, bem como para aqueles que gostariam de saber mais sobre estes novos carismas enviados pelo Espírito Santo.

 

Original: Inglês. Tradução: José Carlos Cravo, Lisboa – Portugal

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