Posted On 2014-03-06 In Vida em Aliança

100 / 50 / 40

CHILE, Amelia Peirone. 100 / 50 / 40.  Serão índices para alguma competição?  Essa raridade não está relacionada a nenhuma competição; mostra as medidas da Providência durante o ano de 2014.  100 anos da primeira Aliança de Amor com a sempre Admirável Rainha e Mãe de Deus.  São chamadas Bodas de Osso porque designam um amor eterno, no eco da frase do Gênesis: “Sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne!”.  Também são chamadas Bodas de Milagre.  50 anos da morte daquele silencioso cálice cheio, Mario Hiriart.  São Bodas de Ouro, tempo para adquirir o brilho de um grande legado, construído por um amor fiel.  40 anos de unidade em torno do Cristo Redentor dos Andes, peregrinos junto a Mario, irmão latino-americano.  Essas Bodas de Rubi expressam uma relação que se tornou tão sólida e consistente que parece impossível de ser quebrada, pois são muitos os vínculos criados.

“Bodas de…”

Nas diversas celebrações, acostumamos acentuar expressões como a alegria, a gratidão, o louvor.  Quase não falamos de adorar.  Nos parece algo excessivo.  E essas datas – sempre esponsais, pois cada uma se apresenta como “Bodas de…” – são, à primeira e à última vista, uma luz mais potente para exultar diante da presença de Deus, o totalmente fiel, no caminho de cada um, da Família toda, da Igreja, da história.

Assim falava Francisco de Assis, quase em voz de segredo: “se soubéssemos adorar, nada poderia nos incomodar: atravessaríamos o mundo com a tranquilidade dos grandes rios”.  Porque “o coração puro é aquele que não cessa de adorar o Deus vivo e verdadeiro.  Procura ter um interesse profundo na vida de Deus e serás capaz, em meio a todas as misérias, de vibrar com a eterna inocência e a eterna alegria de Deus”.

 

A alegria de Deus

É exatamente isso que se trata – a alegria de Deus nos 100 anos da primeira Aliança de Amor em Schoenstatt, aliança com Ele atravessando o ser de Maria.  Ela é o lado aberto, vala de irrigação da vida de Deus, correndo pela Mãe a seus filhos, todos únicos.

É a alegria de Deus nos 50 anos da morte de Mario, cálice vivo, ‘refletindo Cristo como tu, Mãe, como teu santuário, como um cálice’ e entregue porque ‘doa tudo de si, se dá por inteiro, o mais querido’, exatamente como Maria: ‘te desprendes do Tesouro infinito de graças que tinhas junto ao teu coração, sem guardar para ti a felicidade perfeita que é a vida com Deus, tu nos dás essas graças para que nos regozijemos dele’.

É também a alegria de Deus na intrépida convocação  para a primeira peregrinação a Cristo dos Andes, cumprindo atentamente o sonho de Mario sobre aquele santuário erguido nas alturas, para que todos o vejam como o farol da unidade entre os povos, entre irmãos, entre pessoas de boa vontade.  São 40 santuários vivos construídos com verdadeiro fervor à mesma Rainha e Mãe, e, por ela, ao Senhor Deus dos céus e da terra.

A ermida da Cruzada de Maria

Não é um detalhe menor que foram os jovens da Cruzada de Maria 2014 que entronizaram a ermida, a Mãe, e um grande futuro, junto a Cristo, coroando o maior sonho sem timidez, ao deixar impressa ali esse lema: “Mãezinha, aqui tu nos convidas a converter nossa vida em um santuário, e sermos um santuário vivo.  Como tu, sermos portadores da alegria de Cristo para o mundo”.

Os 100, os 50, os 40 atraem todos nós, particularmente aqueles que se reconhecem ou querem ser células vivas dentro de Schoenstatt.  De nada serve fazer memória, se ela não se transforma em um impulso tão forte que faça explodir o amor fora das palavras, amadurecendo-o e, assim, tornar-se mais forte, mais construtor, mais coerente, mais aberto.

Original em espanhol. Tradução para o Português: Maria Rita Fanelli Vianna – São Paulo / Brasil

 

Video (Fotos: Cruzada de María de la JM; Música: P. Manuel López Naón)

 

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