Posted On 2013-04-18 In Vida em Aliança

A manhã de Páscoa foi o momento mais bonito

Roma/Alemanha, Tanja Loriz/fma. “Polegar para cima – conseguimos! Pudemos ver este gesto do Papa Francisco, quando depois da missa de Páscoa reparou num grupo de Schoenstatt. Foi para nós um ponto alto na nossa viagem a Roma, que pudemos viver com o nosso grupo de famílias”, dizem Magdalena e Rainer Grund. Junto a várias famílias da Academia de Famílias de Schoenstatt auf´m Berg de Memhölz estiveram na Semana Santa em Roma. Quando planearam a viagem ninguém pensou que seriam um dos primeiros grupos de Schoenstatt, que se encontraria pessoalmente como o Papa Francisco. E sucedeu com eles o mesmo que move a Igreja desde 13 de Março: “ O ponto culminante da nossa estadia em Roma foi, sem dúvida, o encontro com o Santo Padre na audiência e na missa do domingo de Páscoa.”

A manhã de Páscoa foi o momento mais bonito. Ele ressuscitou, Vive. A história da Igreja começa com a fé pascal dos apóstolos. O jornalismo cristão começa com aqueles que relatam o seu encontro na manhã de Páscoa. Começa hoje de novo com a pequena Sophia Hinterberger: “A manhã de Páscoa foi o momento mais bonito”.

A manhã de Páscoa na praça de São Pedro

Trata-se de um gesto que se converteu num emblema. Polegar para cima. Assim saúda o Papa Francisco e consegue com este gesto toda a proximidade, cordialidade, calor e naturalidade; surpreende como conquista o mundo. Com “o polegar para cima” saúda os jovens do “sua” equipa de futebol San Lorenzo; saúda os seus amigos de Buenos Aires, os doentes em cadeiras de rodas, os portadores de bandeiras e as famílias de Memhölz. Theresia (3): “Quando o Papa passou por nós, fez algo “guay”.

Mesmo no centro

Magdalena e Rainer Grund: Um desejo, muitos anos economizando, para viver a cidade de novo, estar mesmo no centro – mesmo no centro é: andar a pé, no metro, no autocarro, no comboio. Muito cansativo, mas em contacto com a vida. O autocarro, esvazia-se lentamente, ficam lugares livres. Uma senhora idosa e nós sentámo-nos e sorrimos por esse bem-estar. Vem-nos à memória : “Que bem que se está aqui!” As três fontes, o jardim das laranjeiras, no caminho um limoeiro… conheces aquela terra onde florescem os limoeiros…? Vemos as vistas da cidade – Aventino, Gianicolo.

Sexta-feira Santa. Oh, Santa Cruz! – Adoração na Santa Cruz de Jerusalém. É bom ter tempo, reparar; Nenhum condutor de autocarro nos incitava a seguir a viagem. Menos é mais.

À noite um pequeno passeio do nosso alojamento até à praça de São Pedro. A Igreja adequadamente iluminada, pessoas vivendo a praça, crianças saltando e correndo.

Tanta gente na Páscoa! Sim, a aglomeração na cúpula de São Pedro não queremos que se repita. Como foi com o Papa na praça de São Pedro? Ensaiámos na audiência de quarta-feira, o domingo de Páscoa renovado e conquistado: lugares à frente, na primeira fila.

Cada um da comunidade traz algo para ajudar a que tudo resulte: descrição dos lugares que queremos visitar, contributos para o programa espiritual da peregrinação. De manhã programa-se o dia e à noite conversamos sobre o que se passou.

A Semana Santa – diferente e não tão dura. A comida alegra-nos, com vinho e gelados não esperamos a Páscoa.

Um “tesouro” para todos do grupo, grandes e pequenos: os nossos lenços de Schoenstatt brancos e amarelos, para nos encontrarmos no meio da multidão e para sermos reconhecidos pelo Papa Francisco!

Na última noite, novamente um passeio na praça de São Pedro, melancólicos sentimentos de despedida – Que possamos voltar!

A alegria pela cidade, por tudo o que vivemos juntos, fez crescer a família. A alegria é maior graças ao vivo intercâmbio.

Grande família a caminho

Annelies e Werner Stich: Foi uma peregrinação familiar em vários aspetos: jovens e adultos juntos a caminho. As famílias, em geral, já se conheciam. Os que ainda não se conheciam não eram de todo estranhos, eram do mesmo estilo, Schoenstatteano. Eramos como uma grande família. Parecíamos também uma grande família quando com carrinhos de bebé e crianças pela mão todos se preocupavam para que ninguém se perdesse.

Para nós foi uma Semana Santa calma. Totalmente livre das obrigações domésticas, pudemos celebrar os dias santos, submergir na vida da Cidade Eterna, observar intensamente os lugares de interesse selecionados, especialmente desfrutámos da cúpula de São Pedro e de outros pontos com boa vista desta fantástica cidade.

O ponto culminante da nossa estadia em Roma foi, sem dúvida, o encontro com o Santo Padre na audiência e na missa do domingo de Páscoa. Mas também nos deixaram uma forte impressão muitos outros encontros e vivências, por exemplo, o encontro com São Paulo nas Três Fontes, longe do ruído da grande cidade ou a nossa visita a Belmonte. Não pensávamos que o terreno do santuário fosse tão amplo.

Gostaríamos de ter ficado mais tempo em Roma e esperamos voltar em breve.

Passámos junto à cruz de Jesus

Christine e Erwin Hinterberger: “Caminhámos junto à cruz de Jesus”, disse Helena. Na sexta-feira santa fomos à Igreja de Santa Cruz de Jerusalém. Eram 12h30m. Às 12h45m encerravam a capela lateral, na qual se guarda o madeiro da cruz que Santa Elena trouxe para Roma. Muitos passavam orando em silêncio ao lado da santa cruz. Nós também. No meio da confusão de Roma, um momento íntimo e tranquilo.

No caminho para São Paulo Extramuros apareceu um jovem que nos perguntou se eramos schoenstatteanos. Que alegria, ele é um dos 15 jovens da família de Roma e já esteve em Schoenstatt. O seu chefe de grupo é Fabricio Usai, que levámos o ano passado do aeroporto de Munique a Memhölz. Fizemos juntos o caminho das quatro estações.

Que bom que estava o sorvete que comemos na sexta-feira santa em frente ao Panteão. No sábado fomos reconhecidos pelos vendedores e encontrámos a família Kneidl.

Na primeira audiência do Papa Francisco foram saudados os jovens schoenstatteanos de Maguncia e nós. Aparecemos na televisão. “Mas nós somos raparigas e também somos Schoenstatt”, disse Sophia.

Rezar o terço, celebrar a Páscoa, rezar e cantar com as nossas famílias de manhã e à noite, quinta-feira santa, sexta-feira santa, a vigília pascal, com a aglomeração de pessoas. Muito juntos – reunidos à Sua volta.

Pequenas atenções, que nos falam da preocupação da Santíssima Virgem: Faz frio, todos caminhámos muito até às três Fontes, e a fome surge. Tínhamos que comprar alguma coisa para comer. Saímos do jardim do convento e de um edifício saem pessoas com copos e fatias de pizza. À ida não os tínhamos visto e agora todos temos pizza e um capuchino ou um café quente. Uma outra vez saímos de um jardim, à procura de um restaurante, uma sugestão dos romanos, com deliciosa pizza quente. Encontrámos o nº 45 mesmo à frente da paragem do autocarro que necessitávamos para o nosso percurso seguinte. Outra vez, chovia muito, o autocarro que nos levava a casa estava cheio, ficámos à chuva à espera do próximo 64. O ambiente não era propriamente divertido. Quando chega o autocarro? A chuva amainou e a espera não foi tão pesada. Quando chegou o autocarro havia lugares de sobra para todos.

Manhã de Páscoa. A noite foi curta, as crianças dormiam profundamente. Apesar de tudo levantaram-se, o pequeno-almoço, na Praça de São Pedro. Quando o Papa nos viu, esquecemos tudo.

Todos querem ver as fotografias, em especial do Papa

Tanja e Stefan Loriz: Simplesmente, deixar-se levar, contagiar do estado de ânimo, estar entre milhares de pessoas, conversar com desconhecidos, observar, deixar-se impressionar…

Até uma criança de 8 anos que aguenta com paciência muitas horas (para ter um bom sítio na manhã de Páscoa tivemos que chegar às 8h, apesar da missa começar às 10h15m), observa, olha, e, muito mais tarde fala do Papa. Em casa talvez se consiga tê-los tranquilos durante a missa do domingo.

Uma vez em casa, partilhar vivências: até os colaboradores, que não têm muito a ver com a Igreja mostram o seu interesse. As crianças levam fotos para o colégio, falam do Papa, utilizam a visita às catacumbas como tema para um trabalho, muitos querem ver as fotografias da nossa viagem, especialmente do Papa…

A manhã de Páscoa foi o momento mais bonito

Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal


Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *