Posted On 2012-08-22 In Vida em Aliança

As Missões Familiares não valem a pena… valem A VIDA

PARAGUAI, Sonia Oviedo. Mbuyapey, um povoado que fica a 180km da Capital do Paraguai, Assunção, é berço do que foi considerado como o Presidente mais honesto que já houve no Paraguai. Foi também, durante muito tempo, ilhado e esquecido pelos governos anteriores, por sido berço de Liberais – o partido de oposição à ditadura.

 

 

Missões Familiares Mbuyapey 2012

Até atualmente, o acesso para esse povoado é difícil em dias de chuva intensa, porque se deve percorrer 38 quilômetros de terra ‘colorada’ (vermelha) – como é chamada no Paraguai – e bastante escorregadia nessas condições. No ano passado, tiveram que tirar todo o lodo do ônibus que levava os missionários. Este ano, a Divina Providência nos presenteou com dias magníficos de sol; embora o frio intenso, os dias estavam radiantes.

Em 2011, esse povoado foi visitado pela primeira vez pelas Missões Familiares Católicas Schoenstattianas; ainda hoje nos perguntamos como fomos parar naquele lugar…. Evidentemente, a mão de nossa MTA nos levou até ali.

Este ano, partimos novamente com 100 jovens e 6 casais, cheios de energia e de entusiasmo. Já sabíamos dos diversos obstáculos que enfrentaríamos, obstáculos normais quando se tratam das coisas de Deus; porém, como “Nada podia acabar com nossa alegria”, estávamos ali, firmes como soldados da MTA, dispostos a servir.

Em 2012, nossa tarefa era missionar nas companhias, nos arredores da cidade; alguns locais ficam a 10 a 14 km de distância. A principal característica do local é que as casas são distantes umas das outras; mas o carinho e a simplicidade de sua gente nos fizeram sentirmo-nos em nossa própria casa, como mencionou em algum momento o Pe. Martin Gómez (sacerdote do Movimento) que nos acompanhou. Era possível notar nos olhos daquelas pessoas uma ou outra lágrima de alegria pela visita da nossa Mãe de Deus. Percebemos que, com nosso agir tão sincero, podíamos ajudar o pároco local que, por causa das distâncias e pela quantidade de capelas que tem sob sua responsabilidade (42 ao todo), nem sempre consegue chegar a todos os lugares.

Entre os jovens do povoado, a maioria segue os costumes locais. Acreditamos que seja assim porque a tecnologia moderna ainda não chegou, por completo, até eles. No ano passado, eles já haviam participado dos encontros com os jovens missionários de Assunção e se entusiasmaram com a ideia de tomar posse e assumir uma tarefa mais clara em sua comunidade. Assim que, este ano, ao terminar a Missão, os jovens assumiram como líderes, com o compromisso de fundar seu próprio grupo missionário de Mbuyapey.

Futura ermida

Ao terminar o Encontro com Adultos, houve a bênção do cimento sobre o qual será construída a Ermida da MTA. Entre eles, já havia surgido o anseio de conquistar a ermida e, para isso, se comprometeram a rezar o rosário, nos dias 18 de cada mês, e nós, de Assunção, os acompanharíamos espiritualmente.

Várias pessoas manifestaram o anseio de serem missionários da Campanha da Mãe Peregrina.

Como disse um ex-missionário, hoje noviço, “As Missões Familiares não valem a pena… vale A VIDA” – e isso pôde ser comprovado pelo testemunho dos missionários, na noite dos Corações Abertos, um momento voltado para que cada um compartilhasse sua experiência, desde aquela que lhe parecia mais sincera, até aquela que nos emocionou até o fundo da alma. É que Deus se manifesta de formas diferentes – desde um sorriso de uma criança, na Matiné (aniversários gigantes para as crianças), ou daquele doente terminal que pedia a presença de um sacerdote para receber a Unção dos Enfermos, ou daquela avózinha cega que, ao escutar que o padre estava chegando na casa dela, nos disse em guarani que seu “coração está cheio de alegria”.

Hoje, permanece para nós um grande desafio: acompanhar esse povo tão sedento do amor de Deus e da Virgem, no pós-missão. Nestes dias, ficamos sabendo que os jovens daquele povoado já formaram seu grupo no Facebook – os “Jovens Missionários de Mbuyapey” e que, no final da semana, saíram pelo povoado, continuando a tarefa missionária.

Pe. Martin a batizou como “Missão da Esperança”; e realmente sabemos que assim é. Por isso, só nos resta agradecer a Deus e à MTA, por nos utilizarem como seus instrumentos, para uma obra que, sozinhos, jamais teríamos conseguido realizar

É evidente que Deus realiza sua “grande obra por meio de seus instrumentos mais pequeninos”

Original: Espanhol. Tradução: Maria Rita Vianna, São Paulo, Brasil

Misiones familiares

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