EQUADOR, Verito Patiño. Com este lema, cerca de noventa meninas de Guayaquil e Samborondon reuniram-se no período de 23 a 28 de janeiro para experimentar a aventura de um novo acampamento em Cuenca. Ela começou com uma missa à sombra do Santuário de onde foram enviadas a partir deste lugar de graça. No começo muitas das jovens não conheciam uma as outras, porque eram de escolas diferentes, o que é normal. Após a missa, esta realidade começou a mudar, pois enquanto algumas ainda se inscreviam, outras iam para o ônibus para obter os melhores lugares, pois a viagem iria ser longa. Lá elas começaram a fazer novas amigas.
Durante a viagem, houve canções, piadas e fotos. Quando elas chegaram na casa Moñai, onde iriam ficar, as meninas não esperaram um segundo para descer do ônibus, recolher suas coisas e procurar seus quartos. A casa era simples, faltavam algumas coisas que causaram algumas queixas, mas depois de alguns dias estas foram transformadas em oferendas para o capital de graças. Isso se refletiu no capital da graças, que aumentou a cada dia. Tudo isso incentivou as jovens a continuar a fazer sacrifícios, a queixar-se menos, e a descobrir que você pode ser feliz com menos.
Criar uma Cultura da Aliança para o Equador
O tema do acampamento era Fazendo uma Viagem; uma viagem em direção a 2014 com paradas em Cuenca, em Madrid para Jornada Mundial da Juventude e com o destino final na Alemanha. Elas queriam começar o triênio do jubileu como Meninas segurando a mão do pai e descobrindo como viver a Aliança de Amor na vida diária, e, desta forma, criar uma CULTURA DA ALIANÇA no país e na Igreja. Assim, como em toda viagem, cada menina recebeu um passaporte; onde existia uma pergunta cuja resposta permitiria receber o visto alemão. Elas também receberam uma bolsa de viagem e um ticket de sua bagagem, com um pedido para não perdê-lo. Como em todos os vôos, aeromoças transmitiram as regras para a viagem. Ensinaram-lhes sobre a máscara de oxigênio para proteger-lhes das palavras ofensivas, como as luzes de emergência são usadas para uma viagem segura para chegar ao coração de Jesus através da Virgem Maria, que o colete salva-vidas as salvariam de afogamento em pensamentos supérfluos. Este foi o caminho escolhido para o acampamento começar seu caminho ao grande Jubileu. Elas embarcaram nas Schoenstatt Airlines, com o objetivo de “transformar o mundo”, criando essa nova cultura, a Cultura da Aliança.
A decoração do local também “colocou-as” em Schoenstatt. Haviam quatro lugares especiais onde os passaportes foram carimbados quando elas passaram por eles: o Santuário Original, o túmulo do Pai, os túmulos dos heróis, e a Igreja da Adoração. No túmulo do Pai, havia até mesmo um “Schoenstatt DHL”, onde existiam selos para que eles pudessem escrever cartas ao Pai e garantir que elas chegariam o mais depressa possível.
Viver o Documento de Fundação
Durante os primeiros dias, eles estudaram dois temas principais: A Aliança e o Pai Fundador. O assunto era sempre apresentado com um curto drama ou de vídeo seguido de testemunhos, e então eles fizeram grupos de trabalho aprofundando o assunto. O primeiro dia foi sobre a Aliança de Amor, onde começaram por determinar o que significou a criação de uma cultura. Um vídeo foi mostrado sobre os diferentes tipos de culturas: chinesa, africana, Disney, americana, e então concentrou-se na “Aliança”. O que é a criação de uma cultura? Significa viver como Maria: o que ela faria e segundo o coração de Maria ser “coroas vivas” e pequenas Rainhas e ao mesmo tempo refletir a realeza em cada ato – para ser sempre uma Rainha. Para se conseguir isso deve-se aprender a viver na prática a Aliança e torná-la concreta nas demandas que a Mãe Santíssima nos apresenta no Documento de Fundação. Nós não nos aprofundamos em todos eles, mas selecionamos os seguintes:
1. “Prove-me primeiro com ações que você realmente me ama.” Aqui José Engling lhes ensinou como se auto-educar e que a auto-educação é uma forma concreta de demonstrar à Santíssima Virgem que você a ama.
2. “Cumprindo o seu dever fiel e conscientemente.” Julio Steinkaul lhes ensinou a ser fiel aos seus estudos, as tarefas em casa, e em atividades extracurriculares.
3. “Uma vida ardente de oração”. Bárbara Kast lhes ensinou como orar, conectando-se com o Santuário, e da importância de orar pelos outros, não só para si mesmo.
4. “Diligentemente trazer contribuições para o capital de graças.” Schäffer Enrique ajudou-as a ter consciência de que o capital de graças ajuda os outros, sem o qual Schoenstatt não seria frutífera.
Aprofundar na vida do Pe. Kentenich
O segundo dia foi dedicado ao Padre Kentenich. Nele viram o seu espírito de sacrifício, a sua fé na Divina Providência, o seu ser profundamente enraizado na Mãe de Deus, como ele viveu a sua Aliança de Amor, sua humildade e alegria. A coisa que mais impressionou a maioria das meninas foi a sua humildade e alegria. Elas não conseguiam entender como o Pai sempre manteve um sorriso no rosto após o sofrimento que ele suportou, ou como Pai decidiu ir livremente para Dachau quando ele teve a oportunidade de não ir. Isso é o que elas acharam mais importante em sua vida, e por esta razão, elas decidiram se aprofundar em sua história.
No último dia elas tiveram uma pequena experiência sobre os assuntos tratados. A experiência da Aliança foi baseada nos diferentes escritos de Bárbara Kast no que diz respeito à consagração. Elas aprenderam como ela se sentia profundamente como uma filha. Como ela confiou os olhos, as orelhas, a língua, e seu coração à Mãe Santíssima. Depois cada um recebeu uma medalha da Aliança que representava que elas tinham selado sua Aliança novamente. A experiência com o Pe. Kentenich iniciou-se com uma narrativa sobre sua vida. Foi uma pequena biografia que resumiu os pontos mais importantes de sua vida: desde o seu nascimento até o dia ele retornou a Schoenstatt eterna, cobrindo os quatro marcos. No final, as meninas foram incentivadas a escrever uma carta Pai expressando sua gratidão por cada presente que haviam recebido e pedindo-lhe para dar-lhes uma de suas qualidades que elas gostariam de ter. O dia terminou com uma fogueira, onde comeram marshmallow e queimaram as cartas enquanto cantavam.
Rezando pelas famílias que receberiam as missões
Em seguida seguiram-se os dias de missão. Elas dedicaram dois dias para irem a uma missão, onde se dividiram em dois grandes grupos. As mais jovens foram para uma escola na área, e as mais velhas foram em missões de porta em porta. As mais jovens brincavam com as crianças da escola, ensinaram-lhes canções, e apresentaram seminários. As mais velhas foram com a imagem da Mãe de Deus a cada família, e lá tiveram tempo de oração com elas. Então elas convidaram as pessoas a fazerem seus pedidos, para que pudessem ser apresentados durante a adoração a Jesus, que era realizada a cada noite. Nessa ocasião, elas rezaram pelas famílias que foram visitadas dizendo seus nomes em voz alta.
As Missões começavam no início da manhã, e todas estavam de volta para o almoço. As meninas voltaram muito cansadas, mas felizes. Quando elas voltaram para casa, elas falavam com entusiasmo sobre suas experiências, e uma coisa linda era que cada menina tinha algo de importante a contribuir. Elas ficaram impressionadas com os casos das pessoas que visitaram, e foi aí que perceberam o quanto elas foram privilegiadas.
Este foi o Acampamento das Meninas 2011, elas realmente sentiram que o Padre José (como elas chamavam a Pai Fundador) tinha tomado-as pela mão, e elas abriram seu coração para o tesouro da Aliança e do tesouro da sua própria vida. Juntos descobriram a alegria de ser parte desta grande Família de Schoenstatt, e voltaram para suas casas para criar uma autêntica Cultura de Aliança das Meninas de Schoenstatt e, deste modo abrindo um caminho para a pronta canonização do Pe. Kentenich. “Com você Pai, vossa Aliança, nossa Missão.”
Tradução: Selma Cammarota, Sao Paulo, Brasil
