Pe. Adolf Schöls. Em companhia de 70 confrades nossos da União dos Sacerdotes de Schoenstatt, pude participar do encontro internacional de sacerdotes, ocorrido em Roma, entre 8 e 12 de junho de 2010. Este encontro causou em mim belas e profundas impressões que me mostraram: valeu a pena haver participado deste grande encontro internacional de sacerdotes. Para nós foi singularmente agradável e edificante havermos encontrado e conhecido sacerdotes da União dos Sacerdotes de Schoenstatt provenientes de demais países.
Dado haver o número de sacerdotes inscritos excedido o número inicialmente planejado, na quarta-feira e na manhã de quinta-feira fomos distribuídos, segundo o idioma, por duas igrejas, o que infelizmente teve seu aspecto negativo para o nosso ramo da União; pois assim só nos encontramos por ocasião do café da manhã e à noite no terraço onde nos encontrávamos hospedados.
Pela primeira vez vivenciamos veramente que somos uma comunidade sacerdotal internacional; a presença de nossos confrades estrangeiros fez-nos um enorme bem e mostrou-nos que eles pertencem à União dos Sacerdotes de Schoenstatt. Assim, um de meus irmãos de curso fez a seguinte consideração: “Os que amam a liberdade são homens da liberdade.”
Uma Igreja em ação
Para muitos o que mais os impressionou foi o encontro ocorrido na Sala Paulo VI. Este encontro foi preparado pelos Movimentos dos Focolares e de Schoenstatt, sendo extremamente profissional e vivo. Aqui revelou-se uma Igreja em ação, uma Igreja do vindouro. Os testemunhos e os exemplos focaram os problemas dos sacerdotes de nossos dias, foram convincentes e deram respostas.
Diferente da programação da Congregação para o Clero, pois aqui a vida foi tida em conta não somente no aspecto teológico, uma vez que nos dias de hoje não bastam apenas palavras elevadas e de cunho erudito.
A Vigília de Oração ocorrida na Praça de São Pedro foi igualmente boa; porém, a meu ver, em relação aos testemunhos aí dados, não se igualou ao encontro realizado na Sala Paulo VI.
Sacerdotes em um tempo do novo começo
Diligentemente distribuímos a revista de nossas quatro comunidades sacerdotais “Priester in einer Zeit des Neuanfangs” e pudemos constatar que muitos eram os sacerdotes que de bom agrado a divulgavam; era a única revista alemã que se recebia em Roma.
Belmonte
Outro ápice foi o encontro das quatro comunidades sacerdotais ocorrido no Centro de Schoenstatt de Belmonte. Para mim revelou-se aqui uma vez mais uma Igreja mais aberta e ativa do que nas programações oficias. Os textos foram tirados da vida.
Percorremos uma peregrinação; o cajado de peregrino que nos precedeu recordou-nos que somos Igreja a caminho. A tocha na segunda estação disse-nos que temos de deixar-nos inflamar pelo amor de Cristo. Na terceira estação levamos conosco cacos que nos recordam nossa própria fragilidade e que defronte do Santuário depositamos na talha como nossas contribuições ao Capital de Graças.
Finda a cerimônia da bênção da estátua do Pe. José Kentenich, cada sacerdote presente recebeu um “cíngulo”. Um belo símbolo que, além de ser uma bela recordação deste ato, nos diz: A ti, Pe. Kentenich, te pertencemos e querem seguir teus passos.
O jantar oferecido neste centro schoenstattiano, transcorridas as festividades, deu-nos a possibilidade para dialogarmos uns com os outros e conhecermo-nos um tanto mais profundamente. Reinava uma atmosfera familiar e que muito bem a todos fez. Em Belmonte, tive plena consciência de que temos muito para oferecer à Igreja e de que nosso caminho se encontra muito mais próximo da vida do que muitos demais; pois nos dias de hoje já não tocamos a vida dos homens com a pura dogmática e mística.
Internacionalidade
Para mim foram momentos emocionantes que vivenciamos em Roma. Talvez já não venha a ver tantos sacerdotes reunidos como aqui. Para nós, membros da União dos Sacerdotes de Schoenstatt, Roma foi outrossim um sinal extraordinário para a nossa internacionalidade, visto que estivemos representados em número assaz considerável, e, sobretudo, pelo fato de que os sacerdotes da América do Sul e da África estiveram igualmente presentes. E com isto nos conscientizamos veramente: somos uma comunidade que as distâncias existentes entre os continentes onde vivem seus membros não lhe apresentam obstáculo algum de comunhão, e que a Aliança de Amor nos vincula, independentemente de todas as fronteiras linguísticas, e nos torna irmãos.
Tradução: Abadia da Ressurreição, Ponta Grossa, PR, Brasil