Nachhaltigkeit

Posted On 2023-07-19 In Projetos

Männerwerkstatt: Viver concretamente a sustentabilidade e a preservação da Criação

ALEMANHA, Roland Schmitz •

Sustentabilidade: um tema de grande atualidade que foi abordado pelo “Männerwerkstatt”. É difícil encontrar empresas que não dêem ênfase à sustentabilidade das suas acções, não há praticamente nenhum evento público em que a sustentabilidade não seja exigida. A sustentabilidade é um princípio de acção no que diz respeito aos recursos. Trata-se de satisfazer as necessidades a longo prazo, preservando a capacidade natural de regeneração dos sistemas afectados. Este princípio está literalmente expresso na palavra inglesa sustainable: sustentar no sentido de “suportar” ou “aguentar”. Por outras palavras, os sistemas envolvidos podem “suportar” um determinado nível de utilização dos recursos sem sofrer danos. —

Sustentabilidade: uma questão actual, mas não nova. O termo “sustentabilidade”, de acordo com várias fontes, remonta ao chefe da guarda florestal de Freiberg, Hans Carl von Carlowitz (1645-1714). Em 1713, aplicou-o à silvicultura no seu livro. O objetivo era um equilíbrio estável. A ideia de base: numa floresta, só devem ser abatidas tantas árvores quantas as que podem voltar a crescer nessa floresta num futuro previsível. Isto garante a existência da floresta a longo prazo, o que constitui a base da silvicultura.

No entanto, o desafio não é exigir sustentabilidade, mas vivê-la em termos concretos. Foi disso que tratou o encontro online da Oficina dos Homens de 9 de Julho de 2023: Sustentabilidade e preservação da Criação: A simplicidade dá espaço à espiritualidade.

Männerwerkstatt

La simplicidade dá espaço à espiritualidade

Nesse Domingo à noite, Wolfgang E. contou a sua experiência pessoal de viver consumindo menos e de forma mais consciente, bem como de mudar radicalmente a sua situação de vida.

Wolfgang tem 68 anos, é casado e tem dois filhos adultos. Na sua vida, passou por várias etapas profissionais. Depois da sua aprendizagem como escriturário industrial, trabalhou no estrangeiro durante algum tempo e foi trabalhador por conta própria durante vários anos. Também trabalhou como empregado em várias empresas durante vários anos.

Em 2000, conheceu Schoenstatt durante um “Retiro de Silêncio para Homens”. Estudou intensamente a espiritualidade de Schoenstatt.

Com o passar do tempo, cresceu nele o desejo de se libertar da “pressão consumista” de hoje.

Em 2005, ele e a sua mulher mudaram-se para um pequeno sótão. Ambos se aperceberam que este apartamento era completamente suficiente em termos de espaço.

No entanto, surgiu nele o desejo de reduzir ainda mais o espaço habitacional. Após o cepticismo inicial, a sua mulher também gostou da ideia e apoiou-o.

Tiny House

Uma Tiny House, a casa de uma divisão, é para muitos um símbolo de sustentabilidade e simplicidade de vida (imagem simbólica)

Uma Tiny House como simplicidade concreta

Foi assim que surgiu a ideia de uma “Tiny House”. Com muito trabalho árduo, Wolfgang construiu uma Tiny House com apenas 40 metros quadrados. Segundo ele, este espaço é suficiente para ele e para a sua mulher. Para ele, menos é sinónimo de mais. Aprecia esta simplicidade. É da opinião de que todos os bens são possessivos. Quanto mais se possui, mais lastro se tem de carregar e mais responsabilidade se tem. A Tiny House é a antítese de tudo isto.

De que é que eles se libertaram?

Wolfgang explica que ele e a mulher fazem mais coisas juntos. Têm mais tempo um para o outro. Vão juntos à Missa e falam muito um com o outro.

Houve alguma mudança em consequência da mudança de casa?

Libertar-se das coisas materiais dá mais espaço às coisas espirituais. Em vez de ver televisão à noite, fala mais vezes com a mulher, falam mais sobre questões de fé ou lêem textos religiosos.

Ele já não quer desistir da Tiny House. Está convencido de que um estilo de vida mais simples facilita a abertura ao espiritual, porque não se está distraído com tantas coisas. Desfruta da vida na simplicidade que lhe dá um melhor acesso a Deus.

“O urgente desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral, pois sabemos que as coisas podem mudar.

O Criador não nos abandona, nunca recua no seu projecto de amor, nem Se arrepende de nos ter criado. A Humanidade possui ainda a capacidade de colaborar na construção da nossa casa comum. Desejo agradecer, encorajar e manifestar apreço a quantos, nos mais variados sectores da actividade humana, estão a trabalhar para garantir a protecção da casa que partilhamos.

“Uma especial gratidão é devida àqueles que lutam, com vigor, por resolver as dramáticas consequências da degradação ambiental na vida dos mais pobres do mundo. Os jovens exigem de nós uma mudança; interrogam-se como se pode pretender construir um futuro melhor, sem pensar na crise do meio ambiente e nos sofrimentos dos excluídos”.

Papa Francisco, Laudato Si, 13

Original: alemão (15/7/2023). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

 

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