Posted On 2013-02-20 In Santuário Original

Encarnar o mistério de Schoenstatt

ARGENTINA, Monina Crivelli. Há tempos que venho pensando por que sinto que Schoenstatt – com o seu fogo missionário, compromisso social e entrega heróica de que podemos ser testemunhas diariamente em schoenstatt.org – me desconcerta em parte, devendo ser exatamente ao contrário, perante um desafio tão grande como é o 2014.

 

 

 

Talvez por isso não me surpreenda a notícia do Santuário Original. Como muitos outros, pensei que se deveria ao capital de graças não ser suficiente, ou mais provavelmente a um erro da hierarquia na negociação.

O que finalmente descobri, seja qual for o motivo, é que falta aprofundar e trazer à vida a Ata da Fundação, o ABC da nossa Família, o “mistério de Schoenstatt”. Sem isso, dificilmente alcançaremos os nossos objetivos, e mais, irão sendo perdidos lentamente, como o Santuário Original e tantas outras coisas que dele derivam.

Como fazer para que a Mãe se estabeleça novamente no Santuário Original como em 1914?

Como reconquistar a fonte, o berço, a casa comum? Como fazer para que a Mãe se estabeleça novamente no Santuário Original como em 1914?

Há que voltar às raízes, à Ata da Fundação. Não para a ler simplesmente ou memorizá-la mas para a aprofundar em cada palavra, cada frase e refletir se estamos a encarnar-nos nessas palavras fundacionais do Pai.

E quando digo nós, não me refiro só aos laicos, mas também a quem conduz os destinos do Movimento. Ou seja, desde o simples peregrino até aos membros das Presidências. Por experiência, há mais perigo em falhar quando pensamos saber tudo e repetimos de memória coisas que não passaram da mente para tocar o coração e passar às mãos, quer dizer, encarná-las e difundi-las. É como se estivéssemos “felizes e comodamente” repousando na primeira graça do Santuário, e esquecemos as outras duas.

Quem encarna o ardor apostólico dos primeiros, a sua audácia, a sua entrega?

“As palavras comovem, os exemplos estimulam”. Que exemplos temos hoje em dia? Quem encarna o ardor apostólico dos primeiros, a sua audácia, a sua entrega?

Voltemos à Ata da Fundação, em cada ramo, Instituto, União. Contemplemos cada um à luz deste tempo e da nossa situação concreta. Meditemos se estamos a dar resposta para que se torne realidade como aconteceu em Outubro de 1914, e sejamos capazes também – a partir daí – de sair para as lutas de todos os dias, até entregar a vida se for necessário por aquilo em que acreditamos, como José Engling e tantos outros jovens.

Vi, no meu país, e através da página, TODO o capital de graças entregue pelas pessoas. Basta mencionar os missionários da Campanha, com o seu terço na maioria dos casos, cumprindo sem o saber – ou sabendo – com as exigências da Ata da Fundação: fiel e fidelíssimo cumprimento do dever, uma intensa vida de oração e oferta ao capital de graças.

Dá-nos a graça de sermos portadores do Mistério de Schoenstatt

Espero que o Movimento organizado também o faça. Se não cumprirmos com estes três requisitos, sobretudo por parte da hierarquia e dos dirigentes, não estamos encarnando nem fazendo vida da Ata da Fundação, que deu origem ao Movimento.

Em que consiste o Mistério de Schoenstatt? Nas palavras do Pai:

– Dá-nos a graça de compreender o Mistério de Schoenstatt.
– Dá-nos a graça de encarnar o Mistério de Schoenstatt.
– Dá-nos a graça de ser portadores do Mistério de Schoenstatt.

Que a Mãe nos conceda a sabedoria e abertura de coração para captar este triplo pedido e deixarmo-nos orientar novamente pelo Pai.

Nesta hora tão especial do Movimento, a poucos meses do Jubileu 2014 e quando necessitamos do Santuário Original para viver uma aliança solidária com a nossa Igreja, abracemos o espírito dos primeiros da aliança, nossa missão.


Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

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