Posted On 2014-02-05 In Francisco - Mensagem

Sentir, pensar, querer, dentro da Igreja.

org. Todos dentro da Igreja, e muitos fora dela, fiéis ou não, têm recebido suas palavras claras e cheias de esperança, muito motivadoras, para assumir a responsabilidade que temos para construir um mundo conforme a vontade de Deus, na força do Espírito e no caminho de Cristo. Cardeais e bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, noviços e seminaristas, famílias, jovens e idosos, comunidades e instituições têm recebido a proposta de sair “às ruas”, de levar não uma esperança utópica, mas concretizada em atos, em projetos evangelizadores de vida do ser humano, esteja onde estiver; mesmo que na “periferia”, com todos os riscos e perigos envolvidos. Prefiro uma igreja acidentada porque sai a servir, do que uma Igreja enferma por fechar-se em si mesma, ele nos repete constantemente. Testemunho de tudo isso está disponível em schoenstatt.org onde, semana a semana, são apresentados textos que nos impulsionam em nossa própria peregrinação rumo ao jubileu de 2014. Sem dúvida, uma vez que somos Igreja, essas palavras também são dirigidas a todos nós. Como se alegria o Fundador com esse impulso missionário que nos é presenteado a partir do próprio coração da Igreja! (P. José María García)

SEMANA 6/2014

Ser Igreja não significa administrar, mas, sim, ir mais além, ser missionário, levar a todas as pessoas a luz da fé e da alegria do Evangelho.  Não nos esqueçamos da força impulsionadora que está por detrás de nosso compromisso como cristãos no mundo; não é uma ideia filantrópica, de um humanismo indeterminado, mas um dom de Deus, quer dizer, ser filhos de Deus, presente que recebemos no Batismo.  E esse dom é também uma tarefa.  Os filhos de Deus não se escondem, levam ao mundo a alegria de serem filhos de Deus.

Aos bispos da Áustria

Em nossas cidades e povoados existem pessoas valentes e tímidas; existem missionários e cristãos que dormem. E existem muitos que estão buscando, ainda que não o admitam.  Cada um é chamado, cada um é enviado.  Isso não quer dizer que o lugar do chamado seja apenas o centro paroquial.  Não se pode dizer que seu momento seja justamente um divertido encontro paroquial.  O chamado de Deus pode nos chegar também ao encontrarmos na esteira de um aeroporto ou no escritório, no supermercado ou em uma escada, ou seja, nos lugares da vida cotidiana.

Aos bispos da Áustria

A festa da Apresentação de Jesus no Templo é chamada também festa do encontro; o encontro entre Jesus e seu povo; quando Maria e José levaram seu menino ao Templo de Jerusalém, aconteceu o primeiro encontro entre Jesus e seu povo, representado por dois anciãos – Simeão e Ana. (…). É um encontro entre os jovens cheios de alegria em obedecer a Lei do Senhor e os anciãos cheios de alegria pela ação do Espírito Santo.  É um encontro singular entre observância e profecia, onde os jovens são os observadores e os anciãos são os profetas!  Na realidade, se meditarmos bem, a observância da Lei está animada pelo mesmo Espírito, e a profecia se fez presente pela Lei.  Quem mais que Maria está plena do Espírito Santo?  Quem mais do que ela é dócil à sua ação?  À luz dessa cena evangélica, olhamos a vida consagrada como um encontro com Cristo: é Ele que vem a nós, trazido por Maria e José; e nós vamos ao encontro d’Ele, guiados pelo Espírito Santo.  Porém, no centro, está Ele.  Ele movimenta tudo, Ele nos atrai ao Templo, à Igreja, onde podemos encontrá-lo, reconhecê-lo, acolhê-lo, abraçá-lo.

02/02

E também na vida consagrada se vive o encontro entre os jovens e os anciãos, entre observância e profecia. Não as vemos como duas realidades que se contrapõem!  Deixemos mais que o Espírito Santo anime a ambas, e o sinal disso é a alegria: a alegria de observar, de caminhar em uma regra de vida; e a alegria de ser guiado pelo Espírito, jamais rígidos, jamais fechados, sempre abertos à voz de Deus que fala, que abre, que conduz, que nos convida a ir rumo ao horizonte.

02/02

O cristão não é um batizado que recebe o batismo e continua seguindo por seu caminho. O primeiro fruto do batismo é fazer-se parte da Igreja, do povo de Deus.  Não se pode compreender um cristão sem Igreja.  E por isso, o grande Paulo VI dizia que é uma dicotomia absurda amar a Cristo sem amar a Igreja; escutar a Cristo mas não à Igreja: estar com Cristo à margem da Igreja.  Não é possível.  É uma dicotomia absurda.  Nós recebemos a mensagem evangélica na Igreja; buscamos a santidade na Igreja, nosso caminho é na Igreja.  O resto é uma fantasia, ou, como ele dizia, uma dicotomia absurda.

Santa Marta 20.01.2014

Existem três pilares dessa adesão, desse sentir a Igreja. O primeiro é a humildade, na consciência de encarar a pertença a uma comunidade como uma grande graça: uma pessoa que é não humilde não pode sentir com a Igreja, porque sentirá o que ela/ele gosta.  Esta é a humildade que se vê em Davi: ‘Quem sou eu, Senhor Deus, e o que é a minha casa?’ Com essa consciência de que a história de salvação não começou comigo e não terminará comigo quando eu morrer.  Não, é toda uma história de salvação: eu venho, o Senhor te chama, te faz seguir adiante e depois chama outro e a história continua.  A história da Igreja começou antes de nós e continuará existindo depois de nós.  Humildade: somos uma pequena parte de um grande povo, que vai adiante pelo caminho do Senhor.

O segundo pilar é a fidelidade, ‘que está unida à obediência’.  Fidelidade à Igreja, fidelidade aos seus ensinamentos, fidelidade ao Credo, fidelidade à doutrina, conservar essa doutrina.  Humildade e fidelidade.  Também Paulo VI nos lembrava que nós recebemos a mensagem do Evangelho como um dom e que precisamos transmitir esse dom, mas não como uma coisa nossa: é um dom recebido que transmitimos sendo fiéis nessa transmissão.  Porque nós recebemos e devemos dar um Evangelho que não é nosso, que é de Jesus, e não devemos – dizia ele – convertermo-nos em proprietários do Evangelho, proprietários da doutrina recebida, para utilizá-la conforme nosso gosto.

O terceiro pilar é o serviço particular, ‘rezar pela Igreja’.  ‘Como está nossa oração pela Igreja?  Rezamos pela Igreja?  Na missa diária, sim, mas… em nossa casa, rezamos?  Quando fazemos nossas orações?’.  Rezar por toda a Igreja, em todos os lugares do mundo.  Que o Senhor nos ajude a seguir por esse caminho para aprofundar nossa adesão à Igreja e nosso sentir com a Igreja.

Santa Marta, 30/01.

Para nós, é fácil entender a oração para pedir algo ao Senhor, também para agradecer ao Senhor. Também entender a oração de adoração não é tão difícil.  Porém, deixamos de lado a oração de louvor, não nos vem espontaneamente.  ‘Mas, Padre, isto é para aqueles da Renovação Carismática, não para todos os cristãos!’.  Não, a oração de louvor é uma oração cristã para todos nós!  Na Missa, todos os dias, quando cantamos o Santo… Essa é uma oração de louvor: louvamos a Deus por sua grandeza, porque Ele é grande!  E lhe dizemos palavras bonitas, porque gostamos disso.  ‘Mas, Padre, eu não sou capaz… Eu preciso…’.  Porém, você é capaz de gritar quando seu time de futebol faz um gol e não é capaz de cantar louvores ao Senhor?  De sair um pouco de sua contenção para cantar assim?  Louvar a Deus é totalmente gratuito!  Não pedimos, não agradecemos: louvamos!  Devemos rezar com todo o coração.  É também um ato de justiça, porque Ele é grande!  É nosso Deus.  Uma boa pergunta que podemos nos fazer hoje: como está minha oração de louvor?  Eu sei louvar o Senhor?  Sei louvar o Senhor, ou quando rezo o Glória ou o Santo o faço somente com a boca e não com todo o coração?  O que Davi, dançando, diz para mim?  E Sara, dançando de alegria?  Quando Davi entra na cidade, começa outra coisa: uma festa!  A alegria do louvor nos leva à alegria da festa, a festa da família.

Santa Maria, 29/01

O objetivo da peregrinação
é a renovação da Aliança de Amor
em sua força formadora e missionária;
a que se manifestará – internamente em Schoenstatt -,
a renovação da Família
e – externamente – na formação da uma Cultura de Aliança.

Documento de Trabalho 2014

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