ARGENTINA, Guillermo Ferreyra •
No passado dia 7 de Dezembro, na véspera da Festa da Imaculada Conceição, teve lugar a bênção da Ermida de Nossa MTA na localidade de Saladillo. —
Fazendo um pouco de história
Tivemos de viver tempos muito especiais por causa da pandemia e, desde então, muitas coisas mudaram. Não foi fácil sair da quarentena, voltar a entrar em contacto com os outros, algo que é elementar para nos podermos vincular.
As Missões Familiares do Movimento de Schoenstatt de La Plata não ficaram alheias a esta difícil realidade. Muitas localidades tinham receios compreensíveis de receber missionários nesta situação.
Mas a Mater tinha um desejo, e o Espírito Santo soprou para que fossem recebidos em Saladillo.
Gabriel Arzuaga e a família D’Agostino-Pertino foram os instrumentos generosos que tornaram possível a sua chegada.
Duas missões consecutivas lançaram as sementes que resultaram na fundação da Campanha da Mãe Peregrina e do primeiro grupo da Juventude Masculina local.
A Mater queria mais, e surgiu uma corrente de vida para construir uma Ermida na Capela de S. José, um lugar cedido pelo pároco para ser recuperado e colocado ao serviço da comunidade, depois de ter estado fechado durante muito tempo. Esta ideia acabou por se tornar realidade graças ao esforço, à dedicação generosa e muita oração de uma comunidade que está a dar o exemplo.
Uma verdadeira festa
Chegou o dia tão esperado, a jornada começou com uma palestra de Emilio Bianchi, responsável Nacional da Campanha da Mãe Peregrina, onde partilhou e difundiu o espírito missionário, continuando com a Missa e a bênção do Padre Tomás Rodríguez, capelão da Paróquia de Saladillo, culminando com um jantar.
O testemunho de Zacarías Sosa, um jovem do primeiro grupo da Juventude Masculina de Saladillo
Esta ideia da Ermida já existia desde o ano passado e era ideal para o que procurávamos começar, algo que não estivesse longe da nossa realidade, que nos permitisse partilhar com a Mater na localidade e ao mesmo tempo começar a vincular um pouco mais o bairro à capela.
Além disso, era algo que nos ajudava a reivindicar a nossa convicção de que a Mater queria estar presente, que estava a olhar para a realidade de cada um de nós, já que como membros temos o nosso tempo dividido entre o trabalho, o estudo, as actividades com a paróquia ou outras responsabilidades do dia a dia, e talvez analisando esta realidade, nos questionássemos se iríamos alcançar o objectivo de a construir, já que embora não fosse algo demasiado exigente, não era algo que se resolvesse com duas rifas e uma choripaneada.
Mas com a certeza de que, colocando-o aos pés de Maria, iria acontecer, começámos.Gabi Arsuaga foi uma grande ajuda, pois conseguiu-nos muitas coisas, desde materiais até como ia ser a Ermida, e um dia chegou a notícia de que uma pessoa anónima tinha doado o dinheiro que faltava para A construir e ficámos contentes, só faltava contactar a mão de obra e começar. As semanas foram passando e fomos vendo o andamento da obra, e ficámos muito contentes com o resultado.
A experiência da bênção foi também muito bonita, porque veio muita gente e coincidiu com a queima do “ver sacrum”, um símbolo que tínhamos conquistado durante este tempo, juntamente com as cruzes negras.
Como grupo jovem que está a dar os primeiros passos no Movimento ou a receber as primeiras carícias do carisma de Schoenstatt, isto motiva-nos a continuar a dizer sim a Maria, a continuar a formar uma comunidade e a colocar tudo nas Suas mãos, pois se Ela o quer, nós podemos fazê-lo.