Posted On 2020-02-17 In Vida em Aliança

O Café dos Casais: os encontros multiplicam-se sobre o tema da fidelidade

ITÁLIA, Eugenio Minici •

No sábado, 18 de Janeiro de 2020, no Centro Internacional de Schoenstatt e no Santuário Matri Ecclesiae, na Via di Santa Gemma 17, Belmonte – Roma, realizou-se o terceiro encontro da caminhada do Café dos Casais. Ao mesmo tempo, na paróquia romana dos Santos Padroeiros, confiada aos Padres de Schoenstatt, iniciou-se também um ciclo do Café dos Casais. —

O Café dos Casais confirma-se como uma oportunidade eficaz para os casais de esposos ou de noivos reforçarem os seus laços através de um caminho de crescimento e uma oportunidade de diálogo no seio do casal e com os outros casais participantes, num ambiente acolhedor onde se serve uma bebida e se encoraja uma conversa. O Café dos Casais está dividido em 5 encontros, cada um com uma duração de cerca de 2 horas, que propõem temas inspirados na pedagogia do Movimento de Schoenstatt e derivados das iniciais da palavra CAFFE.

O encontro inclui uma breve introdução ao tema proposto, seguida de um diálogo para cada casal, baseado numa pista, durante o qual é servido um refrigério, seguido de um momento de partilha. O terceiro encontro do Santuário de Belmonte, no entanto, incluiu duas experiências adicionais que enfatizaram o tema da fidelidade.

O encontro começou, de facto, com “o jogo da confiança cega” no qual, em cada casal, um dos parceiros coloca as mãos sobre os ombros do parceiro na frente (que mantém os olhos fechados), guiando os seus passos na sala de jogo.  O parceiro que é guiado de olhos fechados deve pensar numa qualidade do seu parceiro que lhe dê confiança. Depois de alguns minutos, o parceiro assume o papel de condutor. Tudo isso acontece durante a duração de uma curta canção romântica.

No final do jogo, cada par diz o seu nome e a qualidade que detectou no outro. Esta experiência é inspirada por técnicas de team building, aqui aplicadas ao casal, que consistem numa combinação de exercícios interactivos destinados a improvisar comportamentos e a facilitar a discussão.

O encontro terminou com a renovação do vínculo do casal e dos votos matrimoniais, que teve lugar durante a Missa celebrada à noite por Mons. Ignazio Sanna, Arcebispo Emérito de Oristano e Presidente da Pontifícia Academia de Teologia. Ao celebrar este gesto, os casais participantes recitaram de frente para o altar, a fórmula, retirada do Ritual Romano (cap. 14 – bênção dos cônjuges), de confirmação do vínculo matrimonial.

 

A fidelidade como um valor fundamental do casal

O tema do terceiro encontro, portanto, foi a fidelidade dos cônjuges, cuja importância e maior dignidade é percebida de maneira extraordinária no modo como os filhos concebem o vínculo de amor dos pais; isto é, um amor para sempre, sem condições ou limites de tempo.

De facto, o matrimónio cristão realiza-se plenamente na união entre um homem e uma mulher, que se entregam um ao outro em amor exclusivo e livre fidelidade, consagrados pelo sacramento que lhes dá a graça de se constituírem como Igreja doméstica e fermento de vida nova para a sociedade (assim o Santo Padre Francisco, Amoris Lætitia, Exortação Apostólica pós-sinodal, Roma, São Pedro, 19 de Março de 2016, par. 292).

A fidelidade dos pequenos momentos da vida

A fidelidade à promessa feita no dia do casamento não pode ser comprada ou vendida, não pode ser imposta pela força, mas também não pode ser cumprida sem sacrifício.

O casal expressa, de facto, a sua própria liberdade na fidelidade e confiança mútua que se traduz, na vida quotidiana, em atenção e preocupação um pelo outro.

Não é preciso dizer também que, o casal expressa o melhor de si através da experiência do caminho matrimonial, tal como o vinho melhora com o amadurecimento em barris e o refinamento na garrafa. O casal floresce assim em toda a sua plenitude, na fidelidade dos pequenos momentos da vida, na fidelidade da espera e da paciência, na visão do crescimento dos seus filhos e depois dos netos.

 

Fidelidade à Aliança com Maria e à oração no seu Santuário

A fidelidade do casal na oração a Maria insere os próprios esposos num vínculo de amor e ajuda oferecida pela própria Nossa Senhora e coloca-os num caminho comunitário dedicado à formação de Homens livres, autónomos, capazes de tomar decisões, fiéis à verdade das suas vidas (Cf. Padre Carlos Padilla, Cem Anos de Caminho, um olhar sobre Schoenstatt, Nueva Patris, Santiago do Chile 2014, p. 44).

Para nós, a fidelidade também se expressa na Aliança com Maria e na oração no seu Santuário, através das ofertas do Capital de Graças que, consiste em oferecer a Maria o compromisso diário do casal, as circunstâncias difíceis que suportam, o que pensam e amam, o que os faz sofrer e alegrar-se (Cf. Documento de Fundação do Movimento Apostólico de Schoenstatt de 18 de Outubro de 1914).

 

 

Original: italiano (9/2/2020). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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