Posted On 2014-10-10 In Vida em Aliança

Querer é poder

CHILE, María José Reyes. Todos já ouvimos a famosa frase “Querer é poder”, no entanto, quantas vezes duvidámos da mesma? Eu pessoalmente, demasiadas. No dia 18 de novembro de 2013, só me faltavam dez dias de aulas e, como muitos outros “dezoitos” da minha vida subi ao nosso terreno do Monte Schoenstatt (Lo Barnechea – Santiago) para ir à missa e renovar a minha aliança com a minha querida Mater. O terreno fica literalmente num monte, e quando se está a chegar atravessa-se uma pequena ponte. Pois bem, ia no carro e só Deus sabe porquê, fixei o olhar no pequeno e decrépito cartaz que anunciava o nome da ponte, este anunciava tristemente: “La Carbonera”.

Lembro-me que não gostei nada do cartaz, e dei-me conta de que me desagradava que o nome não fosse adequado para o contexto onde se encontrava.

Passo a explicar, essa ponte está no caminho que leva à Ermida do Monte de Schoenstatt, essa ermida que sonha em converter-se num santuário, e quando isto acontecer, essa ponte passará a ser atravessada constantemente por milhares de pessoas. Como “La Carbonera” ia marcar as pessoas quando estas a atravessassem para chegar ao santuário de Monte Schoenstatt? Impossível.

Duvido que fosse legal ir com o meu próprio martelo e cartaz para mudá-lo

Obviamente a melhor maneira de solucionar o problema era mudando tanto o cartaz como o nome da ponte, mas para isso necessitava de alguém com o poder de fazê-lo, porque duvido que fosse legal ir com o meu próprio martelo e cartaz para mudá-lo. Então comecei a recordar-me das pessoas com “poder” que conhecia. Lembrei-me de Felipe Guevara, alcaide de Lo Barnechea.

A vida quis que conhecesse Felipe desde que tenho memória. Ele tem sido para mim um grande apoio e uma grande ajuda. Imediatamente soube que era ele a pessoa perfeita para ajudar-me com o meu pequeno plano, assim, nesse mesmo dia, terça-feira, telefonei-lhe. Depois de lhe ter explicado tudo e de lhe ter pedido a sua ajuda para o levar a cabo, respondeu-me que não havia problema em fazer a troca, mas que antes precisava de saber duas coisas: Qual seria o novo nome para “A Carbonera” e que ia eu fazer para o conseguir.

“Ponte da Mãe três vezes Admirável de Schoenstatt”

A primeira foi fácil, a ponte tinha que levar o nome de algo que transcendesse gerações. Pedi-lhe que a ponte se chamasse “Ponte da Mãe três vezes Admirável de Schoenstatt”. Assim ninguém teria dúvida para onde se dirigia, e todos se sentiriam acolhidos por Ela ao passar por ali. No entanto, fiquei às voltas com a segunda. Pensei, não fiz já o suficiente? Que mais deveria fazer? E disse-me: “Sobe a tua média final uma décima até ao fim do ano, e eu mudo o nome da ponte. Que te parece?” Não sei se recordam quando mencionei que só me faltavam dez dias de aulas, e nesta altura 8, pelo que pensei: “Impossível”. Contudo, o desejo pelo nome era maior. Disse a Felipe que faria todo o possível, mas que realmente achava que não o conseguiria. Ao que ele me respondeu que falaríamos no fim das aulas.

Até hoje quando me perguntam como fiz para mudar o nome da ponte respondo que o mérito não é meu, é da Mater. Uma parte de mim está convencida de que se Ela não tivesse querido que o nome mudasse, eu nunca teria subido essa décima que me permitiu cumprir a condição. Dois dias depois de receber a média subi à Ermida a agradecer-Lhe pela sua colaboração, e tive que pedir à minha mãe que parasse o automóvel quando vi o majestoso cartaz verde que anunciava na berma do caminho: “Ponte da Mãe três vezes Admirável de Schoenstatt. Não sabia o que pensar, nem como me sentir, mas recordo que o meu subconsciente aprovava satisfeito dentro de mim. Missão cumprida, porque às vezes querer certamente é poder.

Missão cumprida

Hoje a nossa Ermida conta com uma bonita sala de reuniões provisória e a construção do centro da Família avança a passos largos. Todos ansiamos poder funcionar muito em breve-como Família de Schoenstatt de Lo Barnechea – e estamos emocionados de ver os nossos sonhos tornarem-se realidade. Convido-vos a continuarem a perseguir os vossos sonhos demonstrando que “querer é poder”.


Original: espanhol – Tradução Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

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