Posted On 2014-07-04 In Vida em Aliança

“Ele morreu de alegria”

BRASIL, Ir. M.Tuana Portz. Recordando os 29 anos da partida para junto de Deus do Diác. João Luiz Pozzobon, muitos devotos participaram de uma caminhada, que saiu da Casa-Museu do heroi de Schoenstatt até a Capela Tabor, junto ao Santuário: esse era o caminho pelo qual João Pozzobon passava todas as manhãs para participar da Santa Missa, e onde foi atropelado, no dia 27 de junho de 1985.

 

 

Apesar do frio e da leve garoa, estimulados por Pe. Argemiro Ferracioli, postulador da causa de beatificação de Pozzobon, os peregrinos iniciaram a caminhada com sentimentos de fé, confiança e amor, levando à frente a imagem Peregrina.

A celebração eucarística, solenidade do Sagrado Coração de Jesus, foi presidida por Pe. Mário César do Amaral, pároco da Paróquia Nossa Senhora das Dores, e concelebrada por Pe. Argemiro Ferracioli e Pe. João Quaini. Em sua homilia, Pe. Mário disse: “A simplicidade do senhor João não nos torna insensíveis para perceber o grande amor que ele tinha pela Mãe. Pozzobon era um homem que não sentia o peso do que trazia nos ombros, mas sabia do grande valor que carregava, porque era peregrino por vocação! Neste dia, impulsionados pelo amoroso coração de Jesus, sejamos, também nós, peregrinos nesta vida e mensageiros de sua presença”.

Nos caminhos de Pozzobon

Durante a romaria até a capela os peregrinos fizeram uma pequena pausa junto ao local onde o senhor João foi atropelado. O neto, que traz o mesmo nome do avô – João Luiz Pozzobon – expressou sua gratidão e fez uma homenagem:

“Ao Santuário me entreguei, pelo Santuário tenho andado e pelo Santuário morrerei!” (JLP).

Essa pequena frase exemplifica e diz muito do que foi a vida do Diácono João Luiz Pozzobon. ‘Vovô João’, como costumávamos chamar (e ainda chamamos), foi um homem simples, de pouco estudo, porém um homem de grandes palavras e ensinamentos, os quais muitos estudiosos e teólogos se admiram com a profundidade.

Na singeleza, porém de grande significado, da frase citada anteriormente, podemos entender muito do que este pequeno, mas grande homem, sentia. Quando diz: ‘ao Santuário me entreguei’, mostra a entrega total de sua vida a nossa Mãe e Rainha. Porém esta entrega era regada de muito amor e responsabilidade. Digo responsabilidade, pois em nenhum momento descuidou ou deixou de lado sua família, pois ele mesmo dizia que a Mãe não queria que ele cuidasse da Campanha e se esquecesse de seus filhos e esposa.

Quando diz: ‘pelo Santuário tenho andado’, mostra o quanto ele acreditava e amava carregar a Mãe em seus ombros. Quando a levava, levava consigo o Santuário e todas as suas bênçãos a todas as casas que visitava, todas as escolas, hospitais e cárceres, sem nunca esmorecer ou reclamar, pois em seu coração ele conseguiu sentir o grande amor que Mãe e Rainha tinha por ele e por todos nós. Conseguiu sentir que essa era a sua missão, a missão de ser um burrinho de Maria.

Esse amor era um sentimento pleno, um amor repleto de respeito, carinho e muita entrega e devoção. Mas com ele podemos aprender que este amor que ele tinha e que podemos ter com Ela, é um sentimento de duas vias, pois toda essa doação não era somente dele para com Ela, mas também dEla para ele.

Hoje comemoramos o 29º aniversário de sua morte. Infelizmente não pude conhecê-lo pessoalmente, mas sempre pude sentir, de uma forma muito viva, esse avô amável e amado que foi, esse pai exemplar, esse amigo dos pobres e incansável peregrino.

Os frutos deixados por ele através de sua Campanha ainda brotam e continuam se espalhando pelos quatro cantos do mundo.
Tenho muito orgulho de poder chamá-lo de ‘vovô João’, e, se for vontade de Deus, poder chamá-lo de santo, e santo no sentido pleno da palavra, santo em sua vida, em sua entrega em seu amor a Deus.

Neste dia, temos um misto de sentimentos; saudade, amor, ternura, orgulho e muito carinho. A saudade é imensa, mas a tristeza não pode estar presente, pois como ficar triste já que neste local em que estamos hoje, há exatamente 29 anos ele estava à beira do caminho e morreu de alegria?!”

Fonte: tabormta.org

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