Posted On 2013-12-14 In Vida em Aliança

“Trabalhar orando” e uma história da alegria missionária

PERÚ/ARGENTINA, Queca Espinoza. Agradeço a partilha no “Dreamteam” de schoenstatt.org onde conheci a Cecília, de Buenos Aires, Argentina. Numa das suas mensagens conta-nos: “ofereceram-me um livro que é uma verdadeira bênção. Entitula-se “Trabalhar orando” de Carlos E. Barrio y Lipperheid, com prefácio de Roberto H. Crouzel e prólogo do P. Guillermo Carmona. A pessoa que mo ofereceu não sabia que quem o havia escrito pertencia ao Movimento de Schoenstatt. Na capa tem a Cruz da Unidade. Ali o autor fala do “Santuário Laboral”, e comenta que é impressionante o modo como a está a ajudar no seu dia-a-dia no trabalho.

Respondi-lhe que trataria de conseguir o livro, e ela disse-me: “Vou enviar-to. Aqui no meu trabalho há duas raparigas peruanas que regressam ao seu país”. Aceitei, e imediatamente perguntei-lhe como fazia para lhe pagar. Respondeu-me: “Não te preocupes com os “detalhes”, deixa-me que trate com uma delas e logo te digo como fazes para ficares com o livro. Um forte abraço! E espero que te encha de bênçãos no teu trabalho.”

Ontem tive o encontro com a Margarida, a rapariga peruana que me trouxe o livro. Vivemos muito longe uma da outra, mas combinámos a meio caminho num centro comercial. Ao encontrarmo-nos abraçámo-nos como se nos conhecêssemos desde sempre. Levei-lhe algumas pagelas, a novena da Mãe e Rainha e um Santuário em cerâmica. Ela ficou surpreendida mas recebeu-as com prazer e disse-me que estava afastada das coisas de Deus. Contei-lhe como tinha sido o meu começo em Schoenstatt e como preenchia a minha vida.

Um convite para o Santuário

Sem nos darmos conta, uma senhora que estava perto de nós tinha ouvido toda a conversa. Aproximou-se e perguntou-me: “Como é o nome da Virgem?” Então repeti o nome, disse-lhe o que significava e entreguei-lhe uma pagela, onde estava a direção do nosso Santuário em La Molina.

Partilho isto convosco, porque é bonito ver que a Mãe e Rainha vai trabalhando em cada um o tempo todo. Ela não perde nem uma só oportunidade para ajudar os seus filhos, para se dar a conhecer, para abrir caminho.

Ontem reuni-me com a Margarida, que não acreditava que eu não conhecia a Cecília e que ela nos uniu às duas por um detalhe puramente schoenstatiano: dar ao outro o que precisa, o que gostaria, o que o irá fazer crescer espiritualmente.

Ao despedirmo-nos prontifiquei-me a levá-la ao Santuário. Ficou combinado que me telefonava, e eu sei que será assim.

A intenção do livro

De regresso a minha casa fui lendo o livro. É muito bom! Oxalá o consigam. Aqui lhes adianto um pequeno excerto, já que nos pode acompanhar no dia-a-dia no nosso trabalho.

O autor, Carlos Barrio, escreve: “O presente livro nasceu com uma busca pessoal por viver a minha vida diária laboral de uma maneira mais vinculada e comprometida com Deus, numa cultura que parece ignorá-la. Quando consigo integrar a minha fé com o meu trabalho, os meus esforços enchem-se de sentido e vida. Diariamente procuro estar atento à voz de Deus, ao que me quer dizer, quando me abre novas portas. Às vezes passo diante delas sem as ver, outras tenho medo de as abrir, ou não estou suficientemente atento para as descobrir. Mas sei que Ele não me abandona, que sempre me acompanha e está ao meu lado nas minhas atividades. Ele levou-me ao trabalho que tenho hoje, com todas as suas luzes e sombras, e quer que O descubra e O faça presente entre os meus colegas de trabalho, nos papéis, nos e-mails, nas reuniões, nos conflitos, nas frustrações e êxitos do meu quotidiano, oferecendo-lhe os meus esforços, desejos, projetos e entes queridos, para aproximar-me do seu Amor através deles. As orações que lhes apresento nasceram das minhas vivências de todos estes aspetos.”

Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

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