Posted On 2013-10-16 In Vida em Aliança

“Toma de mim tudo o que te sirva para dá-lo às pessoas” – Ordenação sacerdotal do Pe. Manuel López Naón Badano

ARGENTINA, Claudia Echenique. A Igreja de Deus Pai, em Nuevo Schoenstatt, foi um reflexo da Igreja latino-americana, na tarde do sábado, 12 de outubro passado. O Mons. Carlos Tissera, bispo de Quilmes, ordenou sacerdote um novo Padre de Schoenstatt: o diácono Manuel López Naón. O popular “Manu” convocou os schoenstattianos de Tucumán, Chile, Paraguai, Santo Isidro, Buenos Aires e centenas de fiéis de diversas idades da Paróquia “Nossa Senhora da Candelária”, do bairro portenho de Floresta, onde exerceu seu diaconato.

 

O altar estava lotado por mais de 30 sacerdotes schoenstattianos e diocesanos. Entre eles, seus seis companheiros, ordenados uma semana atrás no Chile, e que viajaram para participar da cerimônia. Seus outros irmãos do curso “Puer Mariae in Sion ad Cruciatam Patris”, que serão ordenados em futuro próximo no Mar del Plata e Paraguai, também estiveram junto a ele nesse dia tão especial.

O coro, formado por seus amigos da época da Juventude Masculina, preparou uma liturgia que alternou música folclórica argentina com canções do próprio Manu. Em alguns momentos, o Coro das Irmãs da Maria também participou.

Missionários…

Após a procissão de entrada, acompanhada do canto “Missionários”, o Superior Regional dos Padres de Schoenstatt, Pe. Francisco Pistilli, apresentou Manuel como candidato ao presbiterado. O rito penitencial foi cantado em guarani; o Glória, da missa crioula. As leituras bíblicas foram proclamadas por amigos de Manu; o Salmo, entoado por Juan e Flor Clavijo; também o Evangelho foi cantado pelo Diácono Santiago Cacavellos.

O Mons. Carlos Tissera, em sua homilia, destacou que “a ordenação de Manuel é causa de alegria para sua família, para seus companheiros de estudo, para as comunidades onde esteve presente durante estes anos e, naturalmente, pela grande Família de Schoenstatt. A Igreja universal vive tempos novos e a Igreja latino-americana assim tem experimentado, desde a Conferência de Aparecida, que destaca a identidade sacerdotal na imagem do Bom Pastor, o que implica ser discípulos apaixonados e ardorosos missionários, servidores da Vida”.

“Toma de mim tudo o que te sirva para dá-lo às pessoas”

Referindo-se ao lema sacerdotal do Pe. Manuel, o Mons. Tissera expressou que “a atitude de serviço é uma das características que a Conferência de Aparecida pede aos sacerdotes. Que sejam presbíteros servidores da vida, promotores da cultura da solidariedade. Que tenham uma espiritualidade de gratidão, de misericórdia e de solidariedade fraterna; que tenham, como Jesus, uma particular misericórdia para com os pecadores”.

Recordando o recente beato Cura Brochero, expressou: “Nossa gente agradece quando o Evangelho é pregado com unção; agradece quando o Evangelho chega à sua vida cotidiana e ilumina as situações difíceis, as periferias”.

Ao concluir, desejou ao Pe. Manuel que “o beato Cura Brochero cuide de tua alegria sacerdotal. Assim como tua vida com Cristo tem sido guiada por Maria, a Mãe, lhe desejo que viva sempre em aliança com Ela”.

A seguir, iniciou-se o rito da ordenação, com a invocação ao Espírito Santo; Pe. Manuel fez as promessas sacerdotais; podia-se perceber que estava profundamente emocionado.

“Agora vocês têm um novo cura”

A imposição das mãos do Bispo e dos 30 sacerdotes presentes mostraram uma comunhão eclesial muito profunda. Ricardo e Maria Haydée, pais de Manu, entregaram ao bispo a casula e a estola. Pe. Tommy Nin Mitchell, que apresentou Schoenstatt a Manu, nos tempos da escola, foi quem colocou os trajes sacerdotais. A seguir, houve a unção de suas mãos e a entrega do cálice e da patena, que foram levados ao altar por sua irmã Magdalena. Finalmente, Mons. Carlos Tissera o saudou com um abraço e exclamou: “Agora vocês têm um novo cura!”.

Antes da bênção final, Pe. Manuel, com os olhos cheios de lágrimas, pediu “que o ajudassem a agradecer”. E começou uma extensa e detalhada lista de pessoas, grupos e comunidades que o acompanharam durante cada momento de sua vida: sua família, a Escola Argentina Modelo, seu grupo do Jumas – “A Legião”, o grupo missionário da MTA, a comunidade de Tucumán, o Colégio Maior do Chile, a Juventude Universitária de Campanário e seu grupo “Resto do mundo”, a Família do Santuário Jovem do Paraguai, a família Schuller – que o acolheu na Alemanha, os Colégios Monte Tabor e Nazaré, ambos do Chile e, finalmente, à Paróquia Nossa Senhora da Candelária de Buenos Aires. A menção de cada grupo provocava salvas de palmas, pois quase todos estavam presentes. Para finalizar, agradeceu à família sacerdotal que o recebia, em particular à Comunidade de Sião e todas as comunidades que rezam e apóiam as vocações.

Obrigado, Mãe!

Entre lágrimas e antes de seguir para o Santuário e consagrar seu sacerdócio, quis fazer um agradecimento especial a Deus pela Mãe que nos deu, por meio desta oração:

“Obrigado, Senhor, pela Mãe.
Obrigado, Senhor, por tua Mãe, a Mãe de Jesus.
A pequena Virgem de Luján, a Virgem de Caacupé.
A Virgem do Carmo, a Virgem da Candelária.
A única, a mesma, sempre nova,
a de sempre, a de ontem, a de hoje.

Ela me salvou quando tive medo.
Quando ninguém percebia minha escuridão,
ela esteve ali me curando pacientemente,
me consolando e chorando comigo.
Apenas olhava para ela; nesse olhar, sabia que tudo ficaria bem.
Ela acreditou em mim muito, muito mais do que mesmo.

Ela sonhou com meu sacerdócio desde a primeira vez
que nos encontramos, em 1995.
Ela esteve no leme do barco.
Ela aceitou ser minha aliada e sempre recebeu feliz
meus pobres sacrifícios que eu considerava imensos.
Ela levou a sério ser o ‘redemoinho’ que leva a seu filho Jesus.
Ela não perguntou se queria ser sacerdote,
porém me pegou pela mão até que eu encontrasse o rosto
de quem mudou meus planos e traspassou o meu coração.

Ela nunca deixou de olhar para mim
por mais que muitas vezes eu tenha deixado de olhar para ela.
Ela morre cada vez que sofro.
Ela dança cada vez que sorrio.
Ela pode o que ninguém pode.
Ela me leva a entregar-me na Cruz.
Ela tem a coroa de minha entrega,
porque Ela é a Rainha de meu sacerdócio.
Ela é o fundamento de minha vocação.
Ela, a quem ninguém se compara.
E, mais uma vez, não encontro a maneira de dizer
que toda minha é para ti.
Ajuda-me a ser fiel a ti, simples, em família e para todos.
Obrigado, Senhor, por teu Amor!”

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Fotos

October 16, 2013


Tradução: Maria Rita Fanelli Vianna – São Paulo / Brasil

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