Posted On 2013-09-22 In Vida em Aliança

No dia mundial da Paz, Itália coroa a sua Rainha

ITÁLIA, Federico Bauml. “Decidi convocar toda a Igreja, no dia 7 de setembro, para uma jornada de jejum pela paz na Síria e no mundo inteiro… a partir das 19h até a meia-noite, nos reuniremos em oração e em espírito de penitência para pedir esse dom a Deus. A humanidade precisa ver gestos de paz. Peço a todas as comunidades que organizem alguma liturgia nessa intenção. Espero vocês”. Pois bem, no mesmo 7 de setembro, a Divina Providência quis coincidir a festa de coroação da Virgem em Belmonte com o dia de jejum e oração convocado pelo Papa Francisco, para implorar a Deus o dom da paz.

Em comunhão com a Igreja Universal

Uma coincidência que reforça em cada um de nós uma convicção: Schoenstatt é chamado a estar sempre unido ao Papa e à Igreja Universal.

Uma ocasião imperdível: transformar esse dia no Santuário em uma grande súplica pela paz, junto com Maria que, por excelência, é a “Rainha da Paz”.

Assim é que o prado do parque que rodeia o Santuário de Belmonte se transforma em um apêndice da Praça São Pedro e um fio invisível une o coração de quem está no Santuário àquele que está na Praça São Pedro e também a todas as pessoas do mundo que, nesse momento, estão compartilhando esse desejo, todas indissoluvelmente unidas a um anseio amarrado no céu.

Schoenstatt estava, sem dúvida, na Praça São Pedro. Estava fisicamente, porque alguns de nós foram à Praça durante o dia; estava sobretudo espiritualmente, em comunhão com todos os fiéis.

Coroação

Literalmente, coroa significa “objeto que rodeia”; usada para cobrir a cabeça, um cerimonial usado particularmente para reis; a função é elevar a pessoa que a recebe a um posto, representando sua importância.

A coroação de Maria como Mãe e Rainha da Família não é apenas uma cerimônia.

É também uma cerimônia belíssima, alegre, colorida e enriquecida pela presença de quase mil pessoas vindas de toda a Itália.

A coroação, em Roma, é uma etapa fundamental de um acontecimento que começou há noventa e nove anos, que passa pela cerimônia do ano passado em Schoenstatt e que precisamente em Schoenstatt, em um pouco mais de um ano, alcançará seu ápice, exatamente no Santuário Original.

O Padre Kentenich costumava dizer: “Coroem-na todas as vezes que puderem”.

Coroar significa renovar nossa fé como Família e vivê-la todos os dias, com nossa gratidão e, principalmente, com nossa fraqueza, tentando estar à altura de poder dar testemunho ao mundo, não com palavras, mas com atos.

A coroação é um presente que poderia ser comparado com o daquela que nos toma sob seu cuidado e, ao mesmo tempo, é uma promessa: o compromisso que assumimos de nos ocupar com Ela.

O verdadeiro poder está no serviço

Não é fácil contar em poucas linhas a beleza de um dia tão intenso.

A seu modo, cada momento foi único: a acolhida inicial; a palestra do Pe. Ludovico que, como sempre, calou fundo no coração de cada um de nós; o Rosário meditado, concluindo com a leitura da oração de João Paulo II: “nunca mais a guerra”, escrita há quase dez anos, porém mais atual do que nunca; a Santa Missa enriquecida com a sugestiva cerimônia de coroação e também o concerto final – tudo contribuiu para que tudo superasse todas as expectativas.

Pelo contrário, mais fácil é agradecer a todas as pessoas que tornaram tudo isso possível; aquelas que, já há meses, se ocuparam da organização; a todos os voluntários que participaram na preparação e na acolhida; a cada um dos participantes.

Mons. Sanna, durante a homilia, disse que o cristão, antes de ser alguém que confia, deve ser confiável. Em relação ao tema de coroação, nosso Fundador nos ensina que “quem serve desinteressadamente os outros caminha rumo à verdadeira realeza”.

A partir daqui, da união entre dessas duas mensagens, do espírito de serviço que se une com a credibilidade e acolhida, nasce o segredo desse dia que, por ser um aniversário, está destinado a se repetir cada ano com uma modalidade bastante semelhante; mas nunca será um mero costume – será sempre ocasião para ‘coroar’ nosso caminho. Nada sem vós, nada sem nós.

September 7, 2013 – Belmonte


Tradução: Maria Rita Fanelli Vianna – São Paulo / Brasil

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