BRASIL, Pe. Alexandre Awi – “Devemos ter a mão no pulso do tempo e o ouvido no coração de Deus”, nos ensinava sempre nosso Fundador, Padre José Kentenich. Esta atitude providencialista do schoenstattiano não pode nos deixar indiferentes nem apáticos diante dos acontecimentos dos últimos dias. Por outro lado, recentemente, o Papa Francisco recordou a importância de que os cristãos se preocupassem com o bem público, sentido verdadeiro da ação política. O que Deus está querendo nos dizer com tudo isso?
A poucas semanas da Jornada Mundial da Juventude no Rio, Brasil, com a visita do Papa Francisco, o olhar do mundo dirige-se com surpreendida preocupação para o Brasil, onde há duas semanas os protestos sociais aumentam em número, radicalidade e lamentavelmente também violência. O P. Alexandre Awi numa carta à Juventude Masculina do Brasil convida a responder a partir da fé e da cultura de aliança.
Obviamente todas as atitudes de vandalismo e violência devem ser profundamente condenadas e acabam desvirtuando o sentido deste movimento espontâneo e surpreendente, em si pacífico, que se alastrou pelas ruas do Brasil! Porém, o desejo profundo do coração desses jovens manifestantes deve ser escutado e analisado à luz da fé.
Sugiro que TODOS OS GRUPOS DO JUMAS BRASIL, o quanto antes, DEDIQUEM PELO MENOS UM ENCONTRO para analisar, se posicionar, interpretar as vozes de Deus em tudo isso e rezar pelo Brasil! É o mínimo que podemos fazer. Se quiserem, discutam este artigo, digam em que concordam e em que discordam… Podemos ter opiniões diferentes, mas precisamos ver crítica e providencialmente esta situação. No JUMAS insistimos na formação do homem novo para construir uma nova sociedade! A grande maioria desses jovens – embora com baderneiros infiltrados no meio deles – quer também uma nova sociedade, um novo Brasil! Depois de mais de vinte anos de apatia, a juventude do Brasil parece despertar para um desejo de mudança!
Por ruas de todo o país lemos e escutamos: “O Brasil acordou!”, “O Brasil quer mudar!” A juventude, grande protagonista dessas manifestações, convocadas nas redes sociais, sem bandeiras políticas (pelo menos visíveis…) e até mesmo sem razões muito definidas, quer fazer ouvir seu grito de insatisfação pela situação atual do país que, embora tenha melhorado em muitos aspectos, em outros continua deixando muito a desejar, como nós mesmos sempre insistimos no JUMAS. Provavelmente a FÉ e a CULTURA DA ALIANÇA não sejam parte da lista de reivindicações desses jovens, mas NÓS – e talvez só nós – possamos contribuir com esta parte, potenciar as boas motivações e ajudar a afastar o que há de negativo!
Os analistas dizem que faltam líderes claros em todo esse movimento… Que tipo de líderes podemos ser para o nosso país, necessitado de novos líderes, confiáveis, honestos, humanos (e, por isso mesmo, divinizados!)? A Geração Missionária tem como um dos seus pilares o PROTAGONISMO juvenil. Esses jovens, cada um do seu jeito e com diferentes motivações, está tentando ser protagonista. E nós, JUMAS Brasil, portadores do FOGO do Cristo Tabor, que resposta temos para esta hora do Brasil? Que FOGO vai continuar ardendo pelas ruas, o dos coquetéis molotovs ou o de Cristo? Que contribuição podemos dar ao nosso país para que venha a ser verdadeiramente um Tabor? A resposta está em nossas mãos e em nossos corações…
