Posted On 2013-03-13 In Vida em Aliança

São as obras que revelam aquilo que acreditamos

BURUNDI, Révérien Banziriyubusa. No final da tarde do dia 18 de fevereiro de 2013, Dia da Aliança, cerca de oito presbíteros celebraram na igreja da Santíssima Trindade, situada no Monte de Sião Gikungu, a Missa de Renovação da Aliança de Amor, da qual participaram mais de quatrocentos fiéis denominados schoenstattianos e religiosos, sendo outrossim a Missa de encerramento da jornada de evangelização para presbíteros e religiosos, ocorrida ao longo dessa segunda-feira.

 

 

No início da celebração eucarística, o Padre Evode Bigirimana, presidente da celebração, recordou que essa estava sendo celebrada por várias intenções: a celebração e renovação da Aliança de Amor para os schoenstattianos, o encerramento da jornada de evangelização para a qual haviam sido convidados presbíteros e religiosos e a memória de Santa Bernadete de Sebirous.

Ao comentar os textos do dia (Lv 19, 1-2; 11-18 e Mt 25, 31-46), lembrou primeiramente que o nosso tema no Ano da Fé é “a fé sem obras é uma fé morta”. Foi, aliás, à luz de tais palavras que se apoiou para comentar o Evangelho: “O Senhor veio ensinar-nos o primeiro mandamento – o do amor – que se manifesta mediante atos concretos. São as obras que revelam aquilo que acreditamos”, assim frisou o presidente da celebração. Neste Evangelho, é surpreendente que Cristo não desdiz a lista dos mandamentos – mentiste, furtaste, cometeste adultério,… – mas se apoia nos atos concretos de caridade e de misericórdia.

Ninguém é tão pobre que não possa dar algo ao próximo

Com efeito, nossa fé traduz-se mediante o cuidado e a ternura que manifestamos a nossos irmãos e irmãs que estão passando por situações difíceis. Em sua epístola, São João adverte-nos:” Pois quem não ama a seu irmão, ao qual vê, como pode amar a Deus, que não vê?” A parábola do Bom Samaritano mostra-nos claramente que o Senhor quer uma fé operante. A Virgem Maria é-nos exemplo. Ela que era de origem modesta não deixou de dar esmola aos pobres quando subiu ao Templo de Jerusalém para oferecer seu Filho. Por conseguinte, ninguém é tão pobre que não possa dar algo ao próximo; até o próprio religioso, que tudo deu a Deus; só podemos oferecer o que Ele nos deu. “Não sabemos abrir as mãos para oferecer. Por isso permanecemos pobres”, assim repisou o Padre Evode; somos chamados a auxiliar nossos irmãos e irmãs, não importando quem eles sejam: bons ou maus. Contudo, sem exigirmos recompensa alguma por aquilo que fazemos; o próprio Cristo amou-nos, embora fossemos pecadores; não nos amou por sermos bons; mas por nos haver amado é que nos tornamos bons. Peçamos, por conseguinte, ao Senhor o amor gratuito; aceitemos nosso próximo tal como ele é. Santa Teresa d’Avila ajudar-nos-ia a compreender melhor quão é justificado e nobre suportar a cruz pela salvação dos outros, mesmo perante calúnias. Participemos, portanto, dos peditórios organizados pela comissão “Ação Quaresma” durante este período quaresmal para sermos veramente reconhecidos como fiéis, e dignos da morada reservada aos benditos do Pai Celestial.

Ação de graças

A Eucaristia prosseguiu com o oferecimento das contribuições para o Capital de Graças e renovação da Aliança de Amor, seguindo depois seu curso normal; na ação de graças, toda a assembleia dos fiéis presentes louvou a Deus com júbilo através de danças.

Antes da bênção final, o Padre Evode Bigirimana pediu aos féis presentes para aclamar vivamente os presbíteros Antony e Biju por sua presença e por seu ministério de evangelização no Monte de Sião Gikungu, antes de lhes desejar uma boa viagem de regresso. Agradeceu igualmente a todos os fiéis presentes, de modo particular aos presbíteros e religiosos, que, além de sua participação na jornada, haviam outrossim participado da celebração eucarística. Entre outros, encontravam-se também oblatos do Sagrado Coração e demais irmãos. Como de costume, a Missa da Aliança terminou com o hino do Movimento Apostólico de Schoenstatt, magnificamente executado pelo Coral Santa Maria.


Fonte:
www.sanctuaire-mont-sion.net


Original: Francês. Tradução: Abadia da Ressurreição, Ponta Grossa, PR, Brasil

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