Posted On 2011-09-28 In Vida em Aliança

Ela conheceu a origem! Peregrina Heroica em Madrid e Schoenstatt

BRASIL, Filipe Araujo. Que a Peregrina da Juventude Heroica – presente do Pozzobon, símbolo e relíquia do Jumas Brasil – esteve na JMJ 2011 em Madrid e em Schönstatt, todo mundo viu. Levá-la não foi uma tarefa fácil, não só pelo peso físico, mas sobretudo por conta do pesado fardo que é cuidar de um símbolo tão precioso da nossa Juventude. Mas a Mãe nos recompensou, e é sobre essa recompensa que queremos falar aqui!

 

 

Em Madrid

A estadia da Peregrina em Madrid começou bem sossegada. Não quisemos arriscar e a deixamos durante todo o Unanimiter e a JMJ na capela do alojamento. Mas então pensamos: “a Peregrina deve peregrinar! Essa é a sua missão!”, e a levamos para a Via-Sacra com o Papa. O resultado? Diversas pessoas, do Movimento ou não, nos pararam na rua para perguntar sobre a imagem. Foi como fazer missões durante a JMJ! A Mãe realmente abriu as portas! Falamos sobre sua história às pessoas da Família, que se admiravam com o fato de ela ter sido feita pelo Pozzobon, e divulgamos a Campanha para as pessoas que não a conheciam.

A Mãe apareceu na TV.

Também o Papa passou bem perto da Peregrina duas vezes! E mais: passou olhando! Na missa de encerramento, a levantamos bem alto na hora da bênção dirigida aos objetos religiosos. E mesmo em meio aos quase 2 milhões de pessoas, a Mãe se destacou, seja com os peregrinos de Dubai que quiseram conhecer o Movimento por causa dela ou no famoso momento em que a Mãe apareceu na TV. Nossos amigos italianos receberam instantaneamente uma mensagem de seus conterrâneos falando que a Peregrina havia aparecido na televisão.

Para finalizar, levamos a Peregrina à festa brasileira na praça Madrid-Rio. Muitos brasileiros quiseram tirar fotos com Ela (inclusive alguns bispos!), pediram para tocá-la e, em meio à festa, os animadores pediram que a Mãe subisse no palco para ser aplaudida. Um grande presente para a nossa Juventude!

Em Schoenstatt

Ao desembarcarmos na Alemanha, tivemos uma surpresa ruim: a Peregrina havia sido levemente danificada na viagem, e a granada pregada nela havia se soltado. Nós ficamos bastante decepcionados com a falta de cuidado da companhia aérea e, mesmo a poucos minutos de chegar a Schönstatt, desanimamos. A granada ainda estava pregada, apesar de estar descolada. Tentando encontrar a posição certa do estilhaço, nos aproximamos dele e tivemos uma surpresa enorme: havia algo escrito na granada, na parte de cima!

Nunca havíamos reparado naquele escrito. Perguntamos ao Pe. Afonso, e ele também não o conhecia. As palavras estavam gastas com o tempo. Sacamos, então, a câmera da mochila, ligamos o flash e tiramos uma foto bem próxima da granada. Com o zoom e a luz refletida, conseguimos ler a frase: “Guardamos a herança fiel e heroicamente como José E.”.

O arrepio nessa hora foi inexplicável! A pouco tempo de Schönstatt, na primeira peregrinação ao Santuário Original da imagem, já prestes a desembarcarmos em Vallendar, descobrimos esse escrito. Certamente, a Mãe estava nos dizendo algo!

Quem já foi a Schönstatt sabe que nas primeiras ruas de lá está o Santuário de Marienau. É quase que a entrada de lá. Pois bem, mal pisamos na rua desse Santuário e, em frente à Esquina do Adeus, lugar onde o Pai Fundador se despediu de José Engling pela última vez, um Irmão de Maria – Clemens Holländer – nos disse “Estão vendo essa madeira da cruz? Fui eu que dei esse pedaço de madeira ao Pozzobon!”. Uma outra surpresa da Mãe!

A Peregrina Heroica nos acompanhou em todos os lugares, com especial destaque ao Santuário Original e ao Túmulo do Pai Fundador. Assim como Pozzobon disse sobre sua visita a Schönstatt “Eu tive a graça de entender a origem”, também Ela pode dizer o mesmo! Foi um grande presente da Mãe poder levá-la nessa peregrinação! Foi um grande presente dela nos revelar esses dois pequenos “segredos”, até então pouco conhecidos. Nós a levamos para conhecer Schoenstatt e Ela nos revelou uma parte de sua origem. Eis mais um sinal da Aliança de Amor!

Os indícios…

Tudo isso não me saiu da cabeça quando voltei ao Brasil. Afinal de contas, andamos quilômetros com Ela, passamos por diversas experiências… e Ela chega a Schönstatt com a base e a granada um pouco danificadas. No entanto, se não fosse essa pequena danificação, jamais teríamos lido aquela mensagem. Uma mensagem que nos recorda a herança do Pai e nossa missão em guardá-la como José Engling.

Em frente ao local onde o Pai Fundador se despediu de Engling, conhecemos o homem que deu a madeira da cruz da Peregrina ao Pozzobon. Uma cruz… sinal que identifica Cristo… sinal que nos lembra tanto os Cruzes Negras e o Pai Fundador.

Conversando com o Pe. Alexandre sobre esses acontecimentos, ele disse que talvez possuísse um documento que falava da granada. Ao encontrá-lo, ele percebeu que nunca havia reparado no que dizia um certo trecho… Trata-se da carta de um noviço dos Irmãos de Maria chamado Herwart Maria Groll a João Pozzobon. Agora, o trecho da carta pôde ser compreendido:

“Entre muitas outras coisas, o que mais me impressionou foi a frase que o senhor [João Pozzobon] nos disse durante a viagem a Dachau, no Bloco 14 / Compartimento 3, local da fundação de nossa Comunidade dos Irmãos de Maria: ‘Heróis, fiéis como José Engling, guardamos a herança do Fundador!’

O Sr. Hannappel, na cratera de granada junto ao Lys, lugar onde José Engling ofereceu sua vida, encontrou um estilhaço de granada da Primeira Guerra Mundial bastante grande e me deu de presente. Nesse momento veio-me a idéia de gravar essa frase no estilhaço e oferecer-lhe esse estilhaço. Eu o levei comigo no caminho da morte [caminho feito por Engling antes de sua morte].”

O que tudo isso pode significar?

Parece que a Mãe está querendo dizer algo ao Jumas. Mas o que poderia ser?

À luz da Divina Providência, tendo em vista o momento em que nossa juventude está vivendo, essa frase “Guardamos a herança fiel e heroicamente como José Engling” fala alto em muitos sentidos.

A primeira coisa que me vem à cabeça é o atual estágio do processo de beatificação de José Engling, que se encontra parado correndo o risco de ser cancelado. E assim, me lembro do trecho do Rumo ao Céu que diz: “José Engling também seja em breve canonizado, e assim sejam vencidos todos os obstáculos que se opõem à eficácia de tua Obra e impedem ver com fé o plano do Pai”.

A Mãe nos quer atrair a atenção a Engling! Atrair nossa atenção, para que a nossa Juventude se apegue mais fortemente ao nosso herói, tente se assemelhar a ele na paixão e na entrega por Schoenstatt! Engling guarda a herança do Pai Fundador. Devemos também guardá-la e vivê-la como ele! Devemos também rezar pela sua canonização. Segundo as palavras do Pai Fundador, sua canonização é condição para a eficácia de Schoenstatt!

Também o que me vem muito forte aos pensamentos é a Missão Cristo Tabor. A Peregrina e a Cruz são nossos símbolos marcadamente missionários. E desde o início, ficou decidido que queríamos trabalhar o espírito de Engling nessa missão, cujo lema será sua conhecida frase “O mundo todo é nosso campo de batalha”. Missões em 2012, ano em que se completarão 100 anos da chegada do Pai Fundador e de Engling a Schönstatt.

O Irmão de Maria Herwart termina sua carta a Pozzobon com um outro trecho do Rumo ao Céu (RC487-492). Esse é exatamente o trecho que os organizadores da Missão Cristo Tabor tem rezado como Capital de Graças pelas missões desde fevereiro… outra grande coincidência, ou outra voz de Deus? A herança do Pai Fundador nos ensina a encarar as coisas a partir dessa segunda opção.

Para ler a carta completa do noviço Herwart a João Pozzobon, clique aqui.

Fonte: www.jumasbrasil.com.br

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