Posted On 2011-07-05 In Vida em Aliança

Mas… eu já estive aqui uma vez!!!

Logo del Santuario de Nueva HelveciaARGENTINA, aat. “Mas… eu já estive aqui uma vez!”, assim exclamou muito comovida uma schoenstattiana argentina, ao entrar pela primeira vez no Santuário de Nuevo de Schoenstatt para selar a Aliança de Amor com Maria Santíssima.

 

 

 

 

Aqueles que se encontravam presentes não entenderam o que sucedera; sem dúvida alguma, era, de fato, a primeira vez que ela se encontrava nesse Santuário. Seu esposo e o Padre de Schoenstatt que estavam perto dela puderam confirmá-lo com toda a certeza… Transcorridos alguns minutos de silêncio, enquanto lhe vinha à mente um número sem fim de imagens, recordou-se: quando menina, sua mãe teve de viajar para cuidar da avó, enferma. Esta vivia em Oberá, Argentina, e a menina era aluna do Colégio Mariano, a que pertencia um tesouro muito valioso: um Santuário Filiar de Schoenstatt. Por esse motivo, sua mãe deixou-a ficar como aluna semi-interna no colégio supramencionado por algumas semanas, para que ela não ficasse sozinha em casa na parte da tarde. Findo o almoço, com o coração cheio de nostalgia, ia visitar Nossa Senhora no Santuário. Nada sabia a respeito do significado do lugar; ela era ainda muito jovem; e ao deixar o colégio, olvidou essa fase de sua vida.

Os caminhos misteriosos do amor do Pai

Santuario de Nueva HelveciaTranscorridos muitos anos, já casada, ocorreu este episódio. Subitamente achava-se “no mesmo lugar”, a mais de 1000 km de distância de Oberá. Quantas pessoas e circunstâncias teve de unir o amor providente do Pai, a fim de que a menina, hoje mulher adulta, fizesse esta comovedora experiência! A capelinha abandonada em Schoenstatt (1914), a Primeira Guerra Mundial, a vivência fundamental do Padre Kentenich em sua relação com Nossa Senhora, sua extraordinária capacidade de discernir o plano de Deus nos ínfimos sinais, a Segunda Guerra Mundial, a experiência das Irmãs de Maria na América do Sul que as levou a dar o passo mais ousado que alguém possa imaginar: construir uma réplica fiel do Santuário Original no pequeno povoado uruguaio, (1943) sem poder consultar ninguém; a visita do Padre Kentenich efetuada à América do Sul e sua extraordinária visão sobre a importância dos Santuários Filiais, cuja difusão proveio deste começo, a multiplicidade dos frutos da Aliança de Amor na missão de cada Santuário, a inculturação de Schoenstatt e a corrente de retorno à origem. Cada passo é em si uma grande ousadia, “fidelidade criativa” que caracterizou o Fundador e que deve prosseguir em cada schoenstattiano.

Um único Santuário, com muitas portas no mundo inteiro

SaltaAssim descreveu alguém os Santuários Filiais: prolongamentos das graças do Santuário Original, participantes da corrente que daí imana, receptores – e recriadores – da originalidade e tradição de cada povo e de cada cultura, propulsores de uma corrente que retorna à fonte, aliados necessários da circulação da vida da Aliança!

Cada símbolo do Santuário, incluindo sua dimensão, é de grande importância para cada pessoa, de acordo com as experiências aí tidas: seu amor a Maria Santíssima, sua Aliança de Amor, talvez a descoberta de sua vocação, de seu ideal pessoal, vivências de família, de vínculo pessoal com o Pai Fundador, de consolo no sofrimento, de lar no exílio…

Com o passar dos anos, os Santuários Filiais foram aumentando em número, como tudo em Schoenstatt, lenta, organicamente, até que em certa ocasião perguntaram ao Padre Kentenich quais os elementos que se deveria conservar imutáveis e quais poderiam variar. Não restava dúvida alguma que cada Santuário Filial tinha de ser uma réplica o mais fiel possível do Santuário Original, quer interior, quer exteriormente. Mas que poderia variar? A coroa de Nossa Senhora, o Símbolo do Pai, o Memorial de José Engling, as cruzes negras…

Outrossim frisava sempre de novo que em toda a parte onde esteja a imagem da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, conquistada mediante as contribuições para o Capital de Graças, operam outrossim as graças do Santuário. Ele referiu-se aos nichos, ermidas, capelas, Santuários-lar, Santuários- trabalho. Porém, não são Santuário Filiais no sentido estrito da palavra.

Anseio

BujumburaMuitos schoenstattianos vivem a longas distâncias de um Santuário Filial. Por isso a importância do “atrair” Nossa Senhora com as contribuições para o Capital de Graças: primeiramente para o próprio coração, depois para o lar, para o local de trabalho, para a paróquia… e até mesmo para o carro!

E as comunidades que ainda não têm Santuário devem questionar-se a respeito do plano que Deus tem para elas. Cada Santuário Filial é uma porta aberta para a fonte de graças original, um berço de santidade para inúmeras pessoas, “Arca de salvação” para muitas famílias, fonte de inspiração para uma entrega radical dos jovens e um contributo de valor inestimável para a Igreja e para a pátria…

“Eu já estive aqui uma vez!” Que sejam muitos aqueles que possam ter esta extraordinária vivência, que reencontrem o lar mediante cada contribuição pessoal para o Capital de Graças.

Tradução: Abadia da Ressurreição, Ponta Grossa, PR, Brasil

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