Posted On 2013-09-03 In Aliança solidária

Oração que toca: Aliança Solidária com o Povo do Egito e da Síria

Sarah-Leah Pimentel. É impossível ouvir as notícias e não se comovercom as imagens da Síria e do Egisto que são mostradas. As câmeras fazem pouco para compartilhar conosco o assalto aos sentidos. Vemos sangue pelas ruas, número incontável de corpos de crianças, montes de cimento do que antes era o lar de alguém…

Fé Prática

Porém, a imagem que mais me atinge refere-se à esperança e à fé vivida em um local onde é tão difícil alguém ter alguma fé ou esperança.  Na semana passada, uma imagem do Egito transformou-se em vírus na internet; era de um grupo de mulçumanos formando um círculo em torno de uma Igreja Católica para proteger, de um possível ataque, a comunidade que estava lá dentro participando da Missa.  Foi um gesto perigoso de amor e de unidade, porque muitas igrejas católicas têm sido atacadas e destruídas na recente crise de violência no Egito.  Tudo parece ser uma resposta direta ao ato similar de 2011, quando os cristãos formaram um círculo em torno de muçulmanos que protestavam na Tahir Square (Praça Tahir) para protegê-los contra as forças governamentais,enquanto eles faziam suas orações.  Em ambos os casos, um grupo, oferecendo proteção, tornava-se vulnerável, enquanto o grupo podia rezar.  Essa é uma forma muito prática de mostrar como a fé pode infundir vida, mesmo quando a vida está pendurada por um fio.

Respondendo à convocação do Santo Padre, em aliança solidária

Essas imagens de unidade, de solidariedade religiosa – apesar das grandes diferenças ideológicas entre esses grupos – me fizeram pensar a respeito do que, em Schoenstatt, chamamos de Aliança solidária.  Na Aliança de Amor, somos chamados a sairmos do Santuário porque “queres irradiar ao mundo as glórias de Maria, para fazer jorrar torrentes de amor que inundem os corações frios”.  (Rumo ao Céu, 7).

O Papa Francisco tem nos convocado a levarmos Cristo para as ruas.  Isso significa levar nossa fé cristã aos confins de nossas igrejas e pequenas comunidades.  Essa fé não pode ser algo abstrato, mas algo que realmente toque os corações de todos aqueles com os quais nos encontramos, mesmo daqueles que morem em lugares distantes e por quem pouco podemos fazer.

 

Como fazer com que essas pessoas saibam que nós rezamos por eles?

Muitas vezes, na Santa Missa, durante as orações de nossa fé, rezamos pelas pessoas que moram em locais onde há guerra.  Isso é bom.  Porém, talvez à luz do que o Santo Padre vem nos pedindo, precisamos nos motivar a dar um passo além.

Quantas vezes alguma pessoa nos pede para rezarmos por ela?  E mesmo quando rezamos fervorosamente, essa pessoa pode não saber que realmente rezamos por ela.  Algumas vezes, usamos de uma mensagem via internet ou de um telefonema para comunicarmos nossas orações.

A mesma ideia aplica-se às pessoas que moram nos lugares onde há guerra, na Síria e no Egito.  Estamos rezando por ela, mas como elas podem saber disso?  Elas vivem todos os dias com medo de outro ataque ou de perderem uma membro da família;  muitas delas acham que o mundo está apenas assistindo tudo o que se passa lá e esperando, sem fazer nada para ajudá-las nessa situação de pavor.

Essa talvez seja a forma de nossa aliança solidária aparecer.  Imagine qual efeito teria na vida de cada pessoa, se nós pudéssemos encontrar um modo de fazer com que nossas orações chegassem àquelas pessoas, de forma tangível e prática.  É uma outra modalidade da campanha “Rezei este terço por você”, realizada para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro.  Pessoas do mundo todo rezaram um terço por um/a jovem e mandou o terço junto com um cartão para o Rio.  A pessoa que recebeu o terço soube, então, que ‘alguém’ tinha rezado em sua intenção.

Eu rezei por você…

Será que não podemos fazer o mesmo pelas pessoas da Síria e do Egito?  Independentemente do fato de serem cristãos ou muçulmanos ou que tenham enfrentado tantas dificuldades que não acreditam mais em nada, nós podemos nos conectar com eles de um modo muito simples.  Imagine se pudéssemos mandar para eles um símbolo (por exemplo, uma foto da pomba da paz ou outra imagem que não seja característica de uma ou outra religião); um símbolo que nós pudéssemos ter em mãos e rezar pela pessoa que o receberia, acompanhado de uma simples frase: “Eu rezei por você”.  Imagine qual o efeito isso teria, se nós pudéssemos mandar os símbolos para aquelas regiões, através de organizações humanitárias que trabalham naqueles países.  Imagine o que isso significaria para uma pessoa que foi ferida, ou que perdeu sua casa, ou está chorando pela perda de uma pessoa da família ou de um amigo… segurar esse cartão nas mãos e saber que alguém, em algum lugar do mundo, pensou nela por uns momentos e rezou por ela…

Esse simples ato de aliança solidária pode ser a fonte de força e esperança para alguém que se sente no fim da linha.  Poderia ser nossa forma de compartilhar as graças de nosso Santuário com pessoas que podem não ter outra forma de conseguir alguma graça.

Esta pode ser uma ideia maluca, um sonho louco, porém, podemos colocá-la em prática, compartilhando-a com as pessoas de nossas paróquias, da nossa família e nas escolas… Imagine quão longe o poder da oração poderia ir na luta contra o mal e o ódio que têm se disseminado naqueles dois países?

Últimas Notícias: Papa pede paz na Síria e na oração para a Síria no próximo sábadoNo Angelus de hoje, 01 de setembro, o Papa Francis chamou urgentemente para a paz na Síria e convida para um dia mundial de oração e jejum pela paz na Síria próximo sábado, dia 6 de setembro. Vamos nos unir e orar uns com Francis para a Síria … e encontrar maneiras de tornar as pessoas desses países se sentem e sabem que estamos com eles.

 

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Angelus

Twitter: #IprayforyouinSyria – Colocar o nome eo país e ORAR

Tradução para o Português: Maria Rita Fanelli Vianna – São Paulo / Brasil


 

 

 

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