Posted On 2016-10-12 In Schoenstatteanos

“Era um bom homem”: partida para o céu de Mons. Hermann Gebert

Por Maria Fischer •

“Era um bom homem. Foi amável comigo e paternal de uma forma muito delicada”, disse o Pe. Simon Donelly, um sacerdote da África do Sul, que trabalha na Secretaria de Estado do Vaticano, ao saber da morte de Monsenhor Hermann Gebert. Poucos dias antes de que Hermann Gebert sofresse um grave derrame cerebral, tinha celebrado a Santa Missa com ele no Santuário de Moriah.

Depois de uma longa doença, Monsenhor Hermann Gebert morreu na Casa Ignatius-Lötschert, em Horbach no dia 4 de outubro, precisamente no dia da morte de José Engling. Assim se pode ler no obituário que o Pe. Dr. Peter Wolf enviou.

Hermann Gebert nasceu no dia 30 de setembro de 1929 em Schramberg, diocese de Rottenburg-Stuttgart. No dia 24 de julho de 1954 foi ordenado sacerdote em Rottenburg. Depois de um breve tempo como vigário em Ulm-Söflingen, Dietenheim, Tuttlingen e Heidenheim, trabalhou a partir de 15 de setembro de 1955 como docente e vice reitor no seminário de Rottenburg. No dia 1 de setembro de 1969, o bispo Carl Joseph Leiprecht dispensou-o das suas tarefas para que se pudesse dedicar ao trabalho na comunidade do Instituto dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt.

No dia 28 de dezembro de 1966, o Padre José Kentenich nomeou-o Superior Provincial do Instituto de Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt. Em 19 de setembro de 1974 foi eleito Superior Geral. Este cargo ocupou-o até 29 de janeiro de 1993.A seguir, foi Reitor da Casa Monte Moriah até 1999; esse foi o seu lugar de retiro até ao momento em que sofreu um derrame cerebral em 14 de setembro de 2010. A partir desse ano foi cuidadosamente atendido no Lar de idosos em Regina Berg, Vallendar, e finalmente na Casa Ignatius-Lötschert em Horbach.

Com gratidão encomendamos a sua alma ao amor misericordioso do Pai eterno.

Uma recordação: Hermann Gebert e os sacerdotes de Schoenstatt de Dachau

Mons. Hermann Gebert recompilou durante anos de trabalho minucioso, breves biografias de sacerdotes que conheceram Schoenstatt no campo de concentração de Dachau, daqueles que selaram a sua Aliança de Amor nesse lugar ou que se prepararam para selar a sua aliança. Recolheu um total de 60 testemunhos. Testemunhos de sacerdotes, cuja vida unida à Aliança de Amor não pode ser esquecida; sacerdotes, cuja vida e morte ajudaram a que a Aliança de Amor fosse fecunda e plasmasse o mundo.

Quando a agência de noticias católica internacional Zenit publicou em 13 e 14 de setembro de 2010, em vários idiomas sobre a próxima beatificação do Capelão Gerhard Hirschfelder, que morreu como mártir em Dachau, os pedidos de informação da imprensa e da rádio encontraram um Schoenstatt bastante surpreendido. Um novo beato do Movimento de Schoenstatt? Com efeito. Gerhard Hirschfelder, prisioneiro nº 28972, pertenceu ao primeiro grupo de Schoenstatt no campo de concentração de Dachau, ao qual também pertenceram Karl Leisner e o Pe. Richard Henkes (Pallottino). Foram os registos de Mons. Gebert que tornaram possível a informação:“Um companheiro de prisão, o Padre Engelbert Rehling OMI, informou: “o capelão Hirschfelder vivia comigo no bloco 26/3. A impressão que ele deixou à sua volta, foi a de uma pessoa muito modesta, quase tímida, uma pessoa nobremente discreta e ao mesmo tempo disposto a fazer sempre serviços de amor. Conheci-o melhor através do Padre Fischer, que contactou com Hirschfelder e lhe falou do movimento de Schoenstatt. Hirschfelder interessou-se por essa comunidade e chegou a conhecer e a querer a ‘Mãe Três Vezes Admirável’” (Pág. 25).

Do mesmo modo valiosa é uma entrevista a Mons. Hermann Gebert no ano 2003 sobre o capelão Alois Andritzki, cujo martírio foi reconhecido em dezembro de 2010. Nela contou vários detalhes sobre este sacerdote, que se uniu a um grupo de Schoenstatt no campo de concentração de Dachau: “É importante destacar que a este grupo também pertenciam o Beato Karl Leisner, Richard Henkes (um padre palotino cujo processo de beatificação também foi iniciado) e Gerhard Hirschfelder, (um sacerdote alemão beatificado no ano passado).

E a sua resposta à pergunta, porque é que Alois Andritzki era tão importante para ele, é como um legado: “Ele não é importante só para mim, mas para toda a minha comunidade. É um dever de lealdade e de gratidão por parte da Comunidade do Instituto dos Sacerdotes de Schoenstatt, que todos os sacerdotes que entregaram a sua vida no campo de concentração, se incluam na lista dos santos mártires da Igreja”.

 

O Réquiem para Monseñor Gebert foi segunda-feira 10/10/2016 às 13.30 h na Igreja da Santíssima Trindade no Monte Schoenstatt, Vallendar; 15.00 h enterro no cemitério da Casa de Sacerdotes Monte Moriah, Simmern/Westerwald.

 

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