Posted On 2016-08-10 In Missões, Schoenstatteanos

“Maria deu-me a mão”

Por Gilbert Sanabria Ravinovich •

O meu nome é Gilbert Sanabria, tenho 20 anos, sou missionário das Missões Universitárias Católicas (MUC) e membro da Juventude Mariana Vicentina (JUMAVI), gostaria de partilhar o chamamento da Mater na minha vida.

No ano de 2014 a minha família e eu tivemos um tempo de muitas provações. O meu pai tinha adoecido gravemente e como sempre só nos lembramos de Deus nos momentos difíceis, começámos a implorar a sua ajuda com correntes de oração a Maria sob a invocação de Rosa Mística. Toda essa fé e confiança em Cristo e Maria continuavam até que um dia, no mês de maio, nos deram a notícia de que o meu pai tinha tinha que ser submetido a uma cirurgia que implicava o risco de lhe ser amputada uma perna. Quando isso aconteceu, toda essa fé e confiança desapareceram e começámos a fraquejar e a perder a confiança em Maria.

Depois desse tempo, as minhas irmãs e quase toda a minha família ficaram como que com uma raiva interior, uma dor disfarçada e o coração ferido pela situação na qual nos encontrávamos, tanto é assim que no ano de 2015 fui convidado para um acampamento de CAVEVI por umas amigas que são catequistas numa Capela nos arredores do meu bairro. O acampamento tinha corrido muito bem, então era bom ir a Tupãrenda para agradecer.

Foto 2

O dia em que a MTA conquistou os nossos corações

A visita ao Santuário em Tupãrenda creio que foi a primeira aproximação que tive com Maria de maneira muito especial. Depois dessa visita a minha vida mudou completamente:cerca de três meses depois, comecei a ter sonhos com sinais que vinham dela; assim eu o interpretei.

No primeiro sonho pareceu-me visualizar o Santuário de cima e, de repente, uma voz doce e bela repetiu-me três vezes MTA (Mãe Três Vezes Admirável) e o sonho terminava. Depois deste voltei a ter outro sonho onde estava eu em companhia de uma pessoa completamente vestida de branco e resplandecente. Ela levava um cesto com flores brancas, íamos caminhando para o Santuário e novamente a voz doce que repetia MTA, três vezes e o sonho acabava.

Depois daqueles dois sonhos comecei a questionar certas coisas. Dizia a mim próprio que só era produto da minha imaginação, ainda me custava a acreditar que Ela me chamava, mas o meu coração estava convencido de que tinha que ser fiel ao seu chamamento.

Na semana seguinte celebrou-se o aniversário do meu avô, e uns vizinhos que se tinham mudado há pouco tempo, gostavam muito dele e ofereceram-lhe um presente com um significado muito especial: uma imagem da Mater. Para mim esse foi o sinal definitivo de que devia aproximar-se dela porque Ela me procurava. Assim, viajei para Tupãrenda como no sonho, acompanhado da minha mãe, e a partir daí as nossas vidas mudaram por completo, a nossa luz da fé iluminou-se e nos nossos corações voltou a renascer o amor maternal de Maria, e a nossa aproximação a Ela e ao seu Filho.

Como me disse uma missionária: “Como uma mãe sofre porque os seus filhos se afastam dela, Ela usou-vos como instrumentos para conquistar o coração da tua família novamente”. E foi assim: o instrumento fui eu mas a obra foi dela; os nossos corações estão agora entregues a Cristo e a Maria, a mudança que eles fizeram em nossas vidas foi grande, tiraram-nos as vendas que faziam com que não conseguisse-mos ver as pequenas grandes obras que eles nos ofereciam diariamente.

Hoje em dia o meu pai goza de boa saúde graças a Eles, e continuamos a perseverar na confiança e amor em Cristo e Maria.

As Missões

Foi também assim que me animei a ser instrumento do amor de Cristo levando Maria às Missões. Identifico-me com uma frase da Madre Teresa: “Não estou completamente segura de como será o céu, mas sei que quando chegar a hora de Deus nos julgar, Ele não perguntará quantas coisas fizeste boas na tua vida? Mas quanto amor puseste nelas?”.

Esta frase descreve perfeitamente esta loucura de amor que se pode experimentar nas missões, chegar a partilhar algo que se recebeu com outros que não o têm… Este pequeno contributo para os outros produz um eco em todo o mundo.

Nunca saberemos com quanta alegria podemos encher o coração de outros se não o tentamos. Expressar bons desejos, dar um sorriso, dar um abraço e outras mil maneiras de transmitir amor.

Faço isto porque Eles mudaram a minha vida. A vocês, que estão a ler este artigo, desafio-vos a serem instrumentos e portadores do amor de Cristo e Maria!

Vídeo Missões

Original: espanhol. Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

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