Posted On 2015-08-16 In Schoenstatteanos

Fernando, um Quixote da Mãe e Rainha

CHILE, por Francisco Matte Langlois •

Fernando Arrau era um membro ativo do Ramo dos Homens de Santiago (Chile), criou a Fundação María Reina del Trabajo (Maria Rainha do Trabalho) e comprou a Casa da Aliança quando ninguém em Schoenstatt sabia como juntar dinheiro para o fazer… Umas semanas depois da sua morte no início de junho, publicamos o testemunho do seu companheiro Francisco Matte Langlois.

Em 1978, Fernando, com um pequeno grupo de amigos, criou a Fundação María Reina del Trabajo (FMRT). Ele tinha um grande ideal: queria ser um “monge laico”, ideal que perseguiu toda a sua vida.

Na indústria dos cogumelos demonstrou a sua grande capacidade de empresário, científico e minucioso trabalhador. Queria testemunhar que o trabalho bem feito era fonte de santificação. Por isso, María Reina del Trabajo (Maria Rainha do Trabalho) era um estilo que queria plasmar entre os laicos. Durante anos, perseverou na busca do ideal na pessoa do Padre Kentenich.

O passo do grande Quixote

Por isso, quando surgiu a notícia de que a Casa da Aliança, construída e fundada pelo nosso Pai em 1927, ia ser posta à venda, com o risco de que um hoteleiro a comprasse, reuniu grande parte do seu capital e adquiriu a propriedade.

Esse passo surgiu do grande Quixote que tinha no seu interior. Todas as opiniões económicas, lógicas e de prudência, desaconselhavam categoricamente tal investimento.

Durante 14 anos tomou conta da casa, que tinha mais de 100 quartos. Reparou todas as canalizações, o sistema de aquecimento, as casa de banho, as múltiplas infiltrações e os tetos.

Devolveu a dignidade à “Sala do Rei Artur”, onde o Pai Fundador se reunia com os chefes do Movimento. A grande Capela do 4º piso recorda as múltiplas homilias do Pai. A esse lugar, a Gestapo foi buscá-lo em 1941.

A Casa da Aliança, o Santuário do Padre Kentenich

No chamado “piso histórico” da casa, encontra-se o quarto do Pai, onde Fernando, todas as tardes, acendia uma luz contra a janela que dava para o Santuário Original. Desta maneira, todos os que passavam em frente do pátio das cruzes negras, ao levantar os olhos podia sentir o olhar do nosso Pai, desde a a Casa da Aliança.

Três dias antes de morrer, junto ao seu leito, reuniu os seus amigos fundadores da Fundação MRT e perguntou-nos que íamos fazer com a Casa da Aliança. Ricardo Peralta respondeu que, nessa casa, havia uma chama alimentada com o Capital de Graças de Fernando durante 14 anos. Nesse momento, entendi que essa Casa é o Santuário do Padre Kentenich, unido perfeitamente ao Santuário Original.

Obrigado, Fernando, pela tua vida e pela tua herança.

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Original: espanhol. Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

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