Posted On 2012-11-21 In Schoenstatteanos

Guillermo Echevarría: É uma vocação: estar ao serviço de Maria, o querer semear

ARGENTINA, Mercedes e Fernando Bonorino. No dia 25 de Setembro de 2012 Guillermo Echevarría voltou para a casa do Pai. A Providência quis que partisse no dia em que, na Argentina, se celebra a festa da Virgem do Rosário de San Nicolás.

 

 

 

Guillermo nació el 16 de febrero de 1936 en una familia sana, alegre y profundamente cristiana donde recibió mucho amor. Aquellos valores marianos recibidos de sus padres y de los hermanos maristas con quienes se formó, arraigaron profundamente en su corazón. Para él, el matrimonio y la familia eran sagrados. Tenía un gran amor a su trabajo y a su Patria, y el respeto y delicadeza de trato hacia la mujer, propios del hombre mariano.

Fue siempre un enamorado de María. Desde chico le pedía ayuda en los exámenes- “¡A veces aún cuando no había estudiado mucho!” – contaba sonriendo. Tan grande era su confianza en la Madre de Dios que, al ponerse de novio, quiso ponerla como fundamento de su noviazgo desde el primer día. Y le regaló a Ana una imagen tallada de la Virgen. Cada vez que la visitaba durante el noviazgo, se encontraban y se despedían junto a María.

“Que a devoção à Virgem Santíssima se estenda pelo mundo como um rastro de pólvora”

Muitas vezes confessava à Ana o seu maior anseio: “Que a devoção à Virgem Santíssima se estenda pelo mundo como um rastro de pólvora”.

Juntos, nos primeiros anos de casados Guillermo e Ana descobriram o Rosário – com uma conversa que ouviram – e começaram a rezá-lo e a meditá-lo com os seus filhos pequenos ensinando-os a viver o que contemplavam em cada mistério. Foi nessa altura que, pedindo a um sacerdote mariano para entronizar em sua casa uma bela imagem de Nossa Senhora das Merçês, que Guillermo tinha herdado dos seus pais, Guillermo e Ana entraram em contacto pela primeira vez com o Padre Esteban Uriburu e através dele com o Padre Kentenich, o Santuário e a Mater: com Schoenstatt.

No Padre Kentenich e no seu chamamento a anunciar as glórias de Maria, Guillermo encontrou o canal para onde se voltar e acrescentar o grande anseio do seu coração: contagiar o amor a Maria, levar os outros a viver o que ele vivia o que ele experimentava na sua própria vida de família. Em seguida integraram-se num grupo de casais da Liga Apostólica que hoje, depois de 36 anos, continuam a trabalhar juntos pelo anseio de viver e difundir a mensagem de Schoenstatt. Dois anos depois selavam uma Aliança de Amor com Maria no Santuário Nacional e – junto àquele quadro que antes tinha entronizado em casa de Guillermo e Ana – O Padre Esteban Uriburu abençoava agora o seu Santuário Lar.

Até aos confins do mundo

As graças do envio não se fizeram esperar. Através do texto de uma conferência do Padre Kentenich, Guillermo e Ana descobriram o Rosário do Instrumento como caminho para fazer vida de Aliança de Amor, rezando e vivendo os mistérios do Evangelho e oferecendo essa oração e essa vida ao capital de graças, para ajudar Maria na sua grande missão de transformar o mundo. Conversaram sobre isto com o Padre Esteban. O Padre, sempre atento às vozes do tempo para descobrir a vontade de Deus, tinha captado em Guillermo e Ana uma voz de Deus, em Março de 1983 propôs-lhes impulsionar a partir do Santuário um movimento do Rosário para jovens. Para que os inspirasse, deu-lhes uma imagem da Campanha do Rosário que, providencialmente, João Pozzobon lhe tinha entregue pouco antes. Tiveram a inspiração de coroar aquela imagem peregrina como Rainha do Rosário e pedir-lhe que impulsionasse o Movimento do Rosário e a Adoração que o Padre Kentenich tinha pedido de Santa Maria, Brasil, em 1952. Trabalharam com grande entusiasmo, organizaram encontros de jovens. Com muita força e alegria, através de piadas, anedotas e exemplos concretos da vida diária, Guillermo, Ana e o padre Esteban, iam abrindo a este jovens um caminho de vida, de Aliança: encarnar os mistérios do Rosário para os oferecer ao capital de graças. Guillermo e Ana consagraram-se no Santuário “a rezar e a viver o Rosário e levá-lo a todos” e disseram a Maria: “até aos confins do mundo podes enviar quem hoje a ti se consagra” (PJK) Sem o saber estavam a viver o início da expansão da Campanha ao mundo. Ao ver os frutos que foram dados ao coroar a Virgem, Ana escreveu uma carta pedindo a João Pozzobon 25 imagens para enviá-las aos Santuários dos EUA e coroá-las pedindo a Maria que, como Rainha do Rosário, lhes dessem a graça de rezá-lo e vivê-lo com Ela, como o estavam a fazer já na Argentina.

Descobriram o “santo da nova evangelização”

João Pozzobon preparou as 25 imagens e convidou Guillermo e Ana a irem buscá-las ao Brasil. Em Março de 1984, acompanhados e apoiados pelo Padre Esteban Uriburu, viajaram a Santa Maria, Brasil, levando um grupo de 30 pessoas, para ir buscar as primeiras 25 imagens da Campanha que partiam para o mundo. O encontro com João Pozzobon foi transcendental na vida Guillermo. Ele e Ana descobriram nele um instrumento que encarnava de maneira preclara toda a espiritualidade de Schoenstatt. Compreenderam que nele Maria tinha preparado um modelo acabado do que Ela quer oferecer com a imagem peregrina. Guillermo tinha encontrado a missão da sua vida e a ela entregou-se por inteiro a partir desse momento com todas as forças do seu coração. Esse ano viajaram três vezes a Santa Maria com o Padre Esteban para estar com o Sr. João Pozzobon e impregnarem-se no espírito da sua Campanha, para levá-la ao mundo.

E começou a missão. Não pouparam esforços: na oração, na ação apostólica, na generosidade com que ofereceram os seus recursos materiais, o seu tempo, o seu cuidado. Fabricavam imagens, davam conferências, organizavam jornadas, escreviam cartas, recebiam em sua casa os laicos e sacerdotes que vinham do interior do país ou de outros países para lhes transmitirem a missão. Assim, a partir do seu santuário lar partiram imagens que levariam a Campanha a Cuba, Noruega, Polónia, India, China… Trabalharam incansavelmente. Imprimiram folhetos, criaram vídeos sobre João Pozzobon e a Campanha. Viajaram para levar a Campanha ao Paraguai e Alemanha e para promovê-la no Uruguai e no Chile. Em 1985, no Centenário do Padre Kentenich na Alemanha, muitos os recordam caminhando de um lado para o outro com a Imagem Peregrina Internacional que o Sr. João lhes havia entregue para levar para a frente a missão. Ali, com o Padre Esteban, contactaram com muitos sacerdotes e laicos schoenstattianos de diversos países que se entusiasmaram em iniciar a Campanha na sua pátria. Deste modo, no final de 1985 a Campanha tinha chegado a 22 países nos cinco continentes.

Expansão e aprofundamento

Durante muitos anos, junto ao Padre Esteban Uriburu, dedicaram-se à expansão e aprofundamento da Campanha na Argentina e apoiaram a sua difusão no resto do mundo, colaborando na equipa assessora da Campanha e na Causa de João Pozzobon. Foram quase 30 anos de trabalho incansável, velando sempre pela fidelidade da Campanha ao carisma original. Nem tudo foi fácil. Houve incompreensões e lutas que custaram muito ao coração sensível de Guillermo. Mas ele manteve-se firme com grande coragem no meio das tempestades, agarrando-se com perseverança à oração e continuando a ação apostólica, com muita humildade e simplicidade, sem exercer outra violência que a “suave violência” da oração e do sacrifício oferecido por amor. Oferecia sem impôr, o carisma que lhe tinha sido confiado, com a sua característica bonomia. Sempre contando piadas, anedotas, gozando em transmitir o amor a Maria e atrair muitos a aproximarem-se dela, certo de que lhes oferecia um caminho de profunda felicidade.

Há expressões do seu amor a Maria, aos missionários e à Campanha que ficarão para sempre. Quase todos os testemunhos recebidos nestes dias o recordam com o coração, como homenagem a Maria, a canção “Mãezinha do Céu” – quase um hino da Campanha – e emocionam-se profundamente ao meditar os mistérios do Rosário nas jornadas e coroar o Santíssimo e a Mãe Três Vezes Admirável, com a coroa do Rosário acesa. O seu amor pelos missionários ficou marcado nos corações de muitos pelo emotivo abraço e beijo que dava a cada um quando os missionários se consagravam e ele lhes entregava o Rosário: era o abraço emocionado de um pai que se despede do filho que empreende uma missão.

Milwaukee

Guillermo foi uma figura paterna importante para muitos dos jovens que se aproximaram da Campanha e se tornaram missionários e líderes. Consultavam-no relativamente à missão e também nas grandes decisões das suas vidas. Guillermo sempre os ajudou, orientou e aconselhou com enorme bondade e desinteresse como fazia com os seus quatro filhos, os seus pais, irmãos e parentes. Tinha uma profunda vocação de pai. Um pai – e um avô – terno e firme que educa e semeia com amor.

Neste sentido foi muito importante para ele, o testemunho e a paternidade do Padre Kentenich que recebeu da Irmã Petra ao peregrinar a Milwakee há três anos, quando viajaram com Ana aos EUA para visitar uma das suas filhas. A partir dessa viagem, cada manhã, Guillermo visitava espiritualmente o Santuário caminhando pela mão do Padre Kentenich, João Pozzobon, e o Padre Esteban para adorar Jesus e renovar a sua Aliança de Amor.

Milwakee significou um encontro muito forte com a pessoa do Padre Kentenich e através dele com Deus Pai. Desde aí, propôs-se dar vida àquela frase do Evangelho que diz “quando orares, retira-te para o teu quarto, fecha a porta e ora em segredo ao teu Pai…” (Mt. 6,6). E todas as noites, depois de jantar e rezar e de meditar o Rosário com Ana, retirava-se para “fechar o dia – dizia – com uma conversa franca com Deus Pai”, conversando sobre as realizações e os erros desse dia, e tudo o que tinha vivido.

Assim sucedeu também no dia 21 de Setembro, mas desta vez foi diferente. A partir desse momento de diálogo com Deus, Guillermo permaneceu 3 dias, quase inconsciente, como quem está entre o céu e a terra. Nesses dias Ana, os seus filhos e netos, um a um foram-se despedindo dele, o qual parecia ouvir as suas palavras e sorrir quando a seu lado cantavam “Mãezinha do Céu”.

Tive e tenho um ideal que plasmei toda a minha vida

No dia 24 de Setembro o Padre Benjamín Pereyra, o seu diretor espiritual, administrou-lhe o sacramento da Extrema Unção junto a toda a família. Era a festa da Virgem das Merçês, que, providencialmente – tinha sido a porta por onde Schoenstatt e a Aliança de Amor com a Mãe Três Vezes Admirável entraram na vida de Guillermo e no seu coração. Nesse dia, Maria quis colocar Guillermo sob o seu manto e prepará-lo para a sua partida para a casa do Pai. “Maria a Mãe fiel… nunca nos abandona…” (PJK). “Amor por amor, fidelidade por fidelidade” (PJK). Pouco tempo antes Guillermo tinha escrito num caderno pessoal:

“Tive e tenho um ideal que plasmei durante toda a minha vida. Um ideal que persegui, pelo qual lutei toda a minha vida.
Ainda hoje esse ideal me conduz. Conduz a minha ação. Deu – e dá sentido à minha vida atual e futura… É uma vocação: o estar ao serviço de Maria, o querer semear”
.

Na madrugada de 25 de Setembro, festa da Virgem do Rosário de San Nicolás na Argentina, rodeado dos seus filhos, Guillermo partia com alegria pela mão de Maria rumo ao Schoenstatt eterno…, rumo ao mar de amor e misericórdia do coração de Deus. (Cf PK)

À sombra do Santuário de Sión del Padre, perto do lugar onde descansa o Padre Esteban, abriu-se a terra para Guillermo. Junto a ele deixámos com emoção um rosário de rosas vivas. Um sinal. A semente continua. Desde o céu Guillermo seguirá coroando a Maria com o Rosário – como a coroava cada noite ao terminar de o rezar. E seguirá ao serviço de Maria semeando nos corações o amor à Mãe Três Vezes Admirável e ao Rosário vivido em Aliança com Ela.

Link videos de Ana e Guillermo (Video)

Parte 1 http://youtu.be/soa9gWY8wPY
Parte 2 http://youtu.be/8X7Vp_WTFy4
Parte 3 http://youtu.be/l46LBswtzsI
Parte 4 http://youtu.be/peWeZ0e68UE

En las huellas de Jesús (Video)

Parte 1 http://youtu.be/p4c6SZL3n0M
Parte 2 http://youtu.be/-LGRYAp6yAM
Parte 3 http://youtu.be/EWZhn54kvU4

Don Joao y el Santuario de Schoenstatt (Video)

http://youtu.be/Xe96L1VO0A8

Fotos

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