Posted On 2014-10-14 In Jubileo 2014

Carta Aberta ao Pe. José Kentenich

PORTUGAL, Sarah-Leah Pimentel. Desde de Outubro 2013, um grupo da Família de Schoenstatt de Portugal comprometeu-se ao uma maratona de um ano — a Maratona Jubileu 2014 — como uma oferenda para a beatificação de P. José Kentenich e um presente neste ano jubilar. Mais de 100 pessoas tem participado nesta maratona espiritual durante a qual os participantes “inscrevem-se num Círculo de Oração, escolhendo a sua Hora de Guarda (entre as 9:00 e as 20:00) e oferecem-la pela beatificação do P. Kentenich. Cada círculo é formado por 12 pessoas para cobrir esse período.” Segundo a página de Schoenstatt de Portugal, “a Hora de Guarda pode iniciar com a oração do ‘confio’, colocando-se física ou espiritualmente no Santuário. Não é preciso deixar de se fazer o que estiver fazendo no momento, basta unir-se a Deus para procurar santificar essa hora e oferecer isso pela beatificação do P. Kentenich.”

Com esta simples corrente de oração, os participantes falam de muitas “graças derramadas” que inclui verdadeiras transformações pessoais, tais como pessoas que regressaram ao seio da Igreja depois de muitos anos afastados e casais que estavam separados e agora se encontram reconciliados.

Por isso, uma das maratonistas escreveu uma carta aberta ao P. Kentenich, para expressar as graças recebidas durante este ano. Abaixo se encontra o texto desta carta ao Pai Fundador.

Carta Aberta ao Pe. José Kentenich

 

Querido Pai-Fundador:

Com alegria e alguma ansiedade vislumbramos mais próxima a meta ­ – 18 de Outubro — estabelecida para a Maratona Jubileu 2014 pela tua beatificação. Sob o teu olhar paternal, nós, os teus filhos de Schoenstatt sentimo-nos impelidos a restaurar a sociedade em Cristo, implementando a cultura da Aliança de Amor.

Partimos dos nossos Santuários filiais precisamente há um ano, no dia 18 de Outubro de 2013 e desde esse dia, nada nem ninguém, interceptou a nossa corrida…

Somos cerca de 100 maratonistas a oferecerem o melhor dos seus esforços e sacrifícios para o capital de graças. Mesmo doentes ou exaustos, a corrente não foi quebrada, tal o entusiasmo na adesão a esta causa! Houve até quem optasse por se levantar às 5 horas da manhã, para fazer a sua hora de guarda…

E a resultante criadora está à vista: num ciclo muito restrito de Aliadas da MTA, o Deus da Reconciliação distribuiu as suas graças através de Maria e por tua intercessão, querido Pai-Fundador. Quantas graças derramadas! Graças em abundância e em acelerado…

Como o bom ladrão reconheceu o Crucificado na sua própria cruz, como nos lembra João Paulo II, também foi no leito de morte, que um doente canceroso internado nos cuidados intensivos de um hospital, deu os primeiros passos de aproximação a Jesus Sacramentado. Quando se encontrava na enfermaria, a repousar dos tratamentos, ainda combalido, pedia uma cadeira de rodas para ir até ao jardim e discretamente dirigia-se à capela do hospital para fazer o reconhecimento do Cristo da sua juventude. As graças de transformação derramadas sobre ele, levaram amigos seus a procurarem o Padre que ele conheceu ainda em jovem e já, em paz de espírito, a receber o sacramento da Santa Unção.

Situação idêntica aconteceu a dois familiares próximos, ao fim de mais de 40 anos. Ambos se voltaram para Cristo Redentor: ela, no leito da agonia, ele testemunhou-o na missa de corpo presente da sua mulher. E as graças foram-se multiplicando, a ponto de atingirem duas filhas de Schoenstatt, há mais de trinta anos afastadas da Igreja. Graças de Reconciliação também derramadas sobre três casais, separados há mais de um e dois anos, prestes a divorciarem-se e hoje reconciliados.

Isto para não falar das Graças de Transformação que se têm operado no fundo dos nossos corações, onde os “milagres” vão acontecendo. Vão acontecendo, ainda que por vezes, nós próprios tardamos em reconhecê-los.

E tantas outras situações de conflito familiar, que se arrastavam há décadas, ou mais recentemente outras de cariz profissional que se foram dissipando, encorajados pelo Pe. Kentenich a pedir a intervenção e protecção de S. Miguel Arcanjo. Graças em abundância em tantas outras situações limite, a que temos sido chamados, eu e o Francisco, como missionários da Mãe Peregrina dos Doentes. Situações em que tudo parecia desmoronar-se, como naquela tarde de sexta-feira santa no Alto do Calvário de Jesus!

Tudo, tudo, à sombra da Mãe Peregrina!

Tudo, tudo, pela tua intercessão, querido Pai Fundador!

Até que ponto, todas estas graças, verdadeiros milagres de reconciliação, não são um prenúncio do milagre pela tua beatificação?

E o milagre pode acontecer! Quando Deus quiser, onde Deus quiser, em quem Deus quiser. O milagre de um dia podermos chamar-te, com toda a Igreja, S. José Kentenich!

Em Cristo Jesus, um estreito vínculo nos liga à Ana Lúcia, à Irmã Elisa e a toda a Família.

Cor unum in Patre, tua filha na Aliança de Amor, Paula Roncon

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