HOERDE – E, AGORA? Equador, Raquel Paz •
Com um tempo fresco, na noite de 20 de Agosto, a Família de Schoenstatt comemorou, no Santuário “Família do Pai, lar para o mundo”, o que aconteceu há cem anos, naqueles dias de Agosto de 1919 na cidade de Hoerde. —
A atmosfera era de festa e alegria. Toda a família unida: Padres, Irmãs de Maria, a Obra Familiar, Juventude Feminina, Juventude Masculina, União das Famílias, outros Institutos, Ramo das Mães, Ramo dos Homens, peregrinos… todos unidos num só coração recordando e revivendo este espírito dos primeiros.
A Missa foi um deleite, receber Jesus em Corpo e Sangue acrescentou um sentimento de gratidão a Deus Pai e à Virgem Maria por tudo o que foi dado, vivido e entregue nestes cem anos. A Homilia do Pe. Felipe permitiu-nos viajar no tempo e recordar a história deste pequeno grupo de vinte e seis Congregados. Homens que, exercendo a sua liderança, abriram a porta ao mundo dos leigos fora dos muros conventuais do seminário pallottino. Homens incendiados, animados pela visão do nosso Fundador José Kentenich, permitiram o desenvolvimento da nossa Família de Schoenstatt em toda a sua diversidade. Homens apaixonados pela Mãe de Deus; aqueles que contemplavam Jesus através dos seus olhos e incendiaram outros, não com mentiras ou meias verdades, mas com testemunho, dialogando, amando e escutando o outro, o diferente, aquele que sentimos com sede de Deus, mostrando-lhe, com amor, o caminho da nossa espiritualidade.
Um pouco de teatro
Depois da Missa, partilhámos, com humor, a história de Hoerde através de uma pequena peça de teatro intitulada “O Espírito dos Primeiros”, na qual uma avó contava à sua netinha o que aconteceu no dia 20 de Agosto de 1919. Ficámos comovidos, rimos, aplaudimos, e todos em voz alta começámos a nomear, depois de 100 anos, aqueles que continuam a manter a chama viva de Hoerde, homens, mulheres, jovens, crianças através dos diferentes Ramos e vocações que o nosso Movimento tem.
Levamos inscrito no coração o que a neta da peça disse à avó: “Avó! Não podemos deixar que esta chama se apague. Temos de acender este fogo como os primeiros Congregados em Hoerde. Quero ser também aquela pessoa corajosa que se forma, luta e vive para o bem da Igreja.
Temos uma missão
A tarefa é de cada um de nós, leigos preparados com uma profunda espiritualidade, com critérios formados que querem ir a todos os lugares para evangelizar. “Não podemos fazer esta missão sozinhos, nem cada um o pode fazer sozinho, mas unidos como uma Família do Pai”.
Terminámos esta noite dizendo em voz alta: “De Hoerde até hoje, em todos os cantos do mundo, através dos nossos Santuários e por mais cem anos: Viva o Movimento Apostólico de Schoenstatt!”
Original: espanhol (3/9/2019). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal