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Posted On 2022-11-13 In Vida em Aliança

“Aqueles de nós que perderam um ente querido ainda têm uma missão a cumprir”

ARGENTINA, Lilita e Carlos Ricciardi, Marisa Bulfón •

Há alguns anos atrás, Cecilia Cornacchia e Marisa Bulfón, da União das Famílias, tinham perdido os seus cônjuges e, apesar de serem apoiadas pelas suas famílias e grupos comunitários espirituais e sociais, sentiram que acompanhar viúvas era algo que a Igreja e os Movimentos religiosos não tinham desenvolvido de uma forma orgânica e vital. —

viudasPor esta razão, pensaram e marcaram uma reunião para tratar deste problema e para ver as necessidades que cada uma delas poderia ter. Puseram mãos à obra e contactaram o Padre Guillermo Carmona para as acompanhar e orientar na reunião que se realizou no sábado, 22 de Outubro, em Schoenstatt-Sion, Florencio Varela, Argentina, das 10 horas da manhã às 17 horas, que terminou com a celebração da Eucaristia.

Estiveram presentes mais de 30 viúvas, que partilharam um encontro frutuoso no qual houve conversas do Pe. Carmona e puderam trocar ideias, projectos e desejos para futuros encontros, tendo em conta o que o Papa Francisco disse “…aqueles que perderam um ente querido ainda têm uma missão a cumprir”.

Foi Marisa Bulfón quem nos contou todas as experiências deste encontro de viúvas, desde que Cecilia Cornacchia foi hospitalizada de meados de Setembro até 24 de Outubro passado, em que faleceu, dois dias após o encontro. Na ausência de Cecília, foi María Ferrero quem colaborou activamente na preparação do evento.

O amor conjugal é para toda a vida

Diz-nos Marisa:

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Pe. Guillermo Carmona

“A primeira impressão forte do Encontro de Viúvas é a de perceber todos os sentimentos partilhados. As tristezas que vivemos em silêncio e solidão, a certa altura vêm à superfície e tornam-se comuns. Depois tudo se torna mais leve.

O amor conjugal é para toda a vida. Juntamo-nos ao mundo maravilhoso um do outro num eterno SIM. Mas num momento, o vínculo transforma-se e encontramo-nos sozinhas, inseguras, aturdidas e paralisadas pela dor, que muitas vezes se manifesta psíquica e fisicamente. Sentimos o vazio aos nossos pés.

É preciso tempo para perceber que o amor não se perde. Que se transforma em vínculo divino. Só então começamos a reordenar-nos e a ganhar auto-confiança. Experimentamos o conforto e a protecção especial de Deus. O anseio pelo céu, pelas núpcias eternas, desperta. Compreendemos que a ausência deve tornar-se presença porque tudo está no plano de Deus.

Confrontamo-nos com uma nova ordem de vida e com a necessidade de respondermos: o que espera Deus de mim nesta fase da vida?

Descobrimos que os nossos ideais permanecem intactos, apreciamos o sorriso divino na nossa vida quotidiana. É então que dizemos realmente SIM. Porque a pessoa a quem dedicamos a nossa vida e amamos profundamente está mais próxima de Deus”.

No final do encontro, todas elas ansiavam pelo próximo porque tinham descoberto que tinham muitas missões a cumprir e que, por esse caminho, Maria as ilumina e acompanha… e também Cecília, do céu eterno, dará forças para que isso aconteça.

“…Aqueles de nós que perderam um ente querido ainda têm uma missão a cumprir”.
Papa Francisco

Concurrieron más de 30 mujeres viudas, que compartieron un fructífero encuentro en el que hubo charlas a cargo del P. Carmona y pudieron intercambiar ideas, proyectos y anhelos para futuros encuentro

Original: castelhano (11/11/2022). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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