Monterrey Santuario

Posted On 2021-03-11 In Vida em Aliança

Longe da minha segunda casa

MÉXICO, Gabriela de la Garza •

Em plena pandemia, com todo o medo, sofrimento e necessidade de poder “correr” para os braços de Maria, nossa Mãe, em busca de consolo e orientação descobrimos que o acesso ao Santuário de Maria Camino al Cielo, em Monterrey, foi fechado ao trânsito pedestre e rodoviário gratuito durante quase um ano. Este não é o lugar para mergulhar nas razões, mas quero partilhar como Ela cuida perfeitamente dos seus filhinhos e aproveita cada ocasião para continuar a educar, transformar e enviar-nos em fidelidade à Sua Aliança. —

A conquista do local onde o Santuário seria estabelecido no cimo de uma montanha começou há mais de 20 anos, quando os jovens fizeram um caminho para poderem escalar com a ajuda de cordas. Depois transportaram tijolos em mochilas para construírem uma Ermida…e o resto é história. Este lugar santo acolheu muitas Alianças de Amor, acolheu peregrinos, testemunhou a transformação dos corações, o envio de apostolados…mas acima de tudo, para mim, foi uma segunda casa, onde estabeleci contacto com Deus através da Sua Mãe, através da bela natureza que o rodeia, e também, através das pessoas que Ele reúne e, que se tornaram uma extensão da minha família.

Novos caminhos, nova conquista

Há alguns meses, uma família pertencente ao Movimento que gosta de caminhadas, conseguiu abrir um novo caminho para se poder subir até ao Santuário. Mas esta nova via é um pouco complicada, especialmente para aqueles de nós que têm problemas de joelhos, como eu.

Cada vez mais pessoas, tanto schoenstatteanos como atletas, vão em peregrinação – muitos sem o saber – a este lugar de graças, onde Maria os espera de braços abertos no Seu Santuário. Vejo com alegria e nostalgia – mesmo com um pouco de “boa” inveja, se é que existe – fotos destas visitas em redes sociais e vou de volta ao tempo em que não tínhamos um Santuário em Monterrey. Quando sabíamos que alguém ia ao de Querétaro, enviávamos pequenas cartas com as nossas intenções e expressões de gratidão, para que as colocassem no “capital da graças” aos pés da Mãe.

Que em breve possamos regressar à Sua casinha nas montanhas

Nunca pensei que teria tantas saudades de poder ir ao Santuário! Irmano-me com tantos migrantes que, vejo passar pela minha cidade, que certamente sentem saudades e anseiam pela sua pátria. Não tinha consciência de quanto da minha história, dos meus vínculos, da minha força está ancorada e emana d’Ela.

Tenho uma bela fotografia do Santuário numa estante no meu quarto, e é a primeira coisa que vejo quando acordo. Unindo-me espiritualmente à corrente de graças, peço à Mãe que, em breve, possamos regressar a casa, à Sua casinha nas montanhas.

Estou certa de que não sou a única com este sentimento. Somos muitos os que o experimentamos, e embora, apenas alguns possam escalar o novo caminho, somos todos chamados a reconquistá-lo, a regressar ao “primeiro amor” que moveu tantos corações e, a sonhar com a loucura de um lugar de graças no cimo de uma montanha.

Original: Espanhol (9/3/2021). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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