Posted On 2019-11-07 In Vida em Aliança

A Mater chegou ao nosso país quando mais precisavamos d’ Ela

BOLIVIA, Alexandra Kempff •

No dia 23 de Outubro, as manchetes na Bolívia previam os complicados dias que o país teria pela frente. A cidade de Santa Cruz amanheceu completamente bloqueada por civis como protesto, porém, a Família de Schoenstatt Santa Cruz, mais uma vez, provou que os planos de Deus são precisos: as nossas forças humanas podem planificar muitas coisas, mas Ele é quem conhece o momento perfeito. —

A Comissão de Liturgia e Contribuições para o Capital de Graças tinha planeado ao pormenor a recepção do quadro da Mãe de Deus que chegava de Bellavista, Chile. Tinham preparado todos os pormenores: documentos para a desalfandegagem, flores, faixas, um sacerdote para celebrar a Santa Missa e muito mais.

 

O 18 de Outubro de 2019, no Santuário de Bellavista

Os planos de Deus nem sempre coincidem com os nossos.

O voo de Santiago chegou às 6 e meia da manhã e estimava-se que às 10 e meia a Santa Missa seria celebrada na Ermida como nova casa da Mater. Aqueles de nós que trabalham ficaram muito desapontados com os planos, porque não teríamos a oportunidade de ver a nossa Mãe Santíssima até alguns dias depois, porque todos os planos eram durante o horário de trabalho. No entanto, Ela tinha planeado as coisas de uma forma inesperada.

Os planos começaram a dar-nos sinais de que as coisas poderiam não correr como queríamos quando surgiram protestos violentos em Santiago. Houve cancelamento de voos. Em Santa Cruz, depois das acusações de fraude eleitoral, foi decidido convocar uma greve sem prazo a partir da meia-noite do dia 23 de Outubro, dia em que a Mãe chegava! As “paralisações” são medidas de protesto pacífico em que os civis saem para a rua e bloqueiam o trânsito. As pessoas levam a sério o seu papel de não permitir que ninguém possa circular.

 

À espera no aeroporto

O embarque de uma bagagem muito especial

Roger e Maria Isabel Baldivieso foram escolhidos para trazer a imagem de Santiago. Tiveram que passar muitas horas no aeroporto, mas finalmente embarcaram a tempo e chegaram a Santa Cruz pontualmente.

O Roger falou-nos da viagem da seguinte forma: “É incrível, ao chegarmos ao aeroporto de Santiago, um carrinho (égua no Chile) à espera gratuitamente pela Mater. Ao chegar ao aeroporto de Santa Cruz, outro carrinho gratuito na alfândega, e assim, com pequenos pormenores, a Mãe abre o Seu caminho. Nem é bom falar dos obstáculos maiores. Escusado será dizer que, no Chile, Ela não pagou o excesso de peso (a Mãe de Deus foi logo para a fila da segurança), escolheu entre o funcionário mau da alfândega e o bom para ser feito o scanner, o  mau saiu, o  bom perguntou o que era e quando se lhe mostrou o vídeo, imediatamente A reconheceu. Na Bolívia, o funcionário da alfândega abriu a caixa e não conseguiu parar de abanar a cabeça surpreendido. Quando lhe perguntei onde tinha de pagar o imposto da factura, foi tácito, disse: não, vá lá, vocês não pagam impostos”.

 

Os audaciosos schoenstatteanos que não cumpriram as ordens da paralisação

Do lado da porta onde se esperava a chegada dos passageiros, havia um grande número de schoenstatteanos que tinham, literalmente, atravessado barricadas para acolher a nossa Mãe Santíssima. Em jeito de anedota, dizíamos uns aos outros como tínhamos feito para evitar os bloqueios. Patricia Limpias tinha levado algumas estampas da Mater, saía do carro, distribuía estampas às pessoas e fazia-lhes ver que a Mater chegava ao nosso país quando mais precisávamos d’Ela. Todos aqueles que estavam a bloquear, deixaram-nos passar sabendo que era a Rainha que nos chamava ao Seu encontro.

E foi assim que a história desta imagem quis começar. Chega cheia de esperança chilena em solo boliviano. Uma lição com um simbolismo muito forte.

 

 

 Mater, vem…

Original: espanhol (30/10/2019). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

 

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