ESPANHA, Laura Toves •
Nossa Senhora de Schoenstatt, vem. Desce a esta terra espanhola, protege o seu governo, a sua Igreja e o seu povo. Amém[1] Num dia como hoje, há 50 anos, realizou-se o grande desejo do Padre Kentenich: a fundação do primeiro Santuário da Mãe de Deus em Espanha. A terra escolhida na localidade de Pozuelo, perto de Madrid, então escondida, isolada e na qual as ovelhas pastavam, tornou-se um lugar de graça, um lugar de peregrinação e um refúgio de paz. Sem dúvida que a Mãe de Deus levou a sério “o tomar posse desta terra… para se tornar terra de milagres do coração”[2].—
O terno abraço da Mater
Hoje reunimos toda a Família de Schoenstatt, e não só aqueles de nós que têm a imensa sorte de viver perto do Santuário, mas também aqueles que viajaram de diferentes lugares de Espanha e de Portugal. Senti-me muito feliz e ao mesmo tempo grata pela imensa sorte de estar aqui, a celebrar o Jubileu de Ouro com todo o meu coração. Como foram ousadas as primeiras Irmãs de Maria que chegaram aqui com as mãos vazias, mas com o coração cheio de ilusões e um objectivo claro!
Hoje, ao ouvir a lindíssima Homilia que o nosso Cardeal Carlos Osoro nos fez, senti-me uma felizarda por me sentir protegida e cuidada pela Mãe de Deus, pelo Seu terno abraço, por me conduzir ao Pai. Por ser testemunha e participante das graças recebidas neste Santuário, onde um dia selei a minha Aliança de Amor. Pessoalmente, para mim o Santuário é “o berço da santidade”[1], é o germe para transformar a vida ordinária, de modo extraordinário. Por isso, ao contemplá-lo hoje, primeiro sem a imagem da MTA no seu interior, mas com o Altar a transbordar com as oferendas das realidades que vivemos em Schoenstatt, e depois, com a imagem abençoada, tocou-me.
O que me transmite o Santuário?
Talvez a primeira vez que se entra no Santuário se ache que o seu interior é acolhedor, o silêncio domina e as suas modestas dimensões favorecem o recolhimento interior. Isto é apenas o começo. Há muito mais se A deixares apanhar-te. Eu resumiria em poucas palavras:
“Há quatro fileiras de bancos, à direita e à esquerda, e um corredor estreito que termina num pequeno e simples retábulo de madeira com a imagem cuidadosamente iluminada de Nossa Senhora e do Menino. Presa no Seu olhar, Ela sempre me dá calma e tranquilidade, me infunde paz… Como é bom estar aqui! Senti-me no final, como sempre fiz, e fecho os olhos com a intenção de acalmar a minha dor profunda. Em nenhum outro lugar me senti tão cheia, tão cheia, com aquele sentimento de quietude que enche todo o meu ser. ”
Uma aliança de amor eterna
Não há celebração que valha a pena sem uma vida juntos. Como sempre, a paelha tradicional juntou-nos em torno dela. Além disso, o tempo acompanhou-nos esta manhã de 19 de Outubro de 2019.
Foi também um dia muito especial para as famílias de Córdoba e Maiorca, que selaram a sua Aliança de Amor no Santuário. Parabéns a todos eles!
E como sempre, quero agradecer a todos aqueles que tornaram possível que hoje, com uma logística tão complicada, seja tão especial. Obrigado aos que o organizaram e aos que participaram de forma totalmente desinteressada.
Ter tido a oportunidade de viver este evento único e irrepetível enche-me de orgulho. Guardá-lo-ei cuidadosamente no meu coração, porque um dia poderemos dizer: eu estive lá!”
[1] Extracto da Oração de Bênção do Santuário de Pozuelo, 1968.
[2] Extracto da Oração de Bênção do Santuário de Pozuelo, 1968.
[1] Palavras do Pe. Kentenich, Acta de Fundação, 18/ 10/1914.
Video: https://schoenstattpozuelo.com/
Fotos: Juan Zaforas, Ignacio García de Sola
Original: espanhol (21/10/2019). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal