Posted On 2019-06-10 In Vida em Aliança

A caminho dos 60 anos de La Loma: levar o lema à vida

ARGENTINA, Tita Ríos e Claudia Echenique •

No sábado, 18 de maio de 2019, dia de aliança, realizou-se um encontro de “Intercâmbio geracional” no Santuário de La Loma, no Paraná. A convidada especial foi Rosa María Sosa Carbó de Köstner, a irmã do já falecido Pe. Horacio Sosa Carbó viúva de Polito Köstner. —

Com uma rica e singela fluidez, Rosa María, a qual fez parte da Juventude Feminina no início dos anos 60, foi contagiando os presentes com o ardor dos primeiros. O motivo: o Jubileu dos 60 anos da fundação do Movimento de Schoenstatt, no Paraná, que celebrarão em agosto próximo.

 

O “Ranchito”

Como estamos, 60 anos depois?

Rosa María começou o seu testemunho agradecendo aos que a precederam. Depois relatou como foi a conquista do lema da família e impacto dentro da Igreja, na qual Schoenstatt está sempre presente.

Nessa busca, formularam nomes, um conjunto de valores e a razão desse lema. Teria uma ampla relação com um Deus pessoal, próximo e em consonância com o ideal pessoal.

Procuraram silenciar a alma, recordar o pai fundador, e perguntaram-se: estamos lúcidos para escutar as vozes da alma, as vozes do ser e as vozes do tempo?

Dois anos depois da bênção do santuário, em 1977, a família de La Loma definiu o seu lema: “Família da Providência, com Maria e o Pai para a Igreja no mundo”.

 

Temos santuário, temos lema, e agora?

Desde o lema, refletia Rosa María, devemos agradecer olhando a história, que nos envolve a todos. Somos fruto daqueles primeiros, e em comunhão com os santos, estamos unidos com os que partiram e com os presentes.

Confiando como crianças desvalidas, queremos aprofundar esse lema, com muita oração e ação, e levá-lo à vida que surge em torno do Santuário e ao querer de Deus.

Nessa linha, é muito importante essa preposição “com” Maria e o Pai  para a Igreja. Estar com alguém é estar “junto a alguém”. Como boa conhecedora do campo e dos animais, Rosa María usou uma expressão gaúcha para explicar melhor esta ideia e disse “É estar ‘acollarados’ com Maria e o Pai”. Acollarar, na linguagem gaúcha, significa juntar um animal a outro pelas coleiras ou pescoços, para que andem juntos e não se percam.

Schoenstatt para a Igreja, os carismas ao serviço

Como movimento, continuou Rosa María, temos que colocar os carismas ao serviço da igreja, começando com a  providência, sendo família, com objetivos claros, chamados por Deus e pela Mater. Devemos fazê-lo com muita confiança, baseados no ideal do pai fundador de ser homens novos numa comunidade nova.

“A providência susteve-nos e guiou-nos -Deus amou-nos-, afirmou Rosa María. Schoenstatt é questão de fé. É acreditar, é vocação, é permanência, é sinceridade consigo mesmo, com o grupo, é não arranjar desculpas”.

Formar família é a tarefa

Rosa María, também contou como, no início, a oração espontânea no Ranchito da Mater tocou profundamente o seu coração. Ali se sentiu família, ainda desde a correção fraterna.

A Mater ajuda sempre com as três graças do Santuário. Dialogar é a tarefa, formar família é a tarefa. Para isso, devemos ter liberdade de consciência e não arranjar desculpas.

Também podemos fazer perguntas à Mater. Ela guia-nos e orienta-nos para que o nosso pensar, amar e atuar sejam coerentes e comprometidos com a missão orgânica. É um trabalho pessoal muito saudável.

Finalmente, Rosa María destaca a importância de desfrutar dos encontros de família, e de não ter medo dos tempos de aridez. Nesses momentos, María sempre nos espera no santuário, é fiel e ajuda-nos.

Original: espanhol. 02.06.2019. Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

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