MÉXICO, por Claudia Ruiz e Rosario Rodríguez •
O nosso santuário em Monterrey, México, encontra-se no alto de uma montanha e para lá chegar, temos que percorrer um caminho difícil, mas desfrutando de vistas panorâmicas espetaculares. O trajeto convida-nos a deixar a comodidade, partindo em peregrinação espiritual – e física – para nos encontrarmos num lugar de paz onde gozar o silêncio e o amor da nossa Mãe. Através dos anos, foram feitos esforços físicos, económicos e espirituais para o conquistar, e agora, devemos mantê-lo vivo e cuidá-lo. –
Monterrey
Grande desafio, grande presente
Nestas últimas semanas, no início do verão, a Família de Schoenstatt de Monterrey teve que se esforçar para manter aberto o santuário, para todos aqueles que o quisessem visitar, pois o trabalhador permanente que dele cuidava foi-se embora. Não foi fácil cobrir na sua totalidade o horário normal em que está aberto ao público, mesmo não tendo faltado quem estivesse disposto a guardar o santuário. Especialmente a juventude masculina tem sido um grande apoio, apesar de todos os ramos terem estado presentes nesta tarefa.
Contudo, também houve períodos em que não havia voluntários, pelo que tive o privilégio de fazer esses turnos. Isto foi um grande presente pois tive a oportunidade de praticar com a Mater, agradecer-lhe, rezar… enfim, estar com Ela! Gosto de estar ali, muitas vezes só, outras com alguém peregrino. Até aproveito para limpar um pouco, pois como está situado no campo, há sempre algo que fazer para que continue limpo e belo.
Quando estou um pouco angustiada porque não se fazem todos os horários, digo à Mater: “toca o coração a quem quiseres que te acompanhe e cuida da tua casa neste dia”. E Ela encarrega-se disso!
Um dia de Aliança muito especial
Chamo-me Rosario, e apesar de muitas vezes estar no santuário, este dia de Aliança foi totalmente diferente, pois junto com uma amiga e como noutras ocasiões, subi a pé até ao santuário. A grande diferença foi que iniciámos a nossa caminhada às 6 h da manhã para estar cedo e abrir o santuário, fazendo as primeiras horas de guarda. Por ser dia 18 sentimo-nos convidadas pela nossa Mãe a oferecer-lhe um pouco mais, arriscarmo-nos um pouco mais por Ela.
Ela não se poupa em dar presentes!
Começámos a subir iluminando o caminho com a luz do telemóvel e de pois de andar um pouco, o novo dia foi clareando e pudemos contemplar as montanhas que logo apareciam pintadas das cores do amanhecer. Foi um espetáculo maravilhoso! Parávamos de vez em quando para desfrutar e agradecer à nossa Mãe que tenha indicado este lugar para a sua casa. Deus ofereceu-nos um belo amanhecer que nos encheu de paz e tranquilidade.
Ao chegar ao cimo, fomos recebidas com um ar suave no rosto que nos refrescou e nos recordou que estávamos a entrar em terra santa. Abrimos o santuário e ajoelhámo-nos as duas, fechando os olhos para nos perdermos no olhar amoroso da nossa querida Mãe. A sensação de ali estar só tem um nome: plenitude!
Original: espanhol. 29.07.2018. Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal
