CHILE, Ir. Eugenia María Muñoz •
Era uma dessas manhãs de sábado em que não podes parar e o tempo “vale ouro”. Assim saí de uma loja de impressão da rua San Diego, rapidamente com os meus pacotes para apanhar o metro, sem olhar para a esquerda ou para a direita para que ninguém me detivesse. Avançava com pressa, mas de repente apercebi-me de alguém no chão, era uma mulher pedindo esmola… não parei, continuei até que ‘algo ou alguém’ disse dentro de mim, que miserável és, nem paraste…Detive-me, andei para trás e olhei-a, estava ali prostrada uma mulher de meia idade, muito magra, que levantou os seus olhos para mim, com uma presença no olhar, que me trespassou. Saudei-a e perguntou-me textualmente, você é das Irmãs de Schoenstatt? Muito surpreendida disse-lhe que sim, e continuou… ainda têm esses papelinhos que colocam à Virgem no Santuário? Respondi que sim, e disse em voz baixa, por favor ponha um por mim. Não pude deixar de me inclinar, abraçá-la e dar-lhe o que me pareceu uma esmola miserável.
Fui diretamente ao Santuário buscar um papelinho, onde escrevi o seu nome, pu-lo na talha e senti o olhar da Mãe ansioso como se estivesse à espera.
Continuo até hoje pensando nesse vínculo amoroso vivo, na rua San Diego. Ali estava a Aliança de Amor!
E pergunto-me muitas vezes: Quantos papelinhos faltam ainda chegar às talhas dos Santuários?
Fonte: Revista Vínculo, Chile
Original: espanhol. 03.06.2017. Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal