Posted On 2016-11-01 In Vida em Aliança

Belmonte: é o centro do nosso entusiasmo por Schoenstatt e pela sua missão

Entrevista a Albert e Aloisia Busch, Alemanha, Instituto das Famílias de Schoenstatt •

Vocês expuseram o tema de Belmonte durante uma Jornada do Instituto das Famílias de Schoenstatt. Em que contexto?

Albert Busch: Sim, durante a Jornada anual da Região de língua alemã, em Agosto de 2016, o tema foi a tarefa missionária com que nós temos de contribuir, como núcleo responsável e vivificante dentro da Obra das Famílias de Schoenstatt, na Igreja e no mundo. A nossa Jornada teve o caracter de uma reorientação conforme o memorando que o Conselho Geral do Movimento de Schoenstatt Internacional formulou a seguir ao nosso grande Jubileu de 2014. Neste contexto, os Chefes da nossa Região encarregaram-nos de centrar a atenção na importância de Belmonte com a nossa nova reorientação missionária.

Que papel tem Belmonte? Pessoalmente para vocês e para a vossa Comunidade?

Aloisia Busch: Se nos fala, pessoalmente, sobre Belmonte, então toca-nos no centro do nosso entusiasmo por Schoenstatt e pela sua missão. No passado, muitas vezes substituímos a família zeladora em Belmonte e, deste modo, vivendo no lugar pudemos experimentar como a missão do Centro Internacional de Belmonte, em Roma, se foi desenvolvendo. Desde a Bênção do Santuário Matri Ecclesiae em 2004, experimentámos uma Família de Schoenstatt italiana em crescimento que, cada vez mais, se responsabiliza pelo Santuário e mantém um cordial contacto com a Paróquia do bairro. Além disso, chegam muitos peregrinos de todo o mundo a este “belo monte”. Belmonte é, para nós, o Centro Internacional de Schoenstatt no coração da Igreja com um toque familiar. Em Belmonte reina uma atmosfera convidativa, que é aberta e acolhedora. Belmonte é um lugar onde gostamos de estar, onde nos sentimos bem e onde gostamos de oferecer os nossos serviços.

Albert Busch: Belmonte não é, apenas, uma interação no pequeno e quotidiano, mas também, no grande, é um lugar de solidariedade com o resto da Família de Schoenstatt. Nós, como membros do Instituto das Famílias, sentimo-nos vinculados ao presente que, o Conselho Geral deu ao nosso Pai-Fundador pelo seu octogésimo aniversário, em Roma em 1965. Com todas as outras Comunidades de Schoenstatt, somos a geração que deu este presente. Em Belmonte, podemos, sempre, voltar a celebrar o aniversário com o nosso Pai, isto é, ter presente, a sua missão para a Igreja e para o mundo e decidirmo-nos a realizar esta missão de acordo com os tempos que estamos a viver.

Schoenstatt tem 200 Santuários em todo o mundo. Para que precisa do Santuário em Roma?

Albert Busch: Cada Santuário no mundo tem a sua própria história e, por consequência, a sua própria missão. Acreditamos que o Santuário Matri Ecclesiae, o Santuário Original e os outros Santuários Internacionais, têm um papel de destaque no contexto de todos os Santuários. Nele concentra-se e reflecte-se a Imagem da Igreja do nosso Pai, tal como a definiu na sua conferência de 8 de Dezembro de 1965. Todos os Santuários de Schoenstatt, com a sua missão original, são garantes da missão do nosso Pai. O Santuário Original é e, permanecerá como o fundamento e a fonte da nossa tarefa missionária para a Igreja e para o mundo. E Belmonte parece-nos que é uma coroa, que faz brilhar esta missão na Igreja e no mundo, especialmente perto do Santo Padre em Roma.

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O Padre Kentenich fala, muito frequentemente, de uma Igreja renovada, uma Igreja nova. Neste sentido, tem o Centro de Schoenstatt em Roma uma missão especial? E, se sim, onde veem vocês a contribuição das Famílias e concretamente do Instituto?

Aloisia Busch: Impressiona-nos como esta nova Igreja de que fala o nosso Pai, agora está viva, se temos em conta a peregrinação dos “povos do mundo” durante o Ano do Jubileu de 2014 ao Santuário Matri Ecclesiae. Tudo foi colorido e variado, dançando ou cantando, meditando e rezando, milhares chegaram ao Santuário da Mãe da Igreja, em Belmonte. Eles trouxeram as suas oferendas e puseram-nas à disposição de Nossa Senhora no Santuário. Também os resultados das Tendas da Cultura de Aliança do Jubileu, em Schoenstatt, encontraram o seu lugar no cofre dos documentos que está debaixo de uma placa de vidro no chão do Santuário Matri Ecclesiae: é uma expressão da diversidade de tarefas e de vida do nosso Movimento de Schoenstatt Internacional, uma realização da Aliança de Amor vivida. E, foi lindo experimentar a resposta à vida, da altura: como foi continuamente celebrada a Eucaristia com grupos de diferentes línguas, ainda que, muitas vezes, não estivessem marcadas. A nova Igreja, a Igreja peregrina quer servir a vida na sua dignidade e beleza, como também, nas suas limitações, debilidades e erros, quer amá-la, maternalmente, numa união mais ampla e profunda com Deus e com Nossa Senhora. Experiências concretas de peregrinos e de Comunidades, no e, ao pé do Santuário de Belmonte, servem para chegar a este caminho, como também grandes congressos internacionais, os que tratam os temas da actualidade de modo integral e, brevemente, segundo as possibilidades da Casa, poderão ser planeados e realizados na Casa Domus Pater Kentenich.

Albert Busch: A Imagem da Igreja do Padre Kentenich: “Maria, Mãe da Igreja. A Igreja: mãe” deveria desenvolver-se, não somente, nos Centros schoenstatteanos do mundo, ou nas Paróquias e nas Comunidade eclesiais, mas também, deve surgir nas igrejas domésticas das famílias. A família é e, será sempre a escola privilegiada da vida e da fé, para a Igreja do futuro. Os casais que selaram a Aliança de Amor com a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, colocam-se, conscientemente, à disposição para esta tarefa por meio do seu Santuário-Lar. Em Aliança com Deus, nós, os casais, geramos, no e através do Sacramento do Matrimónio, vida natural e sobrenatural. Somos um reflexo fiel do Deus Vivo. No Santuário-Lar, acompanhamos, como Igreja peregrina, a nova vida no quotidiano que, nos é dada nos nossos filhos e na, com e através da nossa família, protegemos, apoiamos e incentivamos esta vida que Deus nos deu, de modo que, possa alcançar a plenitude do seu desenvolvimento. A nossa tarefa missionária está orientada, em primeiro lugar, ao nosso próprio casamento e família. Estamos felizes e agradecidos por sabermos que no Santuário Original, no Santuário das Famílias no Monte Nazareth e em Roma Belmonte, na grande comunidade da nossa Igreja, nos sentimos sustentados, levados, apoiados e enviados na nossa missão inata. Belmonte significa para nós que, a nossa missão para o casamento e para a família não é, apenas, uma coisa pessoal como esposos e dentro de Schoenstatt, mas que, quer ser fecunda para toda a Igreja e para o mundo.

Qual é a sua visão de Belmonte? Em concreto: O que esperam que se torne realidade a partir de 1 de Janeiro de 2018?

O que é que nós queremos para Belmonte em 2018? Que as Famílias de todo o mundo realizem uma peregrinação internacional a Roma e que no Santuário Matri Ecclesiae selem Aliança de Amor com o Papa Francisco. E, se o próprio Santo Padre estivesse presente no Santuário: isso, sem dúvida, seria a coroação!

 

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Entrevista realizada por Maria Fischer

Original: alemão. Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

 

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